Lição 4 - Elias e os Profetas de Aserá e Baal (COM DINÂMICAS)

O conteúdo desta página é baseado na Revista Lições Bíblicas (Publicação Trimestral da CPAD – Casa Publicadora das Assembleias de Deus) – 3º Trimestre de 2021 – Adultos – O Plano de Deus para Israel em meio à Infidelidade da Nação: As Correções e os Ensinamentos Divinos no Período dos Reis de Israel – Comentarista Pr. Claiton Ivan Pommerening. Este material contém trechos principais extraídos da Revista da CPAD (texto em letras maiores e cor preta), além de citações de diversos outros autores devidamente citados (textos em letras menores e cor vermelha). Todas as citações são acompanhadas dos nomes dos seus autores. Ao final deste página contém uma lista de referências bibliográficas utilizada para a composição deste, onde constam os títulos dos livros, publicações e demais obras literárias.

TEXTO ÁUREO

“Então, caiu fogo do SENHOR, e consumiu o holocausto, e a lenha, e as pedras, e o pó, e ainda lambeu a água que estava no rego.” (1 Rs 18.38)

VERDADE PRÁTICA

O Senhor sustenta com sua forte mão todos os que estão dispostos a proclamar a verdade de que Ele é o único Deus digno de adoração.

Segunda - Sl 37.18,19

Deus cuida de seus filhos e não os deixa desamparados

Terça - Sl 7.9

Deus conhece a sinceridade do coração dos seus filhos

Quarta - Is 42.8

O único digno de glória e honra é o Senhor Deus

Quinta - Êx 20.3,4

O Senhor impõe como mandamento não ter outros deuses além dEle

Sexta - Sl 145.14-18

Deus é aquEle que sustenta seus filhos, mesmo em tempo de dificuldades

Sábado - 1 Co 8.6

Quem serve a Deus de coração compreende que há um só Deus e que tudo pertence a Ele

LIÇÃO 4 COMPLETA COM DINÂMICAS E SLIDES

OBJETIVOS

1º OBJETIVO: Salientar que é necessário e urgente enfrentar o pecado;

2º OBJETIVO: Relatar que Deus responde às nossas súplicas;

3º OBJETIVO: Expor as fragilidades do ser humano.

O Senhor sempre intervém a nosso favor diante das adversidades.Ponto Central (CPAD)

INTRODUÇÃO

  • [Elias] é um modelo de servo perseverante e fiel para todo cristão.

  • Veremos como Elias:

      • Desafiou corajosamente a idolatria em Israel:

      • Orava de modo simples;

      • Expôs sua humanidade ao cair em desânimo.

I - O DESAFIO NO MONTE CARMELO

  1. O zelo de Elias o pôs diante de um confronto.

  • Devido à apostasia do povo e à falta de liderança espiritual do rei Acabe, Elias viu-se na condição de lançar um grande desafio diante de todos.

  • Mandou chamar os profetas de Baal e lhes incitou dizendo: “o deus que responder por fogo esse será Deus”.

      • “Então, invocai o nome do vosso deus, e eu invocarei o nome do Senhor; e há de ser que o deus que responder por fogo esse será Deus. E todo o povo respondeu e disse: É boa esta palavra.” 1 Rs 18.24 (ARC)

          • COMPARE: “Então invoquem o nome de seu deus, e eu invocarei o nome do Senhor. O deus que responder com fogo, esse é o Deus verdadeiro!”. E todo o povo concordou.” 1 Rs 18.24 (NVT)

      • “Saber da crença que Israel tinha a respeito de Baal nos ajuda a entender por que Deus queria que Elias se confrontasse com Baal no monte Carmelo. Uma vez que eles acreditavam que Baal era ‘o deus das colheitas’, por que então ele havia permitido que Israel passasse por aquele período de seca? Aquela divindade também era identificada pelo nome de ‘Hadade’ – o deus da tempestade -, então, por que não faqzia com que chovesse sobre a terra? Afinal, Israel, acreditava até mesmo que a voz de Baal podia ser ouvida nos raios e trovões que acompanhavam a chuva.” (GETZ, 2003)

      • “Acabe trouxe 850 profetas pagãos ao monte Carmelo, para competir, em inteligência e poder, com Elias. Os reis perversos odiavam os profetas de Deus, porque estes se pronunciavam contra pecado e a idolatria, e minavam seu controle sobre o povo. Com o respaldo dos ímpios reis, surgiram muitos profetas pagãos para contradizer as palavras dos profetas de Deus. Mas Elias mostrou ao povo que pronunciar uma profecia não era suficiente. Era necessário o poder do Deus vivo para cumpri-la.” (Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal, 2003)

      • “Em um confronto com os falsos profetas de Baal, no monte Carmelo, Elias provou ao perverso Acabe que somente o Senhor é Deus. Elias matou, então, os falsos profetas no vale de Quisom.” (Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal, 2003)

      • “Esse monte [Carmelo] projeta-se ao longo do litoral do mar Mediterrâneo. na direção oeste do mar de Quinerete (Galiléia). Visto que ficava próximo às cidades fenícias. provavelmente tosse muito forte ali a influência da religião de Baal.” (Bíblia de Estudo de Genebra, 1999)

  • [Elias fez] isso em função da pergunta, sem resposta, que lançou antes do confronto:

      • “Então, Elias se chegou a todo o povo e disse: Até quando coxeareis entre dois pensamentos? Se o Senhor é Deus, segui-o; e, se Baal, segui-o. Porém o povo lhe não respondeu nada.” 1 Rs 18.21 (ARC)

          • COMPARE: “Elias se colocou diante do povo e disse: “Até quando ficarão oscilando de um lado para o outro? Se o Senhor é Deus, sigam-no! Mas, se Baal é Deus, então sigam Baal!”. O povo, contudo, ficou em silêncio.” 1 Rs 18.21 (NVT)

      • “Elias colocou uma escolha nítida diante do povo. Seu intuito era criar um forte contraste entre a adoração ao SENHOR e o culto a Baal, a fim de eliminar a ideia apóstata de que as duas deidades pudessem ser cultuadas de modo sincretista.” (BARKER, 2003)

  • O povo não tinha resposta [...] porque estava em dúvida sobre quem, de fato, era o verdadeiro Deus.

