Lição 2 - A Inspiração Divina da Bíblia (COM DINÂMICAS)

O conteúdo desta página é baseado na Revista Lições Bíblicas (Publicação Trimestral da CPAD – Casa Publicadora das Assembleias de Deus) – 1º Trimestre de 2022 – Adultos – A Supremacia das Escrituras: A Inspirada, Inerrante e Infalível Palavra de Deus – Comentarista Pr. Douglas Baptista. Este material contém trechos principais extraídos da Revista da CPAD (texto em letras maiores e cor preta), além de citações de diversos outros autores devidamente citados (textos em letras menores e cor vermelha). Todas as citações são acompanhadas dos nomes dos seus autores. Ao final deste página contém uma lista de referências bibliográficas utilizada para a composição deste, onde constam os títulos dos livros, publicações e demais obras literárias.

TEXTO ÁUREO

"Toda a Escritura divinamente inspirada é proveitosa para ensinar, para redarguir, para corrigir, para instruir em justiça." 2 Tm 3.16 (ARC)

COMPARE: Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para nos ensinar o que é verdadeiro e para nos fazer perceber o que não está em ordem em nossa vida. Ela nos corrige quando erramos e nos ensina a fazer o que é certo." (NVT)

VERDADE PRÁTICA

A inspiração da Bíblia Sagrada é divina, verbal e plenária. Portanto, a Bíblia toda nos ensina, corrige e instrui.

Segunda - 2 Pe 1.21

Os autores bíblicos escreveram inspirados pelo Espírito Santo.

Terça - Rm 15.4

Tudo o que está escrito serve para o nosso ensino.

Quarta - 2 Co 4.7

As Escrituras não estão condicionadas às limitações de seus autores humanos.

Quinta - 1 Co 14.9-11

A linguagem bíblica busca alcançar a compreensão. de todos

Sexta - Lc 24.44

Cristo reconheceu a inspiração divina do Antigo Testamento.

Sábado - 1 Pe 1.23

A Palavra inspirada pelo Espírito Santo opera na regeneração dos pecadores.

LIÇÃO 2 COMPLETA COM DINÂMICAS E SLIDES

OBJETIVOS

1º OBJETIVO: Refletir que a própria Bíblia reivindica sua inspiração divina;

2º OBJETIVO: Evidenciar que as limitações humanas não anulam a inspiração divina da Bíblia;

3º OBJETIVO: Explicitar que o Espírito Santo atua na regeneração e iluminação do pecador e, por isso, nos ajuda a compreender as Escrituras.

PALAVRA-CHAVE: Inspiração

INTRODUÇÃO

  • A inspiração divina das Escrituras foi operada sobrenaturalmente pelo Espírito Santo.

      • “A inspiração divina é a operação sobrenatural do Espírito Santo, que por meio de seus autores resultou na composição das Escrituras, única revelação escrita de Deus para a humanidade.” (BAPTISTA, 2022)

  • A inspiração da Bíblia é divina, verbal e plenária.

  • A Bíblia é para o crente salvo a inspirada, inerrante e infalível Palavra de Deus.

      • “O que diferencia a Bíblia de todos os demais livros do mundo é a sua inspiração divina (Jó 32.8; 2 Tm 3.16; 2 Pe 1.21). É devido à inspiração divina que ela é chamada a Palavra de Deus.” (GILBERTO, 2019)

      • “O conceito teológico de inspiração se refere ao fato de a Escritura Sagrada ser o pronunciamento do Deus que não pode mentir, e constituir, portanto, a infalível Palavra de Deus.” (Dicionário Bíblico Wycliffe, 2006)

I - A DOUTRINA DA INSPIRAÇÃO BÍBLICA

  1. A inspiração bíblica é divina.

  • No AT] a expressão “Assim diz o Senhor” e similares são usadas mais de 3.800 vezes.

  • As Escrituras reivindicam que a mensagem bíblica veio da parte de Deus.

