Lição 2 - Saulo de Tarso, o Perseguidor (COM DINÂMICAS)

O conteúdo desta página é baseado na Revista Lições Bíblicas (Publicação Trimestral da CPAD – Casa Publicadora das Assembleias de Deus) – 4º Trimestre de 2021 – Adultos – O apóstolo Paulo: Lições da Vida e Ministério do Apóstolo dos Gentios para a Igreja de Cristo – Comentarista Pr. Elienai Cabral. Este material contém trechos principais extraídos da Revista da CPAD (texto em letras maiores e cor preta), além de citações de diversos outros autores devidamente citados (textos em letras menores e cor vermelha). Todas as citações são acompanhadas dos nomes dos seus autores. Ao final deste página contém uma lista de referências bibliográficas utilizada para a composição deste, onde constam os títulos dos livros, publicações e demais obras literárias.

TEXTO ÁUREO

"E Saulo, respirando ainda ameaças e mortes contra os discípulos do Senhor, dirigiu-se ao sumo sacerdote." At 9.1 (ARC)

COMPARE: Enquanto isso, Saulo, motivado pela ânsia de matar os discípulos do Senhor, procurou o sumo sacerdote." (NVT)

VERDADE PRÁTICA

A Igreja é uma instituição divina que perdurará na Terra até o arrebatamento, pois do contrário, já teria acabado ao longo da história.

Segunda - 1 Tm 1.13

Saulo: blasfemo, perseguidor e opressor

Terça - At 9.1,2

Saulo "respirava ameaças e morte"

Quarta - Dt 21.23

Para ele, quem fosse para o madeiro "não podia ser o Messias"

Quinta - Gl 3.13

Saulo descobriu que Jesus se fez maldição por nós

Sexta - At 6.8-10; 7.51-53

Estevão: Um discurso que se deparou com o de Saulo

Sábado - At 26.10,11

O método de perseguição

LIÇÃO 2 COMPLETA COM DINÂMICAS E SLIDES

OBJETIVOS

1º OBJETIVO: Elencar as características persecutórias de Saulo;

2º OBJETIVO: Expor a respeito da perseguição contra a igreja em Atos;

3º OBJETIVO: Esclarecer a respeito de um sistema contra a Igreja.

No mundo de hoje há perseguição contra os cristãos.” Ponto Central (CPAD)

INTRODUÇÃO

  • [Saulo de Tarso] havia sido um [fariseu zeloso] e tinha prestígio religioso e cultural entre os judeus.

  • Ganhou “carta branca” das autoridades religiosas para perseguir os seguidores de Jesus.

  • [Tornou-se] um implacável perseguidor da Igreja de Cristo do primeiro século.

I - SAULO DE TARSO, O PERSEGUIDOR IMPLACÁVEL

  1. Saulo se descreve como “blasfemo”, “perseguidor” e “opressor” (1 Tm 1.13).

      • “a mim, que, dantes, fui blasfemo, e perseguidor, e opressor; mas alcancei misericórdia, porque o fiz ignorantemente, na incredulidade.” 1 Tm 1.13 (ARC)

          • COMPARE: “embora eu fosse blasfemo, perseguidor e violento. Contudo, recebi misericórdia, porque agia por ignorância e incredulidade.” 1 Tm 1.13 (NVT)

      • “Antes da sua conversão, Paulo era um violento perseguidor dos crentes em Cristo (cf. At 8.3; 9.1,2,4,5; 22.4,5; 26.9-11; Gl 1.13). Seus crimes terríveis contra o povo de Deus eram motivo suficiente para ele se classificar como o principal dos pecadores (vv. 14,15; cf. 1 Co 15.9; Ef 3.8).” (STAMPS, 2006)

  • Saulo tinha a convicção de que seu papel era destruir a fé cristã, matando e prendendo os seguidores de Jesus.

      • “Bem tinha eu imaginado que contra o nome de Jesus, o Nazareno, devia eu praticar muitos atos, o que também fiz em Jerusalém. E, havendo recebido poder dos principais dos sacerdotes, encerrei muitos dos santos nas prisões; e, quando os matavam, eu dava o meu voto contra eles.” At 26.9,10 (ARC)

          • COMPARE: “Eu costumava pensar que era minha obrigação empenhar-me em me opor ao nome de Jesus, o nazareno. Foi exatamente o que fiz em Jerusalém. Com autorização dos principais sacerdotes, fui responsável pela prisão de muitos dentre o povo santo. E eu votava contra eles quando eram condenados à morte.” At 26.9,10 (NVT)

  • Ele acreditava piamente que, com esse comportamento, estava agradando a Deus.

