Lição 5 - Como Ler as Escrituras (COM DINÂMICAS)

O conteúdo desta página é baseado na Revista Lições Bíblicas (Publicação Trimestral da CPAD – Casa Publicadora das Assembleias de Deus) – 1º Trimestre de 2022 – Adultos – A Supremacia das Escrituras: A Inspirada, Inerrante e Infalível Palavra de Deus – Comentarista Pr. Douglas Baptista. Este material contém trechos principais extraídos da Revista da CPAD (texto em letras maiores e cor preta), além de citações de diversos outros autores devidamente citados (textos em letras menores e cor vermelha). Todas as citações são acompanhadas dos nomes dos seus autores. Ao final deste página contém uma lista de referências bibliográficas utilizada para a composição deste, onde constam os títulos dos livros, publicações e demais obras literárias.

TEXTO ÁUREO

"E, correndo Filipe, ouviu que lia o profeta Isaías, e disse: Entendes tu o que lês?" At 8.30 (ARC)

COMPARE: Filipe correu até a carruagem e, ouvindo que o homem lia o profeta Isaías, perguntou-lhe: “O senhor compreende o que lê?”." At 8.30 (NVT)

VERDADE PRÁTICA

As técnicas de interpretação auxiliam na compreensão da Bíblia, mas não são infalíveis; por isso, não podem ser colocadas acima da autoridade da Palavra de Deus.

Segunda - Dn 9.2

Todos os leitores da Bíblia também a interpretam;

Terça - Rm 15.4

Tudo o que está escrito é verdadeiro e serve para o nosso ensino;

Quarta - At 2.39

As Escrituras ensinam a atualidade do Batismo no Espírito Santo e dos Dons Espirituais;

Quinta - 1 Jo 5.20

Necessitamos do Espírito Santo para discernir as verdades bíblicas;

Sexta - Mc 16.20

As verdades bíblicas são confirmadas quando experimentadas pela Igreja;

Sábado - At 17.11

As experiências devem ser submetidas ao crivo das Escrituras Sagradas.

LIÇÃO 5 COMPLETA COM DINÂMICAS E SLIDES

OBJETIVOS

1º OBJETIVO: Expor que a Bíblia precisa ser interpretada;

2º OBJETIVO: Pontuar os pressupostos pentecostais para a leitura da Bíblia;

3º OBJETIVO: Apresentar os princípios básicos de interpretação bíblica.

PALAVRA-CHAVE: Leitura

INTRODUÇÃO

  • A leitura e o estudo das Escrituras são um dever e um privilégio.

  • Temos que zelar pelo conhecimento bíblico e estar conscientes da necessidade de aplicar o texto sagrado em nossas vidas.

      • “E sede cumpridores da palavra e não somente ouvintes, enganando-vos com falsos discursos.” Tg 1.22 (ARC)

          • COMPARE: “Não se limitem, porém, a ouvir a palavra; ponham-na em prática. Do contrário, só enganarão a si mesmos.” Tg 1.22 (NVT)

  • Veremos a importância dos princípios basilares da interpretação bíblica.

I - A BÍBLIA PRECISA SER INTERPRETADA

  1. A importância da exegese.

  • O termo “exegese” [...] literalmente significa “guiar para fora”, isto é, extrair a intenção das palavras de um texto.

      • “Quando se fala de exegese bíblica, entende-se o termo como explicação e interpretação de um ou mais textos bíblicos.” (BAPTISTA, 2022)

  • O alvo da exegese é deixar que as Escrituras digam o que o Espírito Santo pretendia no seu contexto original.

  • Para não fazer o texto significar aquilo que Deus não pretendeu, é necessário um minucioso exame das Escrituras.

      • “Procura apresentar-te a Deus aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade.” 2 Tm 2.15 (ARC)

          • COMPARE: “Esforce-se sempre para receber a aprovação do Deus a quem você serve. Seja um bom trabalhador, que não tem de que se envergonhar e que ensina corretamente a palavra da verdade.” 2 Tm 2.15 (NVT)

  • O estudo das línguas bíblicas, dos fatos da história, da cultura e dos recursos literários usados no texto sagrado cooperam na compreensão do real significado das palavras inspiradas.