      • “Ainda existiam duas opiniões que tomavam conta dos filhos de Israel. Se não fosse assim, Elias não teria lhes feito aquela pergunta. A maioria provavelmente continuava crendo no Deus de seus pais. No entanto, a maioria deles também estava adorando a Baal e Aserá. Eles haviam se tornado politeístas.” (GETZ, 2003)

      • “Quando Elias pediu que os israelitas fizessem uma escolha entre o Senhor e Baal, o silêncio parecia ‘falar ruidosamente’ por si mesmo. Eles optaram por não dizer nada (1 Rs 18.21). A resposta dada foi um silêncio ensurdecedor! Mas quando eles nada disseram, acabaram revelando os pensamentos e intenções de seus corações.” (GETZ, 2003)

      • “Porém, se vos parece mal aos vossos olhos servir ao Senhor, escolhei hoje a quem sirvais: se os deuses a quem serviram vossos pais, que estavam dalém do rio, ou os deuses dos amorreus, em cuja terra habitais; porém eu e a minha casa serviremos ao Senhor.” Js 24.15 (ARC)

      • “[...] Houve silêncio total. As pessoas se recusaram a fazer uma opção, o que não deixa de ser uma escolha – eles decidiram continuar com suas práticas pagãs.” (GETZ, 2003)

      • “Elias desafiou o povo a assumir uma posição - a seguir quem fosse o Deus verdadeiro. Por que tantas pessoas hesitavam, entre duas escolhas? Talvez algumas não tivessem certeza. Muitas sabiam que o Senhor era Deus, mas gostavam dos prazeres pecaminosos e outros benefícios que resultavam de seguir a Acabe em sua adoração idólatra. É importante assumir uma posição a favor do Senhor. Se apenas acompanharmos o que é agradável e fácil, um dia descobriremos que estávamos adorando um falso deus - nós mesmos.” (Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal, 2003)

      • “Elias desafiou o povo a fazer uma escolha definitiva entre seguir a Deus ou a Baal (cf. Ez 20.31,39). Os israelitas achavam que podiam adorar o Deus verdadeiro e também Baal. O pecado deles era o de terem o coração dividido (cf. Dt 6.4,5), querendo servir a dois senhores. O próprio Cristo advertiu contra essa atitude fatal (Mt 6.24)” (STAMPS, 2006)

      • “Israel encontra-se em um momento decisivo. Elias apresentou um desafio ao povo. Os israelitas tinham conhecimento do passado e da atuação de Deus na sua história, mas agora viviam um sincretismo religioso. O SENHOR jamais aceita um coração dividido. O povo teria de escolher entre o verdadeiro Deus e o falso, Baal. A mesma questão é apresentada hoje aos cristãos. Deus não quer um coração pela metade, ninguém ‘em cima do muro’: ‘ou é ou não é’. Dedicar somente uma parte de nossa vida a Ele é o mesmo que rejeitá-lo.” (SAYÃO, 2016)


  1. O problema de não saber a quem adorar.

  • Este triste dilema espiritual se faz presente todas as vezes que o povo de Deus se envolve com a idolatria.

      • “Os céus e a terra tomo, hoje, por testemunhas contra ti, que te tenho proposto a vida e a morte, a bênção e a maldição; escolhe, pois, a vida, para que vivas, tu e a tua semente,” Dt 30.19 (ARC)

  • Os que adoram ídolos não conseguem enxergar o verdadeiro amor e cuidado divinos.

  • Esses pretensos deuses não passam de ilusão inventada pelo homem.

      • “Os ídolos das nações são prata e ouro, obra das mãos dos homens. Têm boca, mas não falam; têm olhos, e não veem; têm ouvidos, mas não ouvem, nem há respiro algum na sua boca. Semelhantes a eles se tornem os que os fazem, e todos os que confiam neles.” Sl 135.18 (ARC)

          • COMPARE: “Os ídolos das nações não passam de objetos de prata e de ouro, formados por mãos humanas. Têm boca, mas não falam; olhos, mas não veem. Têm ouvidos, mas não ouvem; em sua boca, não há fôlego de vida. Aqueles que fazem ídolos e neles confiam são exatamente iguais a eles.” Sl 135.18 (NVT)

  • Os ídolos não precisam necessariamente ser físicos, pois podem estar camuflados no coração humano a fim de controlarem as decisões e toda a vida de uma pessoa.

      • “Os profetas de Baal, “passado o meio-dia, profetizaram”, e mesmo assim ninguém lhes respondeu. Seu deus estava em silêncio, porque não era verdadeiro. Os deuses que podemos ser tentados a seguir não são ídolos de madeira ou pedra, mas são igualmente falsos e perigosos, porque fazem com que confiemos em outras coisas ou pessoas, que não Deus. Poder, posição sociai, aparência ou posses materiais podem se tornar nossos deuses, se dedicarmos nossa vida a eles. Mas quando chegamos a momentos de crise e desesperadamente clamamos a esses deuses, só há silêncio. Eles não podem oferecer respostas verdadeiras, nem orientação, e nem sabedoria.” (Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal, 2003)

  • Jesus nos alertou sobre isso.