  • Apoiado pela casta sacerdotal que odiava o nome de Jesus, Saulo usava dos meios legais para atacar os cristãos.

      • “O ódio continuado de Saulo pelos cristãos como hereges está refletido em seu pedido por cartas do sumo sacerdote, que o autorizassem a prender quaisquer cristãos que ele encontrassem em Damasco. [...] As cartas do sumo sacerdote a Paulo seriam consideradas, pelas autoridades de Damasco e pela comunidade judaica, como uma autorização adequada para aprisionar qualquer judeu cristão e levá-lo de volta a Jerusalém para julgamento.” (RICHARDS, 2017)

      • “As cartas solicitadas por Saulo não somente serviriam de apresentação para ele, mas também lhe confeririam a autorização do sumo sacerdote para prender os seguidores de Cristo e trazê-los de volta a Jerusalém. A maioria das sinagogas da Síria provavelmente reconhecia este direito de extradição. Saulo não estava somente indo para persegui-los, ele também estava indo para encontrar homens e mulheres e trazê-los de volta presos.” (Comentário do Novo Testamento Aplicação Pessoal, 2010)

  • Por causa de sua truculência, os seguidores de Jesus tiveram que fugir para outras cidades.

      • “E também Saulo consentiu na morte dele. E fez-se, naquele dia, uma grande perseguição contra a igreja que estava em Jerusalém; e todos foram dispersos pelas terras da Judeia e da Samaria, exceto os apóstolos. [...] E Saulo assolava a igreja, entrando pelas casas; e, arrastando homens e mulheres, os encerrava na prisão.” At 8.1,3 (ARC)

      • “E Saulo, respirando ainda ameaças e mortes contra os discípulos do Senhor, dirigiu-se ao sumo sacerdote e pediu-lhe cartas para Damasco, para as sinagogas, a fim de que, se encontrasse alguns daquela seita, quer homens, quer mulheres, os conduzisse presos a Jerusalém.” At 9.1,2 (ARC)

          • COMPARE: “Enquanto isso, Saulo ainda respirava ameaças de morte contra os discípulos do Senhor. Dirigindo-se ao sumo sacerdote, pediu-lhe cartas para as sinagogas de Damasco, de maneira que, caso encontrasse ali homens ou mulheres que pertencessem ao Caminho, pudesse levá-los presos para Jerusalém.” At 9.1,2 (NVI)

      • “Seu ódio contra os seguidores de Jesus fez com que ele fosse a Damasco, uma vez que havia uma grande população judaica naquela cidade. Os pesquisadores dizem que havia um número de 30 a 40 sinagogas em toda a Damasco. Quando Saulo resolveu ir a Damasco em busca de outros cristãos para prendê-los era porque esses cristãos certamente fugiram de Jerusalém para escapar à perseguição.” (CABRAL, 2021)

      • “A perseguição forçou os crentes a deixarem suas casas em Jerusalém, e as boas-novas foram junto com eles. Às vezes, nos sentimos desconfortáveis, porque vamos nos mudar. Podemos não querer sentir isso, mas o desconforto pode ser melhor para nós, porque Deus pode estar operando por intermédio de nosso sofrimento. Quando você se sentir tentado a se queixar de circunstâncias desconfortáveis ou dolorosas, pare e pergunte-se se Deus pode estar preparando você para uma tarefa especial.” (Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal, 2003)


  1. As ameaças de Saulo de Tarso.

  • A expressão “respirando ameaças e morte” (At 9.1) descreve Saulo, de maneira figurada, como uma fera selvagem que ameaça sua presa.

      • “E Saulo, respirando ainda ameaças e mortes contra os discípulos do Senhor, dirigiu-se ao sumo sacerdote” At 9.1 (ARC)

  • Ele [Saulo] era visto como um exterminador, pois conduzia os cristãos às prisões, além de permitir que fossem açoitados.