  1. As limitações dos leitores.

  • É preciso reconhecer que toda a vez que lemos a Bíblia, estamos interpretando.

      • Todos os leitores são também intérpretes.

          • “no ano primeiro do seu reinado, eu, Daniel, entendi pelos livros que o número de anos, de que falou o Senhor ao profeta Jeremias, em que haviam de acabar as assolações de Jerusalém, era de setenta anos.” Dn 9.2 (ARC)

              • COMPARE: “Nesse primeiro ano, eu, Daniel, ao estudar a palavra do Senhor revelada ao profeta Jeremias, compreendi que Jerusalém devia permanecer desolada por setenta anos.” Dn 9.2 (NVT)

  • O problema [...] reside nas ideias que trazemos conosco antes mesmo de começarmos a leitura da Bíblia.

      • “que, quanto ao trato passado, vos despojeis do velho homem, que se corrompe pelas concupiscências do engano,” Ef 4.22 (ARC)

          • COMPARE: “livrem-se de sua antiga natureza e de seu velho modo de viver, corrompido pelos desejos impuros e pelo engano.” Ef 4.22 (NVT)

      • “nas questões de religião o cristão se submete, consciente ou inconscientemente, a uma das seguintes autoridades, acatando-a como autoridade última: a tradição, a razão, ou as Escrituras.” (HENRICHSEN, 1997)

  • Nem sempre o “entendimento” daquilo que lemos reproduz a verdadeira “intenção” do Espírito Santo.

      • “falando disto, como em todas as suas epístolas, entre as quais há pontos difíceis de entender, que os indoutos e inconstantes torcem e igualmente as outras Escrituras, para sua própria perdição.” 2 Pe 3.16 (ARC)

          • COMPARE: “Ele trata dessas questões em todas as suas cartas. Alguns de seus comentários são difíceis de entender, e os ignorantes e instáveis distorceram suas cartas, como fazem com outras partes das Escrituras. Como resultado, eles próprios serão destruídos.” 2 Pe 3.16 (NVT)

  • Precisamos usar métodos sadios que nos auxiliem na interpretação das Escrituras.

      • “E não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus.” Rm 12.2 (ARC)

          • COMPARE: “Não imitem o comportamento e os costumes deste mundo, mas deixem que Deus os transforme por meio de uma mudança em seu modo de pensar, a fim de que experimentem a boa, agradável e perfeita vontade de Deus para vocês.” Rm 12.2 (NVT)

      • “com o propósito de evitar as falácias, interpretação superficial ou equivocada da Bíblia, a hermenêutica e a exegese apresentam ferramentas que auxiliam na correta interpretação e aplicação dos textos sagrados.” (BAPTISTA, 2022)

      • “Ao entrar no estudo bíblico por métodos, aprendemos termos e ideias que parecem novos; aprendemos passos a serem seguidos no estudo da Bíblia. À medida que seguimos esses passos, notamos como o Espírito Santo ilumina a verdade, numa ação comparada à ação do sol e da chuva que gera fartura para o agricultor a partir da semente viva.” (OLIVEIRA, 2017)


  1. A natureza das Escrituras.

  • A necessidade de a Bíblia ser interpretada acha-se na natureza da própria Palavra de Deus.

  • Os textos canônicos possuem particularidades que não podem ser ignoradas. Podemos citar:

      • as narrativas;

      • as poesias;

      • as crônicas,

      • as profecias

      • as parábolas;

  • Precisam ser interpretadas:

      • sob a orientação do Espírito Santo,

      • observando as regras gramaticais

      • e o contexto histórico e literário de quando foram redigidas.

        • “A Bíblia não é uma coleção de histórias, fábulas, mitos ou ideias meramente humanas a respeito de Deus. Não é um livro humano. A Bíblia é a Palavra de Deus. Através do Espírito Santo, Deus revelou sua pessoa e seu plano para certos crentes, os quais escreveram sua mensagem para o povo (2 Pe 1.20,21). Este processo é conhecido como inspiração divina. Os autores escreveram levando em conta seus próprios contextos pessoais, históricos e culturais. Embora tivessem usado suas próprias mentes, talentos, linguagem e estilo, eles escreveram o que Deus queria que escrevessem. A Escritura é completamente fidedigna porque Deus estava no controle do que estava sendo escrito.” (Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal, 2003)

        • “apesar de a Bíblia possuir uma heterogênea estrutura literária, dezenas de autores distintos, e aspectos culturais e históricos diversos, Lutero ensinou que o seu significado “era claro para quem presta atenção à gramática do texto e à liderança do Espírito”.” (BAPTISTA, 2022)

SINÓPSE I

As Escrituras Sagradas precisam ser interpretadas para que todos conheçam o verdadeiro significado da mensagem.