      • “E Moisés escreveu todas as palavras do Senhor, e levantou-se pela manhã de madrugada, e edificou um altar ao pé do monte e doze monumentos, segundo as doze tribos de Israel;” Êx 24.4 (ARC)

          • COMPARE: “Moisés anotou com exatidão todas as instruções do Senhor. Logo cedo na manhã seguinte, levantou-se e construiu um altar ao pé do monte. Também ergueu doze colunas, uma para cada tribo de Israel.” Êx 24.4 (NVT)

      • “Assim diz o Senhor: Põe-te no átrio da Casa do Senhor e dize a todas as cidades de Judá que vêm adorar à Casa do Senhor todas as palavras que te mandei que lhes dissesses; não esqueças nem uma palavra.” Jr 26.2 (ARC)

          • COMPARE: “Assim diz o Senhor: Vá ao pátio do templo do Senhor e fale aos habitantes das cidades de Judá que vieram adorar no templo. Transmita-lhes minha mensagem completa, sem que falte uma só palavra.” Jr 26.2 (NVT)

      • “As quais também falamos, não com palavras de sabedoria humana, mas com as que o Espírito Santo ensina, comparando as coisas espirituais com as espirituais.” 1 Co 2.13 (ARC)

          • COMPARE: “Quando lhes dizemos isso, não empregamos palavras vindas da sabedoria humana, mas palavras que nos foram ensinadas pelo Espírito, explicando verdades espirituais a pessoas espirituais.” 1 Co 2.13 (NVT)

      • “Revelação de Jesus Cristo, a qual Deus lhe deu para mostrar aos seus servos as coisas que brevemente devem acontecer; e pelo seu anjo as enviou e as notificou a João, seu servo,” Ap 1.1 (ARC)

      • “Porque em verdade vos digo que, até que o céu e a terra passem, nem um jota ou um til se omitirá da lei sem que tudo seja cumprido.” Mt 5.18 (ARC)

          • COMPARE: “Eu lhes digo a verdade: enquanto o céu e a terra existirem, nem a menor letra ou o menor traço da lei desaparecerá até que todas as coisas se cumpram.” Mt 5.18 (NVT)


  1. A inspiração bíblica é verbal.

  • Ratificamos que a Bíblia é “divinamente inspirada”.

      • “Toda Escritura divinamente inspirada é proveitosa para ensinar, para redarguir, para corrigir, para instruir em justiça,” 2 Tm 3.16 (ARC)

  • [A] tradução [das palavras ‘divinamente inspirada’] significa literalmente “soprada por Deus”.

      • “θεοπνευστος theopneustos: inspirado por Deus 1a) o conteúdo das escrituras.” (Dicionário Bíblico Strong, 2020)

      • “inspiração divina é a influência sobrenatural do Espírito Santo como um sopro, sobre os escritores da Bíblia, capacitando-os a receber e transmitir a mensagem divina sem mistura de erro.” (GILBERTO, 2019)

  • A inspiração é chamada de verbal porque Deus soprou nos escritores sagrados aquilo que deveria ser escrito.

      • “E disse-me: Escreve: Bem-aventurados aqueles que são chamados à ceia das bodas do Cordeiro. E disse-me: Estas são as verdadeiras palavras de Deus.” Ap 19.9 (ARC)

      • “Se alguém cuida ser profeta ou espiritual, reconheça que as coisas que vos escrevo são mandamentos do Senhor.” 1 Co 14.37 (ARC)

      • “Que vem ser inspiração divina? É a influência sobrenatural do Espírito Santo, como um sopro, sobre os escritores da Bíblia, capacitando-os a receber e a transmitir a mensagem divina, sem mistura ou erro.” (SILVA, 2014)

  • Os [escritores] bíblicos não foram usados automaticamente como se escrevessem um ditado.

      • “Refutamos a ‘teoria da inspiração por ditado’, que ensina que o texto bíblico foi ditado de forma mecânica e gradual sem levar em conta as particularidades de cada escritor; a ‘teoria da intuição’, que ensina ser os autores da Bíblia possuidores de genialidade religiosa para redigir documentos sagrados; a ‘teoria da iluminação’, em que a inspiração é apenas uma influência divina na assimilação religiosa; e a ‘teoria da inspiração dinâmica’, em que Deus não inspirou os vocábulos a ser grafados, mas os pensamentos e/ou as ideias. Essa teoria faz com que a razão humana seja intérprete do divino.” (BAPTISTA, 2022)

      • “Os escritores da Bíblia usaram palavras ensinadas pelo Espírito Santo; o Espírito Santo guiava os escritores na escolha das palavras que empregavam (cf. Êx 24.4; Is 51.16; Jr 1.9; 36.28,32; Ez 2.7; Mt 4.4). Ao mesmo tempo, a orientação do Espírito na comunicação da verdade divina, não era mecânica; pelo contrário, o Espírito usava o vocabulário e estilo pessoal de cada escritor.” (STAMPS, 2006)

