Lição 13 - O Cativeiro de Judá (COM DINÂMICAS)

O conteúdo desta página é baseado na Revista Lições Bíblicas (Publicação Trimestral da CPAD – Casa Publicadora das Assembleias de Deus) – 3º Trimestre de 2021 – Adultos – O Plano de Deus para Israel em meio à Infidelidade da Nação: As Correções e os Ensinamentos Divinos no Período dos Reis de Israel – Comentarista Pr. Claiton Ivan Pommerening. Este material contém trechos principais extraídos da Revista da CPAD (texto em letras maiores e cor preta), além de citações de diversos outros autores devidamente citados (textos em letras menores e cor vermelha). Todas as citações são acompanhadas dos nomes dos seus autores. Ao final deste página contém uma lista de referências bibliográficas utilizada para a composição deste, onde constam os títulos dos livros, publicações e demais obras literárias.

TEXTO ÁUREO

Porém zombaram dos mensageiros de Deus, e desprezaram as suas palavras, e escarneceram dos seus profetas, até que o furor do SENHOR subiu tanto, contra o seu povo, que mais nenhum remédio houve.” 2 Cr 36.16 (ARC)

COMPARE: No entanto, eles zombaram dos mensageiros de Deus e desprezaram suas palavras. Caçoaram dos profetas até que a ira do Senhor não pôde mais ser contida e nada mais se pôde fazer. 2 Cr 36.16 (NVT)

VERDADE PRÁTICA

Todo o ser humano se torna cativo de suas escolhas e das consequências delas.

Segunda - Lm 3.22,23

A misericórdia de Deus se renova todo dia, por isso nEle deve estar a nossa esperança

Terça - Mt 24.32-35

A Palavra de Deus permanece para sempre

Quarta - Cl 1.27,28

Cristo é a esperança da glória

Quinta - Mt 24.14

Antes do fim a Palavra de Deus será levada para todas as nações

Sexta - Jr 23.16,17

Falsos profetas se levantam, mas cada um de nós deve estar atento à voz de Deus

Sábado - Rm 10.20,21

Deus sempre está pronto para salvar os pecadores que o buscam

LIÇÃO 13 COMPLETA COM DINÂMICAS E SLIDES

OBJETIVOS

1º OBJETIVO: Apontar os motivos da decadência de Judá;

2º OBJETIVO: Revelar a teimosia do rei Zedequias;

3º OBJETIVO: Relatar a queda de Judá.

A justiça de Deus é aplicada àqueles que insistem em permanecer em seus erros.Ponto Central (CPAD)

CONTEXTO HISTÓRICO: DE JOSIAS (lição 12) A ZEDEQUIAS (lição 13) (REIS DE JUDÁ)

Tabela 1 - Contexto Histórico de Josias a Zedequias (Reis de Judá) - Informações extraídas da Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal e do Livro 'Os Livros Históricos' de Carl Boyd Gibbs

INTRODUÇÃO

  • A fase final do reino de Judá foi protagonizada por quatro reis:

      • Joacaz, filho do rei Josias;

          • “Então, o povo da terra tomou a Joacaz, filho de Josias, e o fez rei em lugar de seu pai, em Jerusalém.” 2 Cr 36.1 (ARC)

          • “Nos seus dias, subiu Faraó-Neco, rei do Egito, contra o rei da Assíria, ao rio Eufrates; e o rei Josias lhe foi ao encontro; e, vendo-o ele, o matou em Megido. E seus servos o levaram morto de Megido, e o trouxeram a Jerusalém, e o sepultaram na sua sepultura; e o povo da terra tomou a Joacaz, filho de Josias, e o ungiram, e o fizeram rei em lugar de seu pai. Tinha Joacaz vinte e três anos de idade quando começou a reinar e três meses reinou em Jerusalém; e era o nome de sua mãe Hamutal, filha de Jeremias, de Libna. E fez o que era mal aos olhos do Senhor, conforme tudo o que fizeram seus pais.” 2 Rs 23.31 (ARC)

      • Jeoaquim, que reinou por ocasião do primeiro grupo de prisioneiros levados para Babilônia, em 605 a.C.;

          • “E o rei do Egito pôs a Eliaquim, irmão de Joacaz, rei sobre Judá e Jerusalém e mudou-lhe o nome para Jeoaquim; mas a seu irmão Joacaz tomou Neco e levou-o para o Egito. Era Jeoaquim de vinte e cinco anos de idade quando começou a reinar e onze anos reinou em Jerusalém; e fez o que era mau aos olhos do Senhor, seu Deus. Subiu, pois, contra ele Nabucodonosor, rei da Babilônia e o amarrou com cadeias, para o levar à Babilônia.” 2 Cr 36.4-6 (ARC)

          • “Também Faraó-Neco estabeleceu rei a Eliaquim, filho de Josias, em lugar de Josias, seu pai, e lhe mudou o nome em Jeoaquim; porém a Joacaz tomou consigo, e veio ao Egito e morreu ali. [...] Tinha Jeoaquim vinte e cinco anos de idade quando começou a reinar e reinou onze anos em Jerusalém; e era o nome de sua mãe Zebida, filha de Pedaías, de Ruma. E fez o que era mal aos olhos do Senhor, conforme tudo quanto fizeram seus pais. [...] Nos dias de Jeoaquim, subiu Nabucodonosor, rei de Babilônia, contra ele, e Jeoaquim ficou três anos seu servo; depois, se virou e se revoltou contra ele. E Deus enviou contra Jeoaquim as tropas dos caldeus, e as tropas dos siros, e as tropas dos moabitas, e as tropas dos filhos de Amom; e as enviou contra Judá, para o destruir, conforme a palavra que o Senhor falara pelo ministério de seus servos, os profetas.” 2 Rs 23.34,36; 24.1,2