DINÂMICA 1

II - PRESSUPOSTOS PENTECOSTAIS PARA LER A BÍBLIA

  1. Autoridade da Bíblia.

  • Cremos na inspiração divina, verbal e plenária da Palavra de Deus, nossa autoridade final em questões de fé e prática.

      • “Toda Escritura divinamente inspirada é proveitosa para ensinar, para redarguir, para corrigir, para instruir em justiça, para que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente instruído para toda boa obra.” 2 Tm 3.16, 17 (ARC)

          • COMPARE: “Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para nos ensinar o que é verdadeiro e para nos fazer perceber o que não está em ordem em nossa vida. Ela nos corrige quando erramos e nos ensina a fazer o que é certo. Deus a usa para preparar e capacitar seu povo para toda boa obra.” 2 Tm 3.16,17 (NVT)

      • “Porque tudo que dantes foi escrito para nosso ensino foi escrito, para que, pela paciência e consolação das Escrituras, tenhamos esperança.” Rm 15.4 (ARC)

          • COMPARE: “Essas coisas foram registradas há muito tempo para nos ensinar, e as Escrituras nos dão paciência e ânimo para mantermos a esperança.” Rm 15.4 (NVT)

      • “Independente do testemunho da tradição e da razão, o crente sincero tem na Bíblia o seu guia e juiz infalível. Para ele as declarações da Bíblia são definitivas. Ele crê que a Bíblia registra as intenções e a vontade de Deus, por isto pode crer nela. Ele aceita o testemunho da tradição e da razão, mas enquanto estas não entram em conflito com as Escrituras. Para ele o que importa é: ‘O que dizem as Escrituras sobre isto?’.” (OLIVEIRA, 2017)

  • Ao ler o livro sagrado temos como pressuposto sua inerrância e infalibilidade.

      • “assim será a palavra que sair da minha boca; ela não voltará para mim vazia; antes, fará o que me apraz e prosperará naquilo para que a enviei.” Is 55.11 (ARC)

  • Refutamos a relativização e a desobediência aos preceitos bíblicos.

      • “Porque eu testifico a todo aquele que ouvir as palavras da profecia deste livro que, se alguém lhes acrescentar alguma coisa, Deus fará vir sobre ele as pragas que estão escritas neste livro; e, se alguém tirar quaisquer palavras do livro desta profecia, Deus tirará a sua parte da árvore da vida e da Cidade Santa, que estão escritas neste livro.” Ap 22.18,19 (ARC)

      • “Nada acrescentareis à palavra que vos mando, nem diminuireis dela, para que guardeis os mandamentos do Senhor, vosso Deus, que eu vos mando.” Dt 4.2 (ARC)

      • “Tudo o que eu te ordeno observarás; nada lhe acrescentarás nem diminuirás.” Dt 12.32 (ARC)

      • “Toda palavra de Deus é pura; escudo é para os que confiam nele. Nada acrescentes às suas palavras, para que não te repreenda, e sejas achado mentiroso.” Pv 30.5,6 (ARC)

  • Acatamos suas doutrinas, reconhecemos a realidade do sobrenatural, a literalidade dos milagres e a atualidade do Batismo no Espírito Santo e dos Dons Espirituais.

      • “Porque a promessa vos diz respeito a vós, a vossos filhos e a todos os que estão longe: a tantos quantos Deus, nosso Senhor, chamar.” At 2.39 (ARC)

          • COMPARE: “Essa promessa é para vocês, para seus filhos e para os que estão longe, isto é, para todos que forem chamados pelo Senhor, nosso Deus.” At 2.39 (NVT)


  1. A iluminação do Espírito Santo.

  • A doutrina da Iluminação se refere à atuação do Espírito Santo na vida do crente, que o capacita a discernir as verdades da Palavra de Deus.