  • [Os escritores bíblicos] com sua própria personalidade e talento, escreveram “inspirados pelo Espírito Santo”

      • “sabendo primeiramente isto: que nenhuma profecia da Escritura é de particular interpretação; porque a profecia nunca foi produzida por vontade de homem algum, mas os homens santos de Deus falaram inspirados pelo Espírito Santo.” 2 Pe 1.20,21 (ARC)

          • COMPARE: “Acima de tudo, saibam que nenhuma profecia nas Escrituras surgiu do entendimento do próprio profeta, nem de iniciativa humana. Esses homens foram impulsionados pelo Espírito Santo e falaram da parte de Deus.” 2 Pe 1.20,21 (NVT)

  • Todas as palavras registradas na Bíblia eram exatamente as que Deus queria ver empregadas nas Escrituras.


  1. A inspiração bíblica é plenária.

  • A inspiração da Bíblia é plenária, isto é, a inspiração é total e completa, tanto do Antigo quanto do Novo Testamento.

      • “Toda Escritura divinamente inspirada é proveitosa para ensinar, para redarguir, para corrigir, para instruir em justiça,” 2 Tm 3.16 (ARC)

          • COMPARE: “Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para nos ensinar o que é verdadeiro e para nos fazer perceber o que não está em ordem em nossa vida. Ela nos corrige quando erramos e nos ensina a fazer o que é certo.” 2 Tm 3.16 (NVT)

      • “A inspiração da Bíblia é especial e única, não existindo um livro mais inspirado e outro menos inspirado, tendo todos o mesmo grau de inspiração e autoridade.” (Declaração de Fé das Assembleias de Deus, 2017)

      • “A inspiração da Bíblia não é somente verbal (ou seja, reduzida apenas às palavras), mas também plena, isto é, ela se estende a todas as partes das palavras e a tudo o que elas ensinam ou implicam” (GEISLER, 2010)

  • Nenhum texto deve ser desprezado.

      • “Porque tudo que dantes foi escrito para nosso ensino foi escrito, para que, pela paciência e consolação das Escrituras, tenhamos esperança.” Rm 15.4 (ARC)

      • “Deus lembrou Jeremias de que Ele queria que sua mensagem fosse anunciada na íntegra (Jr 26.2). [...] por ordem de Deus, Jeremias nada devia omitir de seus ouvintes, mesmo que fosse mais conveniente para ele, devido às circunstâncias. Como Jeremias, nunca devemos ignorar ou excluir [...] partes [...] da Palavra de Deus para agradar alguém.” (Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal, 2003)

      • “Deve-se pregar a mensagem integral de Deus. Obreiros fiéis não devem suprimir, nas suas mensagens, as palavras dos mandamentos e advertências de Deus, embora saibam que certas pessoas as rejeitarão. É um ministro indigno aquele que deixa de lado certas partes da Palavra de Deus, para assim dissimular pecados da congregação.” (STAMPS, 2006)

  • A Bíblia não apenas “contém” ou “torna-se” a Palavra de Deus, mas sobretudo ela é a inspirada Palavra de Deus – plena, sem erros e sem falha alguma.

SINÓPSE I

A Bíblia é a inspirada Palavra de Deus. Seus autores a escreveram inspirados pelo Espírito Santo e os seus livros têm o mesmo grau de autoridade.

DINÂMICA 1

II - INSPIRAÇÃO DIVINA E OS AUTORES DA BÍBLIA

  1. A Inspiração dos autores.

  • O Espírito Santo garantiu a liberdade dos escritores bíblicos conforme a capacitação de cada um.

  • A Bíblia possui particularidades quanto ao gênero literário, gramática, vocabulários e outros.

  • Deus não inspirou aos escritores apenas os pensamentos ou as ideias.

  • O Espírito Santo também inspirou cada uma das palavras que expressam com exatidão a mensagem divina.