      • “Todos os que o ouviam estavam atônitos e diziam: Não é este o que em Jerusalém perseguia os que invocavam este nome e para isso veio aqui, para os levar presos aos principais dos sacerdotes?” At 9.21 (ARC)

          • COMPARE: “Todos que o ouviam ficavam admirados. “Não é esse o homem que causou tanta destruição entre os que invocavam o nome de Jesus em Jerusalém?”, perguntavam. “E não veio aqui para levá-los como prisioneiros aos principais sacerdotes?”” At 9.21 (NVT)

  • Ele não poupava ninguém que seguisse a doutrina de Cristo.


  1. Por que Saulo perseguia os cristãos?

  • Os motivos que levaram Saulo a se tornar um perseguidor, eram:

      • o zelo destrutivo pela Torah;

          • “Quando ele [Paulo] praticava o judaísmo, ele era um dos judeus mais religiosos da sua época. Ele observava escrupulosamente a lei e também perseguia sobremaneira os cristãos, procurando destruí-los. Ele era tão inflexível na defesa das tradições da sua fé, e estava tão convencido de que o cristianismo era uma religião falsa que se desviava do judaísmo, que ele queria vê-lo aniquilado (veja At 7.57-8.1; 9.1,2; 26.9-11).” (Comentário do Novo Testamento Aplicação Pessoal, 2010)

      • e o suposto fato religioso de que Jesus talvez fosse um “blasfemo”.

  • Para Saulo, o anúncio de que um crucificado pudesse ser o Messias prometido pelos profetas do AT era um escândalo.

      • “mas nós pregamos a Cristo crucificado, que é escândalo para os judeus e loucura para os gregos.” 1 Co 1.23 (ARC)

      • “Para Saulo de Tarso, a ideia de um Messias crucificado, alguém que assumiu a maldição do pecado, era chocante, porque o Messias viria para ser Rei e Senhor apenas.” (CABRAL, 2021)

      • “Para os judeus a crucificação representa o fracasso total, o fim do jogo, de maneira que o Messias crucificado é um absurdo e ofende a ideia dominante de um Messias fazedor de milagres e conquistador.” (SAYÃO, 2016)

      • “Muitos judeus consideraram o Evangelho de Jesus Cristo uma ‘loucura’ porque pensavam que o Messias seria um rei conquistador que lhes daria ‘um sinal do céu’. Embora Jesus tenha operado muitos milagres durante o seu ministério na terra, muitos judeus que observaram os seus milagres diretamente tinham se recusado a crer (Mt 12.38,39; 16.1-4; Mc 8.11,12; Lc 11.16; Jo 6.30). Jesus não havia restaurado o trono de Davi da maneira que eles esperavam. Além disso, Ele tinha sido executado como um criminoso (Dt 21.23) – como um criminoso poderia ser o Salvador? Esta proclamação de ‘Cristo crucificado’ os ‘escandalizou’.” (Comentário do Novo Testamento Aplicação Pessoal, 2010)

  • Ora, quem fosse suspenso no madeiro (cruz), de acordo com a Lei, estava sob a maldição divina.

      • “Quando também em alguém houver pecado, digno do juízo de morte, e haja de morrer, e o pendurares num madeiro, o seu cadáver não permanecerá no madeiro, mas certamente o enterrarás no mesmo dia, porquanto o pendurado é maldito de Deus; assim, não contaminarás a tua terra, que o Senhor, teu Deus, te dá em herança.” Dt 21.22,23 (ARC)

  • Mais tarde, [...] ele descobre que Cristo assumiu a maldição da Lei e, por isso, nos livrou dessa maldição.

      • “Cristo nos resgatou da maldição da lei, fazendo-se maldição por nós, porque está escrito: Maldito todo aquele que for pendurado no madeiro;” Gl 3.13 (ARC)

      • “Àquele que não conheceu pecado, o fez pecado por nós; para que, nele, fôssemos feitos justiça de Deus.” 2 Co 5.21 (ARC)

      • “Ser pendurado no madeiro significava, para os judeus, que aquela pessoa tinha sido amaldiçoada. Cristo voluntariamente se permitiu ser amaldiçoado para o bem de toda a humanidade e, desta forma, suportou a crucificação. Na cruz, a maldição da lei foi transferida de toda a humanidade para o Filho de Deus sem pecado, Cristo tomou sobre si a punição pelo pecado.” (Comentário do Novo Testamento Aplicação Pessoal, 2010)

SÍNTESE DO TÓPICO I

Saulo ameaçava a igreja, não por acaso, ele se descreve como blasfemo, perseguidor e opressor.