      • “para que o Deus de nosso Senhor Jesus Cristo, o Pai da glória, vos dê em seu conhecimento o espírito de sabedoria e de revelação, tendo iluminados os olhos do vosso entendimento, para que saibais qual seja a esperança da sua vocação e quais as riquezas da glória da sua herança nos santos.” Ef 1.17,18 (ARC)

          • COMPARE: “peço que Deus, o Pai glorioso de nosso Senhor Jesus Cristo, lhes dê sabedoria espiritual e entendimento para que cresçam no conhecimento dele. Oro para que seu coração seja iluminado, a fim de que compreendam a esperança concedida àqueles que ele chamou e a rica e gloriosa herança que ele deu a seu povo santo.” Ef 1.17,18 (NVT)

      • “E sabemos que já o Filho de Deus é vindo e nos deu entendimento para conhecermos o que é verdadeiro; e no que é verdadeiro estamos, isto é, em seu Filho Jesus Cristo. Este é o verdadeiro Deus e a vida eterna.” 1 Jo 5.20 (ARC)

      • “Mas, quando vier aquele Espírito da verdade, ele vos guiará em toda a verdade, porque não falará de si mesmo, mas dirá tudo o que tiver ouvido e vos anunciará o que há de vir.” 1 Jo 5.20 (ARC)

      • “Mas aquele Consolador, o Espírito Santo, que o Pai enviará em meu nome, vos ensinará todas as coisas e vos fará lembrar de tudo quanto vos tenho dito.” 1 Jo 5.20 (ARC)

  • Somente o estudo racional não é suficiente para o entendimento da revelação escrita de Deus.

      • “Ora, o homem natural não compreende as coisas do Espírito de Deus, porque lhe parecem loucura; e não pode entendê-las, porque elas se discernem espiritualmente. Mas o que é espiritual discerne bem tudo, e ele de ninguém é discernido.” 1 Co 2.14,15 (ARC)

          • COMPARE: “Mas o homem natural não aceita as verdades do Espírito de Deus. Elas lhe parecem loucura, e ele não consegue entendê-las, pois apenas quem é espiritual consegue avaliar corretamente o que diz o Espírito. Quem é espiritual pode avaliar todas as coisas, mas ele próprio não pode ser avaliado por outros.” 1 Co 2.14,15 (NVT)

      • “Não podemos compreender as Escrituras por meio da inteligência humana, a não ser com a ajuda da ação iluminadora do Espírito Santo que sonda as profundezas de Deus e esclarece os mistérios da Sua Palavra.” (OLIVEIRA, 2017)

      • “Quanto ao uso exclusivo da razão na interpretação bíblica, tal prática constitui-se em verdadeira tragédia para a fé. Liberalismo, cientismo e modernismo são os termos comumente utilizados para descrever esse tipo de conduta. Nossa teologia pentecostal afirma que defensores dessas teorias causam inevitáveis consequências ao Evangelho, tais como: “incredulidade, leniência para com o pecado; relativismo moral e ético; relaxo para com a evangelização, etc.”. (BAPTISTA, 2022)

  • À medida que estudamos, o Espírito nos concede a compreensão.

  • A iluminação não aumenta e nem altera a Bíblia, apenas elucida o que já foi revelado pelo Espírito.


  1. O valor da experiência.

  • O texto sagrado é útil para o ensino, repreensão, e correção a fim de tornar o salvo perfeito.

      • “Toda Escritura divinamente inspirada é proveitosa para ensinar, para redarguir, para corrigir, para instruir em justiça, para que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente instruído para toda boa obra.” 2 Tm 3.16, 17 (ARC)

          • COMPARE: “Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para nos ensinar o que é verdadeiro e para nos fazer perceber o que não está em ordem em nossa vida. Ela nos corrige quando erramos e nos ensina a fazer o que é certo. Deus a usa para preparar e capacitar seu povo para toda boa obra.” 2 Tm 3.16,17 (NVT)

  • A Bíblia deve ser aplicada ao nosso viver diário.

      • “E sede cumpridores da palavra e não somente ouvintes, enganando-vos com falsos discursos.” Tg 1.22 (ARC)

          • COMPARE: “Não se limitem, porém, a ouvir a palavra; ponham-na em prática. Do contrário, só enganarão a si mesmos.” Tg 1.22 (NVT)

  • As verdades bíblicas são confirmadas quando experimentadas pela Igreja do Senhor.