      • “Mas Deus no-las revelou pelo seu Espírito; porque o Espírito penetra todas as coisas, ainda as profundezas de Deus. Porque qual dos homens sabe as coisas do homem, senão o espírito do homem, que nele está? Assim também ninguém sabe as coisas de Deus, senão o Espírito de Deus.” 1 Co 2.10,11 (ARC)

          • COMPARE: “Mas foi a nós que Deus revelou estas coisas por seu Espírito. Pois o Espírito sonda todas as coisas, até os segredos mais profundos de Deus. Pois quem conhece os pensamentos de uma pessoa, senão o próprio espírito dela? Da mesma forma, ninguém conhece os pensamentos de Deus, senão o Espírito de Deus.” 1 Co 2.10,11 (NVT)


  1. As limitações dos autores.

  • Os escolhidos por Deus para escreverem a Bíblia eram pessoas assim como nós.

      • “Elias era homem sujeito às mesmas paixões que nós e, orando, pediu que não chovesse, e, por três anos e seis meses, não choveu sobre a terra.” Tg 5.17 (ARC)

          • COMPARE: “Elias era humano como nós e, no entanto, quando orou insistentemente para que não caísse chuva, não choveu durante três anos e meio.” Tg 5.17 (NVT)

  • Entretanto, nenhum texto das Escrituras, quanto à sua inspiração e veracidade, está condicionado às limitações de seus autores humanos.

      • “Temos, porém, esse tesouro em vasos de barro, para que a excelência do poder seja de Deus e não de nós.” 2 Co 4.7 (ARC)

          • COMPARE: “Agora nós mesmos somos como vasos frágeis de barro que contêm esse grande tesouro. Assim, fica evidente que esse grande poder vem de Deus, e não de nós.” 2 Co 4.7 (NVT)


  1. Os diferentes gêneros literários e figuras de linguagem.

  • Cada autor fez uso de gêneros literários distintos, tais como: narrativa (1 e 2 Samuel), poesia (Salmos), provérbios (livro de Provérbios) etc.

  • Também fizeram uso de figuras de linguagem, tais como:

      • o emprego de parábolas e enigmas;

          • “Então, lhes disse: Do comedor saiu comida, e doçura saiu do forte. E em três dias não puderam declarar o enigma.” Jz 14.14 (ARC)

          • “Filho do homem, propõe uma parábola e usa de uma comparação para com a casa de Israel.” Ez 17.2 (ARC)

      • de alegorias;

          • “Porque está escrito que Abraão teve dois filhos, um da escrava e outro da livre. Todavia, o que era da escrava nasceu segundo a carne, mas o que era da livre, por promessa, o que se entende por alegoria; porque estes são os dois concertos: um, do monte Sinai, gerando filhos para a servidão, que é Agar.” Gl 4.22-24 (ARC)

          • “Ora, estando essas coisas assim preparadas, a todo o tempo entravam os sacerdotes no primeiro tabernáculo, cumprindo os serviços; mas, no segundo, só o sumo sacerdote, uma vez no ano, não sem sangue, que oferecia por si mesmo e pelas culpas do povo; dando nisso a entender o Espírito Santo que ainda o caminho do Santuário não estava descoberto, enquanto se conservava em pé o primeiro tabernáculo, que é uma alegoria para o tempo presente, em que se oferecem dons e sacrifícios que, quanto à consciência, não podem aperfeiçoar aquele que faz o serviço,” Hb 9.6-9 (ARC)

      • de hipérboles;

          • “Há, porém, ainda muitas outras coisas que Jesus fez; e, se cada uma das quais fosse escrita, cuido que nem ainda o mundo todo poderia conter os livros que se escrevessem. Amém!” Jo 21.25 (ARC)

      • de metáforas e símiles;

          • “Porque assim diz o Senhor dos Exércitos: Depois da glória, ele me enviou às nações que vos despojaram; porque aquele que tocar em vós toca na menina do seu olho.” Zc 2.8 (ARC)

          • “Ora, nós pomos freio nas bocas dos cavalos, para que nos obedeçam; e conseguimos dirigir todo o seu corpo. Vede também as naus que, sendo tão grandes e levadas de impetuosos ventos, se viram com um bem pequeno leme para onde quer a vontade daquele que as governa. Assim também a língua é um pequeno membro e gloria-se de grandes coisas. Vede quão grande bosque um pequeno fogo incendeia.” Tg 3.3-5 (ARC)

      • de vocabulário simples ou rebuscado a depender do grau de instrução do autor.