DINÂMICA 1

II - A PERSEGUIÇÃO CONTRA A IGREJA DE CRISTO

  1. Contra os seguidores de Jesus.

  • A perseguição de Saulo [...] era uma perseguição contra a Igreja, o Corpo de Cristo, uma instituição divina.

      • “Porque já ouvistes qual foi antigamente a minha conduta no judaísmo, como sobremaneira perseguia a igreja de Deus e a assolava.” Gl 1.13 (ARC)

      • “A Igreja de Cristo, mais conhecida naqueles dias como “os do Caminho” ou “seguidores de Jesus”, era o alvo do ataque de Saulo de Tarso. Entretanto, esse homem, cego pelo radicalismo fariseu, não podia entender que a Igreja não era uma mera instituição humana. A existência da Igreja deve sua realidade ao Senhor Jesus, pois Ele é o seu construtor.” (CABRAL, 2021)

      • “Saulo pensava estar perseguindo hereges, mas, de acordo com a voz, as suas ações eram equivalentes a atacar o próprio Senhor Jesus - Eu sou Jesus, a quem tu persegues (At 9.4,5). Qualquer pessoa que persiga os crentes hoje, também é culpado por perseguir a Jesus (veja Mt 25.40,45) porque os crentes sáo o corpo de Cristo na terra. Esta é uma declaração poderosa a respeito da união que existe entre Cristo e a sua igreja.” (Comentário do Novo Testamento Aplicação Pessoal, 2010)

  • Sua intenção era acabar de vez com “a Igreja”.

      • “Persegui este Caminho até à morte, prendendo e metendo em prisões, tanto homens como mulheres,” At 22.4 (ARC)

  • Saulo atingiu pessoas que representavam Cristo, dentre as quais havia um homem arguto, defensor do nome de Jesus e cheio do Espírito Santo, cujo nome era Estevão.

      • “E, expulsando-o da cidade, o apedrejavam. E as testemunhas depuseram as suas vestes aos pés de um jovem chamado Saulo.” At 7.58 (ARC)

      • “E também Saulo consentiu na morte dele. E fez-se, naquele dia, uma grande perseguição contra a igreja que estava em Jerusalém; e todos foram dispersos pelas terras da Judeia e da Samaria, exceto os apóstolos.” At 8.1 (ARC)

      • “E este parecer contentou a toda a multidão, e elegeram Estêvão, homem cheio de fé e do Espírito Santo, e Filipe, e Prócoro, e Nicanor, e Timão, e Pármenas e Nicolau, prosélito de Antioquia; [...] E Estêvão, cheio de fé e de poder, fazia prodígios e grandes sinais entre o povo.” At 6.5,8 (ARC)


  1. Saulo de Tarso e Estevão.

  • Saulo era um erudito que chamava atenção, devido à sua cultura judaica, greco-romana e autoridade na Torah.

  • Estevão era um erudito do Judaísmo com uma grande capacidade do Espírito para confrontar ideias contrárias aos ensinos de Jesus.

      • “E levantaram-se alguns que eram da sinagoga chamada dos Libertos, e dos cireneus, e dos alexandrinos, e dos que eram da Cilícia e da Ásia, e disputavam com Estêvão. E não podiam resistir à sabedoria e ao Espírito com que falava.” At 6.9,10 (ARC)

          • COMPARE: “Um dia, porém, alguns homens da chamada Sinagoga dos Escravos Libertos começaram a discutir com ele. Eram judeus de Cirene, de Alexandria, da Cilícia e da província da Ásia. Nenhum deles era capaz de resistir à sabedoria e ao Espírito pelo qual Estêvão falava.” At 6.9,10 (NVT)

      • “O Espírito Santo deu a Estêvão poder para realizar prodígios e grandes sinais entre o povo (v. 8) e lhe deu grande sabedoria para pregar o evangelho de tal maneira, que seus oponentes não podiam contestar os seus argumentos (v. 10; cf. Êx 4.15; Lc 21.15).” (STAMPS, 2006)

  • O primeiro mártir da Igreja era um homem cheio do Espírito Santo, conhecedor profundo da história de seu povo e da teologia judaica.