      • “E eles, tendo partido, pregaram por todas as partes, cooperando com eles o Senhor e confirmando a palavra com os sinais que se seguiram. Amém!” Mc 16.20 (ARC)

          • COMPARE: “Os discípulos foram a toda parte e anunciavam a mensagem, e o Senhor cooperava com eles, confirmando-a com muitos sinais.” Mc 16.20 (NVT)

  • Cremos que o livro de Atos não apenas descreve a experiência pentecostal da Igreja Primitiva, como também a torna válida para os nossos dias.

      • “Cumprindo-se o dia de Pentecostes, estavam todos reunidos no mesmo lugar; e, de repente, veio do céu um som, como de um vento veemente e impetuoso, e encheu toda a casa em que estavam assentados. E foram vistas por eles línguas repartidas, como que de fogo, as quais pousaram sobre cada um deles. E todos foram cheios do Espírito Santo e começaram a falar em outras línguas, conforme o Espírito Santo lhes concedia que falassem. [...] E disse-lhes Pedro: Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo para perdão dos pecados, e recebereis o dom do Espírito Santo. Porque a promessa vos diz respeito a vós, a vossos filhos e a todos os que estão longe: a tantos quantos Deus, nosso Senhor, chamar.” At 2.1-4;38,39 (ARC)

          • COMPARE: “No dia de Pentecostes, todos estavam reunidos num só lugar. De repente, veio do céu um som como o de um poderoso vendaval e encheu a casa onde estavam sentados. Então surgiu algo semelhante a chamas ou línguas de fogo que pousaram sobre cada um deles. Todos ficaram cheios do Espírito Santo e começaram a falar em outras línguas, conforme o Espírito os habilitava. [...] Pedro respondeu: “Vocês devem se arrepender, para o perdão de seus pecados, e cada um deve ser batizado em nome de Jesus Cristo. Então receberão a dádiva do Espírito Santo. Essa promessa é para vocês, para seus filhos e para os que estão longe, isto é, para todos que forem chamados pelo Senhor, nosso Deus”.” At 2.1-4 (NVT)

  • Nem a experiência nem a tradição da Igreja podem estar acima da autoridade bíblica.

      • “As experiências precisam do aval das Escrituras para ser validadas. Toda e qualquer experiência que contraria os preceitos bíblicos deve ser desconsiderada. Paulo asseverou que, se até um anjo do céu vos anunciar outro evangelho, tal experiência deve ser rejeitada (Gl 1.8).” (BAPTISTA, 2022)

SINÓPSE II

A Bíblia é a autoridade final, o Espírito Santo nos auxilia na sua compreensão e a experiência confirma as verdades bíblicas.

DINÂMICA 2

III - REGRAS BÁSICAS DE INTERPRETAÇÃO

  1. A Escritura é sua própria intérprete.

  • A “hermenêutica”, na teologia, designa os princípios que regem a interpretação dos textos sagrados.

      • “A palavra hermenêutica, isolada, deriva do termo grego ‘hermenutikós’, por sua vez derivado do verbo hermeneuo, significando: arte de interpretar textos. De modo geral e mais abrangente, trata da teoria da interpretação de sinais e símbolos de uma cultura e a arte de interpretar leis. Segundo o Dicionário Houaiss, somente a partir de 1803, ‘hermenêutica’ passou a significar ‘interpretação’, em sentido teológico.” (OLIVEIRA, 2017)

      • “Além da Hermenêutica geral como arte de interpretar os fatos da História, da profecia, da poesia e das leis, há ainda outro tipo de Hermenêutica; é aquela a qual particularizamos como Hermenêutica Bíblica (ou Hermenêutica Sagrada), que lida, essencialmente, com métodos de estudo e compreensão da Palavra de Deus.” (OLIVEIRA, 2017)

      • “A hermenêutica bíblica designa os princípios que regem a interpretação dos textos; a exegese descreve as etapas ou os passos que cabe dar em sua interpretação. Em síntese, a hermenêutica apresenta as regras e a exegese é a prática dessas regras.” (BAPTISTA, 2022)

  • Lutero desenvolveu a máxima de que a Escritura tem de ser interpretada e entendida por si própria.