          • “e tende por salvação a longanimidade de nosso Senhor, como também o nosso amado irmão Paulo vos escreveu, segundo a sabedoria que lhe foi dada, falando disto, como em todas as suas epístolas, entre as quais há pontos difíceis de entender, que os indoutos e inconstantes torcem e igualmente as outras Escrituras, para sua própria perdição.” 2 Pe 3.15,16 (ARC)

              • COMPARE: “E lembrem-se de que a paciência de nosso Senhor permite que as pessoas sejam salvas. Foi isso que nosso amado irmão Paulo lhes escreveu, com a sabedoria que lhe foi concedida. Ele trata dessas questões em todas as suas cartas. Alguns de seus comentários são difíceis de entender, e os ignorantes e instáveis distorceram suas cartas, como fazem com outras partes das Escrituras. Como resultado, eles próprios serão destruídos.” 2 Pe 3.15,16 (NVT)

  • O emprego dos recursos literários evidencia a cultura do escritor, mas em hipótese alguma invalida a inspiração da Palavra de Deus.

      • “Porque o Senhor dá a sabedoria, e da sua boca vem o conhecimento e o entendimento.” Pv 2.6 (ARC)

      • “Toda boa dádiva e todo dom perfeito vêm do alto, descendo do Pai das luzes, em quem não há mudança, nem sombra de variação.” Tg 1.17 (ARC)

      • “A Bíblia não é uma coleção de histórias, fábulas, mitos ou ideias meramente humanas a respeito de Deus. Não é um livro humano. A Bíblia é a Palavra de Deus. Através do Espírito Santo, Deus revelou sua pessoa e seu plano para certos crentes, os quais escreveram sua mensagem para o povo (2 Pe 1.20,21). Este processo é conhecido como inspiração divina. Os autores escreveram levando em conta seus próprios contextos pessoais, históricos e culturais. Embora tivessem usado suas próprias mentes, talentos, linguagem e estilo, eles escreveram o que Deus queria que escrevessem. A Escritura é completamente fidedigna porque Deus estava no controle do que estava sendo escrito.” (Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal, 2003)


  1. A linguagem do senso comum.

  • Na descrição de fenômenos científicos, por exemplo, os autores sagrados usaram a fraseologia comum e popular.

      • “até que o Senhor dê descanso a vossos irmãos, como a vós, e eles também possuam a terra que o Senhor, vosso Deus, lhes dá; então, tornareis à terra da vossa herança e possuireis a que vos deu Moisés, o servo do Senhor, desta banda do Jordão, para o nascente do sol.” Js 1.15 (ARC)

      • “E o sol se deteve, e a lua parou, até que o povo se vingou de seus inimigos. Isso não está escrito no Livro do Reto? O sol, pois, se deteve no meio do céu e não se apressou a pôr-se, quase um dia inteiro.” Js 10.13 (ARC)

  • Essa linguagem não ignora os fundamentos científicos, nem desacredita a inspiração da Palavra de Deus, apenas busca alcançar a compreensão de todos.

      • “Assim, também vós, se, com a língua, não pronunciardes palavras bem inteligíveis, como se entenderá o que se diz? Porque estareis como que falando ao ar. Há, por exemplo, tanta espécie de vozes no mundo, e nenhuma delas é sem significação. Mas, se eu ignorar o sentido da voz, serei bárbaro para aquele a quem falo, e o que fala será bárbaro para mim.” 1 Co 14.9-11 (ARC)

          • COMPARE: “O mesmo acontece com vocês. Se usarem palavras incompreensíveis, como alguém saberá o que estão dizendo? Será o mesmo que falar ao vento. Há muitos idiomas no mundo, e todos têm sentido. Mas, se eu não entendo um idioma, sou estrangeiro para quem o fala, e ele é estrangeiro para mim.” 1 Co 14.9-11 (NVT)

SINÓPSE II

As limitações humanas, o uso de diferentes gêneros literários e o emprego de linguagem comum não anula a inspiração divina dos autores da Bíblia.

DINÂMICA 2

III - O ESPÍRITO SANTO E A BÍBLIA

  1. A inspiração do Antigo Testamento.

  • A Bíblia é categórica em reiterar sua inspiração divina.