      • “Ninguém pode servir a dois senhores, porque ou há de odiar um e amar o outro ou se dedicará a um e desprezará o outro. Não podeis servir a Deus e a Mamom.” Mt 6.24 (ARC)

          • COMPARE: “Ninguém pode servir a dois senhores, pois odiará um e amará o outro; será dedicado a um e desprezará o outro. Vocês não podem servir a Deus e ao dinheiro.” Mt 6.24 (NVT)


  1. O desafio do fogo.

  • Elias tinha certeza de que Deus era com ele e, por isso, propôs o desafio: o Deus que respondesse com fogo deveria ser adorado.

      • “Visto que os seguidores de Baal acreditavam que Baal controlava o trovão, o relâmpago e as tempestades, o desafio de Elias atingiu o âmago desse poder alegado.” (Bíblia de Estudo de Genebra, 1999)

  • Tais pessoas são tão íntimas de Deus que são [...] guiadas, para aquilo que o Senhor quer fazer.

  • [Foi a vontade do próprio Deus lançar o desafio] para mais uma vez mostrar ao povo de Israel que Ele era, sempre foi e sempre será o único Deus verdadeiro, a quem deveria servir.

SÍNTESE DO TÓPICO I

Assim como Elias confrontou os profetas de Baal diante da idolatria, os servos do Senhor devem estar dispostos a confrontar todo tipo de pecado.

DINÂMICA 1 - TOMADA FALSA

II - A ORAÇÃO DE ELIAS

  1. Os preparativos de Elias.

  • A primeira coisa que fez foi reparar o altar do Senhor, que estava quebrado;

      • “Então, Elias disse a todo o povo: Chegai-vos a mim. E todo o povo se chegou a ele; e reparou o altar do Senhor, que estava quebrado.” 1 Rs 18.30 (ARC)

          • COMPARE: “Então Elias disse ao povo: “Venham aqui!”. Todos se reuniram em volta dele enquanto ele consertava o altar do Senhor que havia sido derrubado.” 1 Rs 18.30 (NVT)

      • “[Elias] reparou o altar. Ele jamais usaria o deles, que tinha sido contaminado com as orações a Baal, mas, encontrando em ruínas um altar ali, que anteriormente tinha sido usado no culto ao Senhor, ele escolheu reparar aquele (1 Rs 18.30) para insinuar a eles que ele não estava ali para introduzir nenhuma nova religião, mas reviver a fé e a adoração ao Deus de seus pais e convertê-los ao primeiro amor que tiveram e às primeiras obras que praticaram.” (HENRY, 2010)

      • “E ele disse: Tenho sido muito zeloso pelo Senhor, Deus dos Exércitos, porque os filhos de Israel deixaram o teu concerto, derribaram os teus altares e mataram os teus profetas à espada; e eu fiquei só, e buscam a minha vida para ma tirarem. [...] E ele disse: Eu tenho sido em extremo zeloso pelo Senhor, Deus dos Exércitos, porque os filhos de Israel deixaram o teu concerto, derribaram os teus altares e mataram os teus profetas à espada; e eu fiquei só, e buscam a minha vida para ma tirarem.” 1 Rs 19.10,14 (ARC)

      • “Antes de pedir a manifestação da presença de Deus no meio do povo, Elias reergueu o altar do Senhor que estava em ruínas. A condição espiritual da nação estava de certa forma representada pelos escombros do altar.” (SAYÃO, 2016)

  • Juntou doze pedras que simbolizavam as doze tribos de Israel;

      • “Usar 12 pedras para edificar o altar exigiu coragem, isto poderia ter irritado algumas das pessoas, porque era um silencioso lembrete da divisão entre as tribos. Embora as dez tribos do norte se denominassem Israel, esse nome fora dado, originalmente, a todas as 12 tribos.” (Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal, 2003)

      • “Elias enfatizou a unidade do povo de Israel, apesar da divisão do reino em dois. Dessa forma, salientou que o fato ocorrido no monte Carmelo não era relevante somente para as tribos do Norte, mas para as tribos do Sul, por semelhante modo.” (Bíblia de Estudo de Genebra, 1999)

      • “A fim de que o culto fosse restaurado, Elias tomou doze pedras como um símbolo da aliança do Senhor com Israel. A aliança com o Senhor jamais deverá ser esquecida. Israel havia esquecido esse pacto quando foi seduzido pela adoração cananeia e necessitava voltar urgentemente à aliança com o Senhor novamente.” (GONÇALVES, 2012)

  • Cavou um rego em volta do altar;

  • Colocou a lenha;

  • Dividiu o bezerro em pedaços sobre a lenha;

  • Pediu para que se derramasse doze cântaros de água sobre o altar, de tal modo que ficasse totalmente encharcado;

      • “E Elias tomou doze pedras, conforme o número das tribos dos filhos de Jacó, ao qual veio a palavra do Senhor, dizendo: Israel será o teu nome. E com aquelas pedras edificou o altar em nome do Senhor; depois, fez um rego em redor do altar, segundo a largura de duas medidas de semente. Então, armou a lenha, e dividiu o bezerro em pedaços, e o pôs sobre a lenha, e disse: Enchei de água quatro cântaros e derramai-a sobre o holocausto e sobre a lenha. E disse: Fazei-o segunda vez; e o fizeram segunda vez. Disse ainda: Fazei-o terceira vez; e o fizeram terceira vez, de maneira que a água corria ao redor do altar, e ainda até o rego encheu de água.” 1 Rs 18.31-35 (ARC)