      • “Além de ser um bom administrador, ele [Estevão] era também um veemente orador. Isto fica claro com a defesa que ele apresentou perante o supremo conselho judaico. Ele apresentou um resumo da história dos próprios judeus, e fez veementes aplicações que tocaram seus ouvintes. Durante sua defesa, Estêvão deve ter sabido que estava proferindo sua própria sentença de morte. Os membros do conselho não poderiam suportar ver expostos seus maus motivos. As últimas palavras de Estêvão mostram quão semelhante a Jesus ele se tornara, em tão pouco tempo.” (Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal, 2003)

  • [Estevão] apontava para Jesus Cristo como clímax da revelação redentora para o mundo [com autoridade]

  • Essa autoridade espiritual de Estevão atraiu a ira dos inimigos de Cristo.

      • “E Estêvão, cheio de fé e de poder, fazia prodígios e grandes sinais entre o povo. E levantaram-se alguns que eram da sinagoga chamada dos Libertos, e dos cireneus, e dos alexandrinos, e dos que eram da Cilícia e da Ásia, e disputavam com Estêvão. E não podiam resistir à sabedoria e ao Espírito com que falava. Então, subornaram uns homens para que dissessem: Ouvimos-lhe proferir palavras blasfemas contra Moisés e contra Deus. E excitaram o povo, os anciãos e os escribas; e, investindo com ele, o arrebataram e o levaram ao conselho. Apresentaram falsas testemunhas, que diziam: Este homem não cessa de proferir palavras blasfemas contra este santo lugar e a lei; porque nós lhe ouvimos dizer que esse Jesus Nazareno há de destruir este lugar e mudar os costumes que Moisés nos deu.” At 6.8-14 (ARC)

  • Com o pleno consentimento de Saulo, eles o apedrejaram até a morte.

      • “E, expulsando-o da cidade, o apedrejavam. E as testemunhas depuseram as suas vestes aos pés de um jovem chamado Saulo. E apedrejaram a Estêvão, que em invocação dizia: Senhor Jesus, recebe o meu espírito. E, pondo-se de joelhos, clamou com grande voz: Senhor, não lhes imputes este pecado. E, tendo dito isto, adormeceu. E também Saulo consentiu na morte dele. E fez-se, naquele dia, uma grande perseguição contra a igreja que estava em Jerusalém; e todos foram dispersos pelas terras da Judeia e da Samaria, exceto os apóstolos.” At 7.58-60; 8.1 (ARC)

      • “O discurso de Estêvão foi tão vigoroso e contundente que aqueles homens enfurecidos apedrejaram-no e mataram-no (At 7.2-57). A certa distância, estava o jovem rabino Saulo de Tarso, que apoiou o ato de violência contra Estêvão. Os seus algozes tomaram os seus vestidos manchados de sangue e colocaram-nos aos pés de Saulo de Tarso (At 7.58).” (CABRAL, 2021)

      • “O que é um mártir? É alguém que morre em consequência do seu testemunho, sua fé, suas convicções. Morre sustentando a fé. Jesus não foi um mártir. Estevão sim. Jesus morreu como nosso redentor, nosso substituto, isto é, morreu em nosso lugar, mas Estevão morreu devido seu testemunho de Cristo. O mundo odiou a Estevão não o querendo mais aqui; matou-o a pedradas, mas Deus veio recebê-lo para conduzi-lo à glória, como um herói vencedor.” (SILVA, 2021)


  1. Uma intolerância religiosa e política contra a igreja atual.

  • A igreja atual continua a despertar fúrias de certas autoridades políticas e religiosas que não aceitam a mensagem [do] Evangelho [de Cristo].

      • “As pessoas podem não nos matar pelo nosso testemunho a respeito de Cristo, mas podem nos dar a entender que não querem ouvir a verdade e tentar nos silenciar. Continue honrando a Deus em sua conduta e suas palavras. Embora muitos possam se voltar contra você e sua mensagem, alguns seguirão a Cristo. [...] Até mesmo aqueles que se opõem a você agora podem, mais tarde, se converter a Cristo.” (Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal, 2003)

  • Nossos irmãos, que servem a Deus em países políticos e religiosamente fechados para o Evangelho, continuam a pagar, com a própria vida, a fidelidade à mensagem de Cristo.

  • Oremos pela igreja perseguida!