      • “Estes, pois, ficaram, para por eles o Senhor provar a Israel, para saber se dariam ouvidos aos seus mandamentos que tinha ordenado a seus pais pelo ministério de Moisés.” Jz 3.4 (ARC)

      • “No primeiro ano de Ciro, rei da Pérsia (para que se cumprisse a palavra do Senhor, por boca de Jeremias), despertou o Senhor o espírito de Ciro, rei da Pérsia, o qual fez passar pregão por todo o seu reino, como também por escrito, dizendo:” Ed 1.1 (ARC)

      • “E Ageu, profeta, e Zacarias, filho de Ido, profeta, profetizaram aos judeus que estavam em Judá e em Jerusalém; em nome do Deus de Israel lhes profetizaram.” Ed 5.1 (ARC)

      • “Sim, fizeram o seu coração duro como diamante, para que não ouvissem a lei, nem as palavras que o Senhor dos Exércitos enviara pelo seu Espírito, mediante os profetas precedentes; donde veio a grande ira do Senhor dos Exércitos.” Zc 7.12 (ARC)

  • O próprio Cristo mencionou a Lei de Moisés, os Profetas e os Escritos como livros inspirados.

      • “E disse-lhes: São estas as palavras que vos disse estando ainda convosco: convinha que se cumprisse tudo o que de mim estava escrito na Lei de Moisés, e nos Profetas, e nos Salmos.” Lc 24.44 (ARC)

      • “E, tomando consigo os doze, disse-lhes: Eis que subimos a Jerusalém, e se cumprirá no Filho do Homem tudo o que pelos profetas foi escrito.” Lc 18.31 (ARC)

      • “E ele lhes disse: Ó néscios e tardos de coração para crer tudo o que os profetas disseram! Porventura, não convinha que o Cristo padecesse essas coisas e entrasse na sua glória? E, começando por Moisés e por todos os profetas, explicava-lhes o que dele se achava em todas as Escrituras." Lc 24.25-27 (ARC)

      • “A frase ‘na Lei de Moisés, e nos Profetas, e nos Salmos” (Lc 24.44) demonstra que todo o AT aponta para o Messias. Por exemplo, sua função como profeta foi predita em Deuteronômio 18.15-20; seus sofrimentos foram profetizados em Salmos 22 e em Isaías 53; sua ressureição, especificamente em Salmos 16.9-11 e em Isaías 53.10,11.” (Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal, 2003)

  • Essas declarações atestam o Espírito Santo como a fonte originária de inspiração do Antigo Testamento.


  1. A inspiração do Novo Testamento.

  • O NT possui dois pressupostos básicos de sua inspiração:

      • a) a promessa de Cristo de enviar o Espírito Santo para guiar os discípulos;

          • “Mas aquele Consolador, o Espírito Santo, que o Pai enviará em meu nome, vos ensinará todas as coisas e vos fará lembrar de tudo quanto vos tenho dito.” Jo 14.26 (ARC)

          • “Mas, quando vier aquele Espírito da verdade, ele vos guiará em toda a verdade, porque não falará de si mesmo, mas dirá tudo o que tiver ouvido e vos anunciará o que há de vir.” Jo 16.13 (ARC)

          • “Jesus prometeu aos discípulos que o Espírito Santo os ajudaria a lembrar-se do que Ele lhes havia ensinado. Esta promessa assegura a validade do NT. Os discípulos foram testemunhas oculares da vida e dos ensinamentos de Jesus, e o Espírito Santo os ajudaria a lembrar-se de tudo, sem tirar-lhes as perspectivas individuais. Podemos estar certos de que os Evangelhos registram com precisão o que Jesus ensinou e fez.” (Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal, 2003)

          • “Jesus disse que o Espírito Santo lhes anunciaria ‘o que há de vir’ (Jo 16.13): a natureza da missão deles, a oposição que enfrentariam e o resultado final de seus esforços. Eles não entenderam completamente estas promessas até a vinda do Espírito Santo, após a morte e ressurreição de Jesus. Então o Espírito revelou aos discípulos as verdades que foram escritas nos livros que agora formam o NT.” (Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal, 2003)

      • b) os escritos bíblicos que vindicam esse cumprimento.

          • “E todos foram cheios do Espírito Santo e começaram a falar em outras línguas, conforme o Espírito Santo lhes concedia que falassem.” At 2.4 (ARC)

          • “Mas Deus no-las revelou pelo seu Espírito; porque o Espírito penetra todas as coisas, ainda as profundezas de Deus.” 1 Co 2.10 (ARC)

          • “o qual, noutros séculos, não foi manifestado aos filhos dos homens, como, agora, tem sido revelado pelo Espírito aos seus santos apóstolos e profetas,” Ef 3.5 (ARC)

  • Paulo declara que escreve sob orientação do Espírito, e que suas epístolas são a Palavra de Deus.