          • COMPARE: “Pegou doze pedras, uma para cada tribo dos filhos de Jacó, a quem o Senhor disse: “Teu nome será Israel”, e com elas reconstruiu o altar em nome do Senhor. Depois, cavou ao redor do altar uma valeta com capacidade suficiente para doze litros de água. Empilhou lenha sobre o altar, cortou o novilho em pedaços e colocou os pedaços sobre a lenha. Em seguida, ordenou: “Encham quatro jarras grandes com água e derramem a água sobre o holocausto e a lenha”. Depois que fizeram isso, disse: “Façam a mesma coisa novamente”. Quando terminaram, ele disse: “Agora façam o mesmo pela terceira vez”. Eles seguiram sua instrução, e a água corria ao redor do altar e encheu a valeta.” 1 Rs 18.31-35 (NVT)

      • “O profeta do Senhor queria que as pessoas ali presentes soubessem, sem dúvida alguma, que o que estava prestes a ocorrer era um milagre e não um truque. Não havia outro modo pelo qual eles poderiam dizer que havia um ‘fogo secreto’ queimando sob o altar. Ninguém poderia acusar Elias de ‘ter algo escondido na manga’ que poderia ser usado para acender o fogo. Tanto a lenha quanto a carne do sacrifício estavam ensopadas. Não havia maneira de fazer com que aquilo pegasse fogo de repente. O povo estava prestes a ver a majestade de Deus.” (GETZ, 2003)


  1. Uma oração confiante.

  • A oração de Elias foi simples e curta, contrastando com as súplicas dos profetas de Baal.

      • “Sucedeu, pois, que, oferecendo-se a oferta de manjares, o profeta Elias se chegou e disse: Ó Senhor, Deus de Abraão, de Isaque e de Israel, manifeste-se hoje que tu és Deus em Israel, e que eu sou teu servo, e que conforme a tua palavra fiz todas estas coisas. Responde-me, Senhor, responde-me, para que este povo conheça que tu, Senhor, és Deus e que tu fizeste tornar o seu coração para trás.” 1 Rs 18.36,37 (ARC)

          • COMPARE: “Na hora costumeira de oferecer o sacrifício da tarde, o profeta Elias se aproximou do altar e orou: “Ó Senhor, Deus de Abraão, Isaque e Jacó, prova hoje que és Deus em Israel e que sou teu servo. Prova que fiz tudo isso por ordem tua. Ó Senhor, responde-me! Que este povo saiba que tu, ó Senhor, és o verdadeiro Deus e estás buscando o povo de volta para ti!”. 1 Rs 18.36,37 (NVT)

      • “A coragem e a fé patentes em Elias não têm paralelo em toda a história da redenção. Seu desafio ao rei (vv. 16-19), sua repreensão a todo o Israel (vv. 21-24) e seu confronto com os 450 profetas de Baal (vv. 19, 22) foram embates que ele os enfrentou dispondo apenas das armas da oração e da fé em Deus. Vemos sua confiança em Deus na brevidade e simplicidade da sua oração (41 palavras em hebraico), (vv. 36,37.” (STAMPS, 2006)

  • Para Deus responder, não são necessárias cerimônias especiais, sacrifícios ou mutilações. Basta o exercício da fé no verdadeiro Deus.

      • “Para ver o milagre de Deus é preciso exercitar a fé. É preciso orar incessantemente, perseverantemente. Perseverar em oração também significa perseverar em fé. Deus é misericordioso e se o nosso propósito estiver alinhado com o Dele, veremos o seu milagre.” (OLIVEIRA, 2021)

      • “Como Elias, podemos ter fé de que, o que quer que Deus nos ordene, Ele dará o que necessitarmos para cumprir sua vontade.” (Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal, 2003)

  • Nesta oração, o profeta expõe o verdadeiro motivo de ter erigido aquele altar, e da necessidade de Deus responder com fogo: “para que este povo conheça que tu, Senhor, és Deus e que tu fizeste tornar o seu coração para trás” (1 Rs 18.37)

      • “A imagem é clara. O Senhor iria demonstrar por meio de seu servo que Baal era uma fraude. Para ser mais específico: ele nem sequer existia. Isso explica melhor por que Deus escolheu julgar Israel com a seca. Os filhos de Israel estavam prestes a ver que havia apenas um Deus que era soberano sobre a natureza: o Deus de Abraão, Isaque e Jacó.” (GETZ, 2003)

      • “Elias deixou bem claro em sua oração que o propósito por trás daquilo que estava prestes a acontecer era demonstrar que o Senhor era Deus. Elias também queria que todos soubessem que, sem sombra de dúvidas, ele era apenas um agente humano que servia a Deus.” (GETZ, 2003)


  1. A misericórdia de Deus.

  • Na oração de Elias está claro que o desejo de Deus era que seu povo se voltasse para Ele através daquela demonstração de poder.