      • “À lei e ao testemunho! Se eles não falarem segundo esta palavra, nunca verão a alva.” Is 8.20 (ARC)

          • COMPARE: “Consultem a lei e os ensinamentos de Deus! Aqueles que contradizem sua palavra jamais verão a luz.” Is 8.20 (NVT)

      • Devemos estudar a Bíblia seguindo o método pelo qual uma parte do texto auxilia na compreensão de outro texto.

      • “As palavras de Deus interpretadas no sentido em que Deus as disse são palavras de Deus, mas, interpretadas no sentido que nós queremos, não são palavras de Deus, antes, podem ser palavras, do demônio. Portanto, quando você estudar a Bíblia, deixa-a falar por si mesma. Não lhes acrescente e não lhe subtraia nada. Deixe que a Bíblia seja o seu próprio comentário. Compare Escritura com Escritura.” (OLIVEIRA, 2017)

  • O estudante das Escrituras precisa do auxílio de regras básicas para uma correta interpretação.

      • “Pela sua singularidade, a Bíblia não pode nem deve ser interpretada ao bel-prazer do leitor. Tenha ele a cultura que tiver, para captar a mente de Deus e o que o Espírito Santo ensina na Bíblia necessitamos estudá-la seguindo alguns princípios. Dentre o grande número desses princípios universalmente aceitos, [...] destacamos os seguintes:

          • 1. Estude a Bíblia Sagrada partindo do pressuposto de que ela é a autoridade suprema em questão de religião, fé e doutrina.

          • 2. Não se esqueça que a Bíblia é a melhor intérprete de si mesma, isto é, a Bíblia interpreta a Bíblia.

          • 3. Dependa primeiramente da fé salvadora e do Espírito Santo para a compreensão e interpretação da Escritura.

          • 4. Interprete a experiência pessoal à luz da Escritura e não a Escritura à luz da experiência pessoal.

          • 5. Os exemplos bíblicos só tem autoridade prática quando amparados por uma ordem que os faça mandamento geral.

          • 6. O principal propósito da Escritura é mudar as nossas vidas e não multiplicar os nossos conhecimentos.

          • 7. Todo cristão tem o direito e a responsabilidade de interpretar pessoalmente a Escritura, segundo princípios universalmente aceitos pela ortodoxia cristã.

          • 8. Apesar da importância da história da Igreja, ela não chega a ser decisiva na fiel interpretação da Escritura.

          • 9. O Espírito Santo quer aplicar as promessas divinas, exaradas na Escritura, à vida do crente em todos os tempos.” (OLIVEIRA, 2017)


  1. Princípios de interpretação bíblica.

  • Dentre os princípios gramaticais, históricos e literários, enfatizamos que o texto bíblico tem sentido único e sempre que possível deve ser interpretado literalmente.

  • É preciso tomar cuidado com as expressões de uso simbólico/alegórico. Por exemplo:

      • “Enquanto comiam, Jesus tomou o pão, e, abençoando-o, o partiu, e o deu aos discípulos, e disse: Tomai, comei, isto é o meu corpo.” Mt 26.26 (ARC)

      • Esse texto mostra que “corpo” aqui não está no sentido literal, mas no figurado.

  • Outro princípio refere-se ao contexto, isto é, analisar os versículos que precedem e seguem o texto que se estuda.

Diz a máxima que “texto fora do contexto é pretexto”.

  • A Bíblia precisa ser interpretada no todo, nenhuma doutrina pode basear-se em um único texto ou em hipóteses particulares.

      • “sabendo primeiramente isto: que nenhuma profecia da Escritura é de particular interpretação;” 2 Pe 1.20 (ARC)

          • COMPARE: “Acima de tudo, saibam que nenhuma profecia nas Escrituras surgiu do entendimento do próprio profeta.” 2 Pe 1.21 (NVT)


  1. Os perigos da hermenêutica pós-moderna.

  • Nossa ortodoxia refuta todo e qualquer método que nega a inspiração verbal e plenária da Bíblia e sua consequente autoridade.