      • “Mas, irmãos, em parte vos escrevi mais ousadamente, como para vos trazer outra vez isto à memória, pela graça que por Deus me foi dada, que eu seja ministro de Jesus Cristo entre os gentios, ministrando o evangelho de Deus, para que seja agradável a oferta dos gentios, santificada pelo Espírito Santo.” Rm 15.15,16 (ARC)

      • “Se alguém cuida ser profeta ou espiritual, reconheça que as coisas que vos escrevo são mandamentos do Senhor.” 1 Co 14.37 (ARC)

      • “Mas faço-vos saber, irmãos, que o evangelho que por mim foi anunciado não é segundo os homens, porque não o recebi, nem aprendi de homem algum, mas pela revelação de Jesus Cristo.” Gl 1.11,12 (ARC)

      • “Pelo que também damos, sem cessar, graças a Deus, pois, havendo recebido de nós a palavra da pregação de Deus, a recebestes, não como palavra de homens, mas (segundo é, na verdade) como palavra de Deus, a qual também opera em vós, os que crestes.” 1 Ts 2.13 (ARC)

          • COMPARE: “Portanto, nunca deixamos de agradecer a Deus, pois, quando vocês receberam de nós a mensagem dele, não consideraram nossas palavras meras ideias humanas, mas as aceitaram como palavra de Deus, o que sem dúvida são. E essa mensagem continua a atuar em vocês, os que creem.” 1 Ts 2.13 (NVT)

  • Pedro reconhece essa verdade e classifica os livros de Paulo como Escrituras.

      • “falando disto, como em todas as suas epístolas, entre as quais há pontos difíceis de entender, que os indoutos e inconstantes torcem e igualmente as outras Escrituras, para sua própria perdição.” 2 Pe 3.16 (ARC)

      • “Pedro afirma que os profetas do AT escreveram mensagens de Deus. Ele coloca a si mesmo e aos outros apóstolos na mesma categoria, porque também proclamavam a verdade de Deus. A Bíblia não é uma coleção de fábulas ou ideias humanas a respeito do Senhor. É a Palavra de Deus.” (Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal, 2003)

      • “Na época em que Pedro escreveu, a reputação das cartas de Paulo já era difundida. Note que Pedro se referiu às cartas de Paulo como se estivessem no nível das ‘outras Escrituras’. A Igreja Primitiva já considerava as cartas de Paulo como inspiradas por Deus.” (Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal, 2003)

      • “Pedro se refere às epístolas de Paulo, como do mesmo nível que as demais Escrituras, i.e., o Antigo Testamento. Quando falamos hoje em ‘Escrituras’, referimo-nos ao conteúdo do Antigo e do Novo Testamento, à mensagem original de Deus para a humanidade e ao testemunho do seu empenho em salvar o pecador por Jesus Cristo.” (STAMPS, 2006)


  1. A obra da regeneração e a iluminação.

  • O Espírito Santo atua no processo da salvação e produz a fé regeneradora que vem pelo ouvir a Palavra.

      • “Mas, quando vier o Consolador, que eu da parte do Pai vos hei de enviar, aquele Espírito da verdade, que procede do Pai, testificará de mim.” Jo 15.26 (ARC)

      • “E, quando ele [o Consolador] vier, convencerá o mundo do pecado, e da justiça, e do juízo: do pecado, porque não creem em mim; da justiça, porque vou para meu Pai, e não me vereis mais; e do juízo, porque já o príncipe deste mundo está julgado.” Jo 16.8-11 (ARC)

      • “Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isso não vem de vós; é dom de Deus.” Ef 2.8 (ARC)

      • “De sorte que a fé é pelo ouvir, e o ouvir pela palavra de Deus.” Rm 10.17 (ARC)

  • O Espírito Santo não apenas inspirou as palavras da salvação, mas também as aplica ao coração humano a fim de regenerar os pecadores.