      • “O impressionante é que isso [idolatria] aconteceu em Israel geração após geração. Mas é ainda mais impressionante que Deus – em sua misericórdia e paciência – continuamente procurou alcançar o seu povo. Era isso que o Senhor estava fazendo através de seu servo Elias no monte Carmelo. Deus estava mais uma vez dando a eles uma oportunidade de segui-lo – apesar de sua persistente idolatria e imoralidade!” (GETZ, 2003)

      • “O propósito de Elias no seu confronto com os profetas de Baal, e a oração que se seguiu, foi revelar a graça de Deus para com o seu povo. Elias queria que o povo se voltasse para Deus (1 Rs 18.37). Semelhantemente, João Batista, o "Elias" do NT, tinha como alvo levar muitos a buscarem a Deus, como preparação para o advento de Cristo.” (STAMPS, 2006)

  • A descida do fogo [...] é uma comprovação não apenas de que Ele é Deus e está acima de tudo e de todos, mas de que Ele estava dando a Israel uma nova oportunidade de comunhão.

      • “Então, caiu fogo do Senhor, e consumiu o holocausto, e a lenha, e as pedras, e o pó, e ainda lambeu a água que estava no rego.” 1 Rs 18.38 (ARC)

          • COMPARE: “No mesmo instante, fogo do Senhor desceu do céu e queimou o novilho, a madeira, as pedras e o chão, e secou até a água da valeta.” 1 Rs 18.38 (NVT)

      • “Elias queria Israel soubesse que o principal motivo pelo qual Deus estava prestes a demonstrar o seu poder era fazer com que o coração dos israelitas voltasse para ele. Mais uma vez o Senhor dava um passo para alcançá-los. Deus estava demonstrando sua misericórdia, como já havia feito tantas vezes antes. Ele estava cumprindo fielmente as promessas que fizera àquele povo incrédulo.” (GETZ, 2003)

  • A reação do povo foi unânime em reconhecer que o Eterno é o Deus verdadeiro.

      • “O que vendo todo o povo, caiu sobre os seus rostos e disse: Só o Senhor é Deus! Só o Senhor é Deus!” 1 Rs 18.39 (ARC)

          • COMPARE: “Quando o povo viu isso, todos se prostraram com o rosto em terra e disseram: — O Senhor é Deus! Só o Senhor é Deus!” 1 Rs 18.39 (NAA)

      • “Devemos entender o massacre dos falsos profetas no seu contexto histórico: Israel foi o povo eleito de Deus, e a lei determinava que o castigo do ensino e da prática da idolatria fosse a morte. (Dt 13.13-15).” (GIBBS, 2014)

      • “Quando ouvires dizer de alguma das tuas cidades que o Senhor, teu Deus, te dá, para ali habitares, que uns homens, filhos de Belial, saíram do meio de ti, que incitaram os moradores da sua cidade, dizendo: Vamos e sirvamos a outros deuses que não conheceste, então, inquirirás, e informar-te-ás, e com diligência perguntarás; e eis que, sendo esse negócio verdade, e certo que se fez uma tal abominação no meio de ti, então, certamente ferirás ao fio da espada os moradores daquela cidade, destruindo ao fio da espada a ela e a tudo o que nela houver, até os animais.” Dt 13.12-15 (ARC)

      • “Quando no meio de ti, em alguma das tuas portas que te dá o Senhor, teu Deus, se achar algum homem ou mulher que fizer mal aos olhos do Senhor, teu Deus, traspassando o seu concerto, que for, e servir a outros deuses, e se encurvar a eles, ou ao sol, ou à lua, ou a todo o exército do céu, o que eu não ordenei; e te for denunciado, e o ouvires; então, bem o inquirirás; e eis que, sendo verdade e certo que se fez tal abominação em Israel, então, levarás o homem ou a mulher que fez este malefício às tuas portas, sim, o tal homem ou mulher, e os apedrejarás com pedras, até que morram. Por boca de duas ou três testemunhas, será morto o que houver de morrer; por boca de uma só testemunha, não morrerá. A mão das testemunhas será primeiro contra ele, para matá-lo; e, depois, a mão de todo o povo; assim, tirarás o mal do meio de ti.” Dt 17.2-7 (ARC)

  • Com isso, a seca que já durava três anos e meio terminou.

  • Elias subiu ao cume do monte Carmelo, orou a Deus e caiu uma abundante chuva.

      • “Então, disse Elias a Acabe: Sobe, come e bebe, porque ruído há de uma abundante chuva. E Acabe subiu a comer e a beber; mas Elias subiu ao cume do Carmelo, e se inclinou por terra, e meteu o seu rosto entre os seus joelhos. E disse ao seu moço: Sobe agora e olha para a banda do mar. E subiu, e olhou, e disse: Não há nada. Então, disse ele: Torna lá sete vezes. E sucedeu que, à sétima vez, disse: Eis aqui uma pequena nuvem, como a mão de um homem, subindo do mar. Então, disse ele: Sobe e dize a Acabe: Aparelha o teu carro e desce, para que a chuva te não apanhe. E sucedeu que, entretanto, os céus se enegreceram com nuvens e vento, e veio uma grande chuva; e Acabe subiu ao carro e foi para Jezreel.” 1 Rs 18.41-45 (ARC)

          • COMPARE: “Em seguida, Elias disse a Acabe: “Vá comer e beber, pois ouço uma forte tempestade chegando”. Acabe foi comer e beber. Elias, porém, subiu ao topo do monte Carmelo, prostrou-se até o chão com o rosto entre os joelhos e orou. Depois, disse a seu servo: “Vá e olhe na direção do mar”. O servo foi e olhou, depois voltou e disse: “Não vi nada”. Sete vezes Elias mandou que ele fosse e olhasse. Por fim, na sétima vez, o servo lhe disse: “Vi subir do mar uma pequena nuvem, do tamanho da mão de um homem”. Então Elias lhe disse: “Vá depressa dizer a Acabe: ‘Apronte seu carro e volte para casa. Se não se apressar, a chuva o impedirá!’”. Em pouco tempo, o céu ficou escuro com nuvens. Um vento forte trouxe uma grande tempestade, e Acabe partiu em sua carruagem a toda velocidade para Jezreel.” 1 Rs 18.41-45 (NVT)

SÍNTESE DO TÓPICO II

Quando exercitamos a nossa fé e confiança no Senhor, Ele responde nossas orações e nos livra de qualquer adversidade.