      • “porque a profecia nunca foi produzida por vontade de homem algum, mas os homens santos de Deus falaram inspirados pelo Espírito Santo.” 2 Pe 1.21 (ARC)

      • “Toda Escritura divinamente inspirada é proveitosa para ensinar, para redarguir, para corrigir, para instruir em justiça,” 2 Tm 3.16 (ARC)

      • “contrapondo a posição que coloca a autoridade final de interpretação na “tradição” ou na “razão”, o pentecostalismo se apresenta como ortodoxo e coloca a Escritura “no lugar em que ela tem de estar como a nossa suprema e inquestionável árbitra em matéria de fé e prática. Se a Escritura diz, é a nossa obrigação serlhe obediente sem quaisquer questionamentos”.” (BAPTISTA, 2022)

  • Não cabe ao estudante fragmentar ou relativizar os textos inspirados.

      • “A denominada hermenêutica pós-moderna nega que existe um sentido absoluto para a verdade bíblica, e, portanto, busca rever ou ressignificar a verdade revelada na Palavra de Deus.” (BAPTISTA, 2022)

      • “Em boa parte do protestantismo moderno, o racionalismo ocupou o centro das atenções, quando entra em questão aceitar ou rejeitar determinados segmentos da revelação divina. Para o liberalismo e o modernismo teológicos, em tais casos é a mente humana que é o guia e supremo juiz. Para o recionalismo teológico, o mais importante não é o que a Escritura diz sobre este ou aquele assunto, mas até que ponto a mente humana aceita ou rejeita o que é dito.” (OLIVEIRA, 2017)

  • Não se pode empregar métodos subjetivos focados no leitor em prejuízo do texto e do autor bíblico.

  • Ratificamos que as experiências devem ser submetidas ao crivo das Escrituras Sagradas.

      • “Ora, estes foram mais nobres do que os que estavam em Tessalônica, porque de bom grado receberam a palavra, examinando cada dia nas Escrituras se estas coisas eram assim.” At 17.11 (ARC)

          • COMPARE: “Os judeus que moravam em Bereia tinham a mente mais aberta que os de Tessalônica e ouviram a mensagem de Paulo com grande interesse. Todos os dias, examinavam as Escrituras para ver se Paulo e Silas ensinavam a verdade.” At 17.11 (NVT)

      • “Como todas as coisas relacionadas com o homem, a experiência pessoal é revisável, isto é, pode ser questionada, mas a Escritura, a divina e inspirada Palavra, nunca! Ela permanece para sempre! (OLIVEIRA, 2017)

  • Reconhecemos que as técnicas hermenêuticas não são infalíveis.

  • Necessitamos da iluminação do Espírito Santo.

      • “Mas nós não recebemos o espírito do mundo, mas o Espírito que provém de Deus, para que pudéssemos conhecer o que nos é dado gratuitamente por Deus.” 1 Co 2.12 (ARC)

SINÓPSE III

A Escritura é a sua principal intérprete. Assim sendo, o uso da hermenêutica e a iluminação do Espírito auxiliam na correta interpretação.

DINÂMICA 3

CONCLUSÃO

  • A Bíblia Sagrada deve ser lida e interpretada.

  • Somos auxiliados pela exegese e pela hermenêutica.

      • Nenhuma das técnicas de interpretação estão acima da autoridade da Palavra de Deus.

  • O que a igreja crê e professa deve ser interpretado à luz da própria Escritura.

Referências Bibliográficas

BAPTISTA, D. A Supremacia das Escrituras: a Inspirada, Inerrante e Infalível Palavra de Deus. Rio de Janeiro: CPAD, 1º Trimestre de 2022.

BAPTISTA, D. A Supremacia das Escrituras: a Inspirada, Inerrante e Infalível Palavra de Deus. Rio de Janeiro: CPAD, 2022.

BÍBLIA de Estudo Aplicação Pessoal. Rio de Janeiro: CPAD, 2003.

HENRICHSEN, W. A. Princípios de Interpretação da Bíblia. São Paulo: Mundo Cristão, 1997.

OLIVEIRA, R. F. D. Hermenêutica Bíblica I: métodos de estudos e de compreensão da Bíblia. Campinas: Escola de Educação Teológica das Assembleias de Deus, 2017.

Material para Impressão (completo)

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Apresentação (Slides para Data Show)

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