      • “sendo de novo gerados, não de semente corruptível, mas da incorruptível, pela palavra de Deus, viva e que permanece para sempre.” 1 Pe 1.23 (ARC)

      • “não pelas obras de justiça que houvéssemos feito, mas, segundo a sua misericórdia, nos salvou pela lavagem da regeneração e da renovação do Espírito Santo,” Tt 3.5 (ARC)

      • “Jesus abriu o entendimento daquelas pessoas para entenderem as Escrituras (Lc 24.45). O Espírito Santo ainda faz isto, quano estudamos a Bíblia Sagrada. Você já procurou compreender uma passagem bíblia aparentemente difícil? Além de ler as passagens que se encontram próximas a esta, perguntar a outras pessoas e consultas obras de referência, ore para que o Espírito Santo abra a sua mente para que você a entenda, dando-lhe o discernimento necessário para colocar a Palavra de Deus em prática em sua vida.” (Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal, 2003)

      • “Regeneração é a transformação do pecador numa nova criatura pelo poder de Deus, como resultado do sacrifício de Jesus na cruz do Calvário. Essa obra é também conhecida como novo nascimento, ou nascer de novo e nascer do Espirito. Trata-se de uma operação do Espírito Santo na salvação do pecador.” (Declaração de Fé das Assembleias de Deus, 2017)

  • Essa ação em conduzir o pecador a compreender as verdades bíblicas chama-se iluminação.

      • “tendo iluminados os olhos do vosso entendimento, para que saibais qual seja a esperança da sua vocação e quais as riquezas da glória da sua herança nos santos” Ef 1.18 (ARC)

      • “Lembrai-vos, porém, dos dias passados, em que, depois de serdes iluminados, suportastes grande combate de aflições.” Hb 10.32 (ARC)

      • “As Escrituras divinamente inspiradas são compreendidas pelos crentes espirituais, à medida que eles examinam o seu conteúdo pela iluminação do Espírito Santo.” (STAMPS, 2006)

  • O Espírito Santo ilumina o que Ele já tem inspirado, não se trata de nenhuma nova revelação.

      • “Mas, ainda que nós mesmos ou um anjo do céu vos anuncie outro evangelho além do que já vos tenho anunciado, seja anátema. Assim como já vo-lo dissemos, agora de novo também vo-lo digo: se alguém vos anunciar outro evangelho além do que já recebestes, seja anátema.” Gl 1.8,9 (ARC)

          • COMPARE: “Que seja amaldiçoado qualquer um, incluindo nós, ou mesmo um anjo do céu, que anunciar boas-novas diferentes das que nós lhes anunciamos. Repito o que disse antes: se alguém anunciar boas-novas diferentes das que vocês receberam, que seja amaldiçoado.” Gl 1.8,9 (NVT)

SINÓPSE III

A Bíblia reivindica a inspiração do Espírito Santo em todas as palavras das Escrituras.

DINÂMICA 3

CONCLUSÃO

  • A Bíblia [...] foi inspirada verbalmente, e seus autores a escreveram inspirados pelo Espírito Santo.

      • “As Escrituras Sagradas são de origem divina; seus autores humanos falaram e escreveram por inspiração verbal e plenária do Espírito Santo.” (Declaração de Fé das Assembleias de Deus, 2017)

  • A inspiração da Bíblia é plena, todos os livros e palavras da Bíblia têm total e completa autoridade.

      • “A inspiração da Bíblia é especiai e única, não existindo um livro mais inspirado e outro menos inspirado, tendo todos o mesmo grau de inspiração e autoridade” (Declaração de Fé das Assembleias de Deus, 2017)

Referências Bibliográficas

BAPTISTA, D. A Supremacia das Escrituras: a Inspirada, Inerrante e Infalível Palavra de Deus. Rio de Janeiro: CPAD, 1º Trimestre de 2022.

BAPTISTA, D. A Supremacia das Escrituras: a Inspirada, Inerrante e Infalível Palavra de Deus. Rio de Janeiro: CPAD, 2022.

BÍBLIA de Estudo Aplicação Pessoal. Rio de Janeiro: CPAD, 2003.

DECLARAÇÃO de Fé das Assembleias de Deus. Rio de Janeiro: CPAD, 2017.

DICIONÁRIO Bíblico Strong. São Paulo: Sociedade Bíblica do Brasil, 2020.

DICIONÁRIO Bíblico Wycliffe. Rio de Janeiro: CPAD, 2006.

GEISLER, N. Teologia Sistemática. Rio de Janeiro: CPAD, 2010.

GILBERTO, A. A Bíblia através dos séculos: A história e formação do Livro dos livros. Rio de Janeiro: CPAD, 2019.

SILVA, A. G. D. Bibliologia I: introdução ao estudo da Bíblia. Campinas: EETAD, 2014.

STAMPS, D. C. (Ed.). Bíblia de Estudo Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 2006.

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