DINÂMICA 2 - ORAÇÃO E RESPOSTA

III - ELIAS EM HOREBE

  1. Os feitos e a exaustão do profeta.

  • Elias chegou à exaustão diante de tantos embates que enfrentou para fazer o povo de Deus retornar ao caminho.

      • “Depois de estabelecer com a ajuda de Deus uma luta titânica contra os profetas de Baal, na qual se saiu perfeitamente vencedor, Elias ficou desanimado [...]. Embora o Senhor tivesse derrotado a Baal, Elias tornou-se um fugitivo de Acabe e Jezabel.” (Bíblia de Estudo de Genebra, 1999)

      • “Algumas das razões de estar Elias profundamente desanimado. (a) Aparente fracasso: ele esperava a conversão de todo o Israel, e possivelmente, até mesmo de Jezabel; mas agora, pelo contrário, tinha que fugir para salvar sua vida. A esperança, a labuta e o esforço da sua vida inteira findavam agora em fracasso, conforme parecia (1 Rs 19.1-4). (b) Solidão: julgava ser ele o único que batalhava pela verdade e justiça de Deus (1 Rs 19.10; cf. Paulo, 2 Tm 4.16). (c) Exaustão física depois de uma longa e árdua viagem (1 Rs 19.3,4; 18.46).” (STAMPS, 2006)

  • Até mesmo os crentes mais fiéis podem vir a sofrer [...] desânimo na sua caminhada, mesmo depois de serem usados pelo Senhor de forma extraordinária, como foi Elias.

      • “Visto que temos um grande sumo sacerdote, Jesus, Filho de Deus, que penetrou nos céus, retenhamos firmemente a nossa confissão. Porque não temos um sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas; porém um que, como nós, em tudo foi tentado, mas sem pecado.” Hb 4.14,15 (ARC)

      • “[...] os homens de Deus também têm conflitos. Padecem também dos males comuns a todos os mortais. Todavia é perceptível que o servo de Deus conta com uma forma de auxílio diferenciado – ele não está sozinho neste mundo e por isso não depende apenas dos limitados recursos humanos. O Senhor se faz presente nas horas conflituosas da vida e presta-nos o seu auxílio. Lemos nos Salmos as palavras: ‘Deus é o nosso refúgio e fortaleza, socorro bem presente nas angústias’ (Sl 46,1).” (GONÇALVES, 2012)

  • Vejamos os grandes feitos de Elias em sequência:

      • Conseguiu reunir o povo no Carmelo através de Acabe, seu inimigo;

      • [Orou e Deus] fez descer fogo do céu no altar molhado;

      • Fez o povo, mesmo em rebeldia, se dobrar diante do Senhor;

      • Eliminou cerca de 850 profetas de Baal e Aserá;

      • [Orou e Deus] fez chover após grande período de seca;

      • Correu mais depressa que a carruagem de Acabe;

      • Foi sustentado por um anjo.


  1. O pedido para morrer.

  • Elias foi terrivelmente perseguido e ameaçado por Jezabel, a rainha.

      • “E Acabe fez saber a Jezabel tudo quanto Elias havia feito e como totalmente matara todos os profetas à espada. Então, Jezabel mandou um mensageiro a Elias, a dizer-lhe: Assim me façam os deuses e outro tanto, se decerto amanhã a estas horas não puser a tua vida como a de um deles.” 1 Rs 19.1,2 (ARC)

      • “Jezabel ficou furiosa por causa da morte de seus profetas, porque eles lhe disseram tudo o que ela queria ouvir, profetizando seu futuro poder e glória. O trabalho deles era endeusar o rei e a rainha e ajudar a perpetuar seu reino. Jezabel também se irou porque os que a apoiavam foram eliminados, e seu orgulho e autoridade foram prejudicados. O dinheiro que ela investira nesses profetas agora estava perdido. Elias, que causou as mortes dos profetas, era um constante espinho na vida de Jezabel, porque estava sempre predizendo uma situação desesperadora. Como não podia controlar os atos de Elias, Jezabel jurou matá-lo. Enquanto o profeta de Deus estivesse por perto, ela não poderia realizar todo o mal que desejava.” (Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal, 2003)

      • “À expressão da fé de Elias, e às suas vitórias sobrenaturais, no cap. 18, seguiram-se o medo, a fuga para salvar a vida e o desânimo, tudo resultando do propósito de Jezabel de destruir a vida do profeta (v. 2). (1) Posto que Elias não recebera nenhuma mensagem do Senhor para permanecer em Jezreel, sua presença ali significava arriscar desnecessariamente a sua vida (cf. 18.1). Seguiu então para o monte Horebe (i.e., o monte Sinai). (2) A retirada forçada de Elias para o território de Judá e o deserto é um exemplo daqueles que "por causa da justiça" (Mt 5.10) são maltratados e forçados a andar errantes pelos desertos, e montes, e pelas covas e cavernas da terra (Hb 11.37,38). De maneira semelhante a Elias, há profetas que tiveram de deixar suas igrejas; pregadores, os seus púlpitos; professores, as suas salas de aula; e leigos, os seus empregos; por se posicionarem contra o pecado, por falarem segundo a Palavra de Deus, e seguirem o caminho da justiça, por amor do nome de Deus. Grande é o seu galardão no céu (Mt 5.10-12).” (STAMPS, 2006)

  • A opressão foi tanta que o profeta [...] desejou a morte em seu íntimo.