SÍNTESE DO TÓPICO II

A perseguição de Saulo contra Jesus era uma perseguição contra a Igreja de Cristo.

DINÂMICA 2

III - QUANDO UM SISTEMA SE VOLTA CONTRA A IGREJA

  1. Como era a perseguição contra os primeiros discípulos?

  • Saulo de Tarso [...] prendia os primeiros cristãos, mandava açoitá-los e não havia escrúpulos mesmo com mulheres e crianças.

      • “Todos os que o ouviam estavam atônitos e diziam: Não é este o que em Jerusalém perseguia os que invocavam este nome e para isso veio aqui, para os levar presos aos principais dos sacerdotes?” At 9.21 (ARC)

      • “como também o sumo sacerdote me é testemunha, e todo o conselho dos anciãos; e, recebendo destes cartas para os irmãos, fui a Damasco, para trazer manietados para Jerusalém aqueles que ali estivessem, a fim de que fossem castigados.” At 22.5 (ARC)

          • COMPARE: “O sumo sacerdote e todo o conselho dos líderes do povo podem confirmar isso. Recebi deles cartas para nossos irmãos judeus em Damasco que me autorizavam a trazer os seguidores do Caminho de lá para Jerusalém, em cadeias, para serem castigados.” At 22.5 (NVT)

  • Saulo entendia que praticar essas barbáries era defender a fé judaica, livrando os judeus dos hereges

  • Jesus havia alertado os discípulos [sobre essa forma de perseguição]:

      • “Expulsar-vos-ão das sinagogas; vem mesmo a hora em que qualquer que vos matar cuidará fazer um serviço a Deus.” Jo 16.2 (ARC)

          • COMPARE: “Pois vocês serão expulsos das sinagogas, e virá o tempo em que aqueles que os matarem pensarão que estão prestando um serviço sagrado a Deus.” Jo 16.2 (NVT)

      • “Em Jo 9.22 e Jo 12.42 vimos que os líderes religiosos tinham decidido que qualquer um que confessasse a fé em Jesus como o Cristo seria expulso da sinagoga. Jesus predisse que isto aconteceria aos discípulos. Na época em que era feito o registro do Evangelho de João, os cristãos já eram freqüentemente barrados nas sinagogas. A profecia de que alguns seriam mortos também se cumpriria dentro de pouco tempo. Um dos primeiros diáconos da igreja, Estevão, se tornaria o primeiro mártir da fé (At 7.54-60). Tiago, um dos discípulos que estavam com Jesus durante os seus ensinos, seria levado à morte pelo rei Herodes (At 12.1,2). Saulo de Tarso - antes da sua conversão - passava pela região procurando e perseguindo cristãos, convencido de que estava servindo a Deus ao matar aqueles que proclamavam a Jesus como seu Messias (At 9.1,2; 26.9-11; G 11.13,14; Fp3.6).” (Comentário do Novo Testamento Aplicação Pessoal, 2010)


  1. Perseguição, tortura e método.

  • Além de [Saulo castigar fisicamente os primeiros cristãos], ele empregava a tortura psicológica para induzi-los a blasfemarem.

      • “o que também fiz em Jerusalém. E, havendo recebido poder dos principais dos sacerdotes, encerrei muitos dos santos nas prisões; e, quando os matavam, eu dava o meu voto contra eles. E, castigando-os muitas vezes por todas as sinagogas, os obriguei a blasfemar. E, enfurecido demasiadamente contra eles, até nas cidades estranhas os persegui.” At 26.10,11 (ARC)

          • COMPARE: “Foi exatamente o que fiz em Jerusalém. Com autorização dos principais sacerdotes, fui responsável pela prisão de muitos dentre o povo santo. E eu votava contra eles quando eram condenados à morte. Muitas vezes providenciei que fossem castigados nas sinagogas, a fim de obrigá-los a blasfemar. Eu me opunha a eles com tanta violência que os perseguia até em cidades estrangeiras.” At 26.10,11 (NVT)

      • “Com a autorização dos principais dos sacerdotes, Paulo tinha capturado santos de Jerusalém e os tinha enviado às prisões. Ele chegou até mesmo a dar o seu voto contra os cristãos quando os matavam. Grande parte da obra de Paulo era feita nas sinagogas, onde Paulo encontrava a maioria dos cristãos nos primeiros dias do movimento. [...] Paulo castigava os crentes para obrigá-los a blasfemar. Paulo era tão fanático, tão demasiadamente enfurecido com aqueles que conheciam a Cristo, que ele os perseguiu até nas cidades estranhas de terras distantes. Ele levou a sua campanha de terror à estrada, rumo a Damasco.” (Comentário do Novo Testamento Aplicação Pessoal, 2010)

  • Apesar da violência empregada com açoites, prisões, tortura psicológica, apedrejamento e mortes, muitos dos discípulos fiéis a Cristo não negaram o nome de Jesus.