      • “E ele se foi ao deserto, caminho de um dia, e veio, e se assentou debaixo de um zimbro; e pediu em seu ânimo a morte e disse: Já basta, ó Senhor; toma agora a minha vida, pois não sou melhor do que meus pais.” 1 Rs 19.4 (ARC)

          • COMPARE: “Depois, foi sozinho para o deserto, caminhando o dia todo. Sentou-se debaixo de um pé de giesta e orou, pedindo para morrer. “Já basta, Senhor”, disse ele. “Tira minha vida, pois não sou melhor que meus antepassados que já morreram.” 1 Rs 19.4 (NVT)

      • “O desfecho do Monte Carmelo trouxe ao povo israelita um despertamento de pouca duração. O zelo espiritual cessou pouco tempo depois e Elias foi obrigado a fugir para salvar a sua própria vida. Entrou numa fase de profundo desânimo[...].” (GIBBS, 2014)

      • “Elias tomado de cansaço, desânimo, tristeza, orou pedindo a Deus que Ele o dispensasse do pesado ministério profético e o deixasse partir para o descanso celestial. Os sentimentos de Elias não eram muito diferentes dos do (a) apóstolo Paulo, quando afirmou ter "desejo de partir e estar com Cristo" (Fp 1.23), ou (b) dos heróis da fé, que "desejam uma [pátria] melhor, isto é, a celestial" (Hb 11.16; ver também Moisés, em Nm 11.15).” (STAMPS, 2006)

  • A Bíblia afirma que “Elias era homem sujeito às mesmas paixões que nós” (Tg 5.17)

      • “Elias era homem sujeito às mesmas paixões que nós e, orando, pediu que não chovesse, e, por três anos e seis meses, não choveu sobre a terra.” Tg 5.17 (ARC)

          • COMPARE: “Elias era homem semelhante a nós, sujeito aos mesmos sentimentos, e orou com fervor para que não chovesse sobre a terra, e, por três anos e seis meses, não choveu.” Tg 5.17 (NAA)

      • “Mesmo tendo presenciado e participado de tão grande ação de Deus contra os profetas de Baal, Elias se sente frustrado e desanimado. Isso não o desqualifica como profeta e servo de Deus, apenas mostra que ele é um ser humano como todos nós, imperfeito, com suas fraquezas. O que é maravilhoso é que Deus não chama gente perfeita para realizar a sua obra, mas ele chama gente comum e a capacita para fazer coisas incríveis.” (SAYÃO, 2016)


  1. A resposta de Deus.

  • Deus interveio de forma miraculosa, enviando até Elias um anjo que lhe trouxe pão e água, tirando-o daquela situação de intenso desânimo.

      • “E deitou-se e dormiu debaixo de um zimbro; e eis que, então, um anjo o tocou e lhe disse: Levanta-te e come. E olhou, e eis que à sua cabeceira estava um pão cozido sobre as brasas e uma botija de água; e comeu, e bebeu, e tornou a deitar-se. E o anjo do Senhor tornou segunda vez, e o tocou, e disse: Levanta-te e come, porque mui comprido te será o caminho.” 1 Rs 19.5-7 (ARC)

          • COMPARE: “Então ele se deitou debaixo do pé de giesta e dormiu. Enquanto dormia, um anjo o tocou e disse: “Levante-se e coma!”. Elias olhou em redor e viu, perto de sua cabeça, um pão assado sobre pedras quentes e um jarro de água. Ele comeu, bebeu e se deitou novamente. O anjo do Senhor voltou, tocou-o mais uma vez e disse: “Levante-se e coma um pouco mais, do contrário não aguentará a viagem que tem pela frente”.” 1 Rs 19.5-7 (NVT)

  • Elias teve oportunidade de [expor] seu estado de desespero, e Deus lhe deu [orientações] para continuar seu ministério.

      • “E ali entrou numa caverna e passou ali a noite; e eis que a palavra do Senhor veio a ele e lhe disse: Que fazes aqui, Elias? E ele disse: Tenho sido muito zeloso pelo Senhor, Deus dos Exércitos, porque os filhos de Israel deixaram o teu concerto, derribaram os teus altares e mataram os teus profetas à espada; e eu fiquei só, e buscam a minha vida para ma tirarem. E ele lhe disse: Sai para fora e põe-te neste monte perante a face do Senhor. E eis que passava o Senhor, como também um grande e forte vento, que fendia os montes e quebrava as penhas diante da face do Senhor; porém o Senhor não estava no vento; e, depois do vento, um terremoto; também o Senhor não estava no terremoto; e, depois do terremoto, um fogo; porém também o Senhor não estava no fogo; e, depois do fogo, uma voz mansa e delicada. E sucedeu que, ouvindo-a Elias, envolveu o seu rosto na sua capa, e saiu para fora, e pôs-se à entrada da caverna; e eis que veio a ele uma voz, que dizia: Que fazes aqui, Elias? E ele disse: Eu tenho sido em extremo zeloso pelo Senhor, Deus dos Exércitos, porque os filhos de Israel deixaram o teu concerto, derribaram os teus altares e mataram os teus profetas à espada; e eu fiquei só, e buscam a minha vida para ma tirarem. E o Senhor lhe disse: Vai, volta pelo teu caminho para o deserto de Damasco, vem e unge a Hazael rei sobre a Síria. Também a Jeú, filho de Ninsi, ungirás rei de Israel e também Eliseu, filho de Safate, de Abel-Meolá, ungirás profeta em teu lugar.” 1 Rs 19.9-15 (ARC)

      • “Elias vivenciou as profundezas da fadiga e do desencorajamento, pouco depois de duas grandes vitórias espirituais: a derrota dos profetas de Baal, e a oração por chuva atendida. Frequentemente, o desencorajamento acontece depois de grandes experiências espirituais, especialmente as que requerem esforço físico ou envolvem grande emoção. Para tirá-lo [dessa situação], em primeiro lugar Deus permitiu que Elias descansasse e comesse. A seguir. Deus o confrontou com a necessidade de voltar à sua missão - transmitir as palavras de Deus a Israel. As batalhas de Elias não terminaram; ele ainda tinha trabalho a fazer. Quando você se sentir deprimido, depois de uma grande experiência espiritual, lembre-se de que o propósito de Deus para sua vida ainda não terminou.” (Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal, 2003)

      • “Elias sabia que o som de uma voz mansa e delicada era a voz de Deus. Ele percebeu que Deus não se revela apenas de maneiras poderosas e milagrosas. Procurar Deus apenas em algo grande (congregações, grandes igrejas, conferências, líderes altamente visíveis) pode ser equivalente a deixar de vê-lo, porque Ele é frequentemente encontrado sussurrando gentilmente, no silêncio de um coração humilde. Você está ouvindo a Deus? Afaste-se do ruído e da atividade de sua vida agitada, e ouça, humildemente e silenciosamente, sua orientação. Ela poderá vir quando você menos esperar.” (Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal, 2003)

      • “Deus cuidou do desalentado Elias de modo compassivo e amorável (Hb 4.14,15). (1) Permitiu que Elias dormisse (1 Rs 19.5,6). (2) Fortaleceu-o com alimentos (1 Rs 19.5-7). (3) Propiciou-lhe uma revelação inspiradora do seu poder e presença (1 Rs 19.11-13). (4) Concedeu-lhe nova revelação e orientação (1 Rs 19.15-18). (5) Deu-lhe um companheiro fiel e fraterno (1 Rs 19.16,19-21). Noutras palavras, quando o filho de Deus enfrenta o desânimo, no desempenho que Deus lhe confiou, ele pode suplicar a Deus, em nome de Cristo, que lhe dê força, graça e coragem, e os capacite diante de tais situações (Hb 2.18; 3.6; 7.25).” (STAMPS, 2006)

      • “Para animar Elias e fortalecer a sua fé, Deus o visitou no monte Horebe (i.e., o monte Sinai, o monte da revelação). Essa visitação foi acompanhada de um forte vendaval, um terremoto e fogo, mas o Senhor não estava em nenhuma dessas coisas. Pelo contrário, a revelação de Deus veio através de "uma voz mansa e delicada". Elias pôde ver que a obra de Deus avança e prossegue, "não por força, nem por violência, mas pelo meu Espírito, diz o SENHOR dos Exércitos" (Zc 4.6). De modo algum, Deus abandonara seu profeta, nem o seu povo fiel. Pelo seu Espírito e pela palavra eterna, Ele traria a redenção, a justiça e a salvação eternas.” (STAMPS, 2006)

SÍNTESE DO TÓPICO III

Deus compreende nossos momentos de desânimo e fadiga, pois eles fazem parte da nossa humanidade.

DINÂMICA 3 - NÃO ACABOU, TEM MAIS

CONCLUSÃO

  • A vida de Elias é um grande exemplo para todo crente que fielmente serve ao Senhor.

  • Ainda que [...] quase todos estejam contaminados pela idolatria e [...] injustiça, o cristão não pode perder o ânimo e a vontade de lutar pela causa do Senhor.

  • Elias é exemplo do cuidado e da fidelidade de Deus quando o crente fiel decide seguir o que a Palavra de Deus ensina e não aquilo que a maioria acha que está certo.

Referências Bibliográficas

BARKER, K. (Ed.). Bíblia de Estudo NVI. São Paulo: Editora Vida, 2003.

BÍBLIA de Estudo Aplicação Pessoal. Rio de Janeiro: CPAD, 2003.

BÍBLIA de Estudo de Genebra. São Paulo e Barueri: Cultura Cristã e Sociedade Bíblica do Brasil, 1999.

GETZ, G. A. Elias: um modelo de coragem e fé. São Paulo: Mundo Cristão, 2003.

GIBBS, C. B. Os Livros Históricos: da conquista de Canaã ao retorno do exílio. Campinas: Escola de Educação Teológica das Assembleias de Deus, 2014.

GONÇALVES, J. Porção Dobrada: Uma análise bíblica, teológica e devocional sobre os ministérios proféticos de Elias e Eliseu. Rio de Janeiro: CPAD, 2012.

HENRY, M. Comentário Bíblico Antigo Testamento: Josué a Ester. Rio de Janeiro: CPAD, 2010.

OLIVEIRA, M. Elias e os Profetas de Baal. Ensinador Cristão, Rio de Janeiro, n. 86, p. 38, jul/ago/set 2021.

SAYÃO, L. A. (Ed.). Bíblia Brasileira de Estudo. São Paulo: Hagnos, 2016.

STAMPS, D. C. (Ed.). Bíblia de Estudo Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 2006.

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