  1. Perseguição aos pentecostais.

  • No início do Movimento Pentecostal no Brasil, nossos pioneiros sofreram toda sorte de perseguição e violência.

  • Muitos deles sofreram agressões físicas e psicológicas.

  • Tudo isso porque pregavam uma doutrina que a religião oficial não aceitava.

      • “Para arrancar confissões e declarações, torturavam nossos pioneiros. Vi meu pai, o pastor Osmar Cabral, ser levado para a cadeia em Chapecó-SC em 1954, porque pregava uma doutrina que a igreja romana não aceitava.” (CABRAL, 2021)

SÍNTESE DO TÓPICO III

A perseguição contra os primeiros cristãos envolvia açoites, prisões e constrangimentos.

DINÂMICA 3

CONCLUSÃO

  • Se a Igreja fosse uma mera organização humana, já teria acabado.

  • Mas é uma instituição divina, edificada pelo próprio Cristo e, por isso, a Igreja [...] continuará a subsistir até a vinda gloriosa de Jesus para arrebatá-la.

      • “Pois também eu te digo que tu és Pedro e sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela.” Mt 16.18 (ARC)

      • “As portas do inferno representam Satanás e seus seguidores. Estas palavras podem ser interpretadas como o poder de Satanás na ofensiva contra a igreja. Cristo promete que Satanás não irá derrotar a igreja; ao contrário, a esfera de operações do nosso adversário é que será derrotada. Com estas palavras, Jesus fez a promessa da indestrutibilidade da igreja, e da proteção de todos aqueles que creem nele , e se tornam parte da sua igreja.” (Comentário do Novo Testamento Aplicação Pessoal, 2010)

      • “O que Cristo quer dizer é que, a despeito de Satanás fazer o pior que pode, a despeito da apostasia que ocorre entre os crentes, das igrejas que ficam mornas e dos falsos mestres que se infiltram no reino de Deus, a igreja não será destruída. Deus, pela sua graça, sabedoria e poder soberanos, sempre terá um remanescente de crentes e de igrejas que, no decurso de toda a história da redenção, permanecerá fiel ao evangelho original de Cristo e dos apóstolos e que experimentará a comunhão com Ele, o senhorio de Cristo e o poder do Espírito Santo. Como o povo genuíno de Deus, esses crentes demonstrarão o poder do Espírito Santo contra Satanás, o pecado, a doença, o mundo e as forças demoníacas. É essa igreja que Satanás com todas as suas hostes não poderá destruir nem resistir.” (STAMPS, 2006)

  • A Igreja é de Jesus.

Referências Bibliográficas

BÍBLIA de Estudo Aplicação Pessoal. Rio de Janeiro: CPAD, 2003.

CABRAL, E. O Apóstolo Paulo: Lições da Vida e Ministério do Apóstolo dos Gentios para a Igreja de Cristo. 1ª. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2021.

CABRAL, E. O Apóstolo Paulo: Lições da Vida e Ministério do Apóstolo dos Gentios para a Igreja de Cristo. Rio de Janeiro: CPAD, 4º Trimestre de 2021.

COMENTÁRIO do Novo Testamento Aplicação Pessoal. Rio de Janeiro: CPAD, 2010.

RICHARDS, L. O. Comentário Histórico-Cultural do Novo Testamento. CPAD: Rio de Janeiro, 2017.

SAYÃO, L. A. (Ed.). Bíblia Brasileira de Estudo. São Paulo: Hagnos, 2016.

SILVA, A. G. D. Bíblia com comentário de Antônio Gilberto. Rio de Janeiro: CPAD, 2021.

STAMPS, D. C. (Ed.). Bíblia de Estudo Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 2006.

Material para Impressão (completo)

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