      • Joaquim, que com apenas três meses de reinado, vivenciou o cerco de Jerusalém por Nabucodonosor, que resultou em dez mil pessoas presas, em 597 a.C.;

          • “Quanto ao mais dos atos de Jeoaquim, e às abominações que fez, e ao mais que se achou nele, eis que estão escritos no livro da história dos reis de Israel e de Judá; e Joaquim, seu filho, reinou em seu lugar. Era Joaquim da idade de oito anos quando começou a reinar e três meses e dez dias reinou em Jerusalém; e fez o que era mau aos olhos do Senhor. E, no decurso de um ano, o rei Nabucodonosor mandou que o levassem à Babilônia, com também os mais preciosos utensílios da Casa do Senhor, e pôs a Zedequias, seu irmão, rei sobre Judá e Jerusalém.” 2 Cr 36.8-10 (ARC)

          • “E Jeoaquim dormiu com seus pais; e Joaquim, seu filho, reinou em seu lugar. [...] Tinha Joaquim dezoito anos de idade quando começou a reinar e reinou três meses em Jerusalém; e era o nome de sua mãe Neústa, filha de Elnatã, de Jerusalém. E fez o que era mal aos olhos do Senhor, conforme tudo quanto fizera seu pai. Naquele tempo, subiram os servos de Nabucodonosor, rei de Babilônia, a Jerusalém, e a cidade foi cercada. Também veio Nabucodonosor, rei de Babilônia, contra a cidade, quando já os seus servos a estavam cercando. Então, saiu Joaquim, rei de Judá, ao rei de Babilônia, ele, e sua mãe, e seus servos, e seus príncipes, e seus eunucos; e o rei de Babilônia o levou preso, no ano oitavo de seu reinado. E tirou dali todos os tesouros da Casa do Senhor e os tesouros da casa do rei; e fendeu todos os utensílios de ouro que fizera Salomão, rei de Israel, no templo do Senhor, como o Senhor tinha dito. E transportou a toda a Jerusalém, como também todos os príncipes, e todos os homens valorosos, dez mil presos, e todos os carpinteiros e ferreiros; ninguém ficou, senão o povo pobre da terra. Assim, transportou Joaquim para a Babilônia, como também a mãe do rei, e as mulheres do rei, e os seus eunucos, e os poderosos da terra levou presos de Jerusalém a Babilônia. E todos os homens, valentes, até sete mil, e carpinteiros, e ferreiros, até mil, todos eles destros na guerra, a estes o rei de Babilônia levou presos para Babilônia.” 2 Rs 24.6,8-16 (ARC)

      • e Zedequias, o rei entronizado por Nabucodonosor no lugar de Joaquim.

          • “E, no decurso de um ano, o rei Nabucodonosor mandou que o levassem à Babilônia, com também os mais preciosos utensílios da Casa do Senhor, e pôs a Zedequias, seu irmão, rei sobre Judá e Jerusalém. Era Zedequias da idade de vinte e cinco anos quando começou a reinar e onze anos reinou em Jerusalém. E fez o que era mau aos olhos do Senhor, seu Deus; nem se humilhou perante o profeta Jeremias, que falava da parte do Senhor.” 2 Cr 36.10-12 (ARC)

          • “E o rei de Babilônia estabeleceu rei, em lugar de Joaquim, ao tio deste, Matanias, e lhe mudou o nome para Zedequias. Tinha Zedequias vinte e um anos de idade quando começou a reinar e reinou onze anos em Jerusalém; e era o nome de sua mãe Hamutal, filha de Jeremias, de Libna. E fez o que era mal aos olhos do Senhor, conforme tudo quanto fizera Jeoaquim.” 2 Rs 24.17-19 (ARC)

  • Veremos Zedequias rebelando-se contra o rei de Babilônia, causando um novo cerco que durou dezoito meses e, finalmente, resultou na queda definitiva de Jerusalém, em 586 a.C.

      • “O último rei de Judá antes do cativeiro fez um péssimo reinado. Foi infiel a Deus e também ao rei da Babilônica que o colocara no trono. A idolatria se alastrou por toda a nação, e até os sacerdotes e levitas foram se afastando cada vez mais do Senhor. Jeremias e outros mensageiros de Deus advertiram o povo muitas vezes, mas foram ignorados. O cronista afirma que ‘não havia mais remédio’ (2 Cr. 36.16).” (SAYÃO, 2016)

I - O DECLÍNIO ESPIRITUAL DE JUDÁ

  1. As advertências dos profetas.

  • Os profetas do Antigo Testamento foram [...] incansáveis em denunciar as injustiças e as terríveis transgressões do povo e dos líderes da nação.

      • “Disse-me mais o Senhor: Uma conjuração se achou entre os homens de Judá, entre os habitantes de Jerusalém. Tornaram às maldades de seus primeiros pais, que não quiseram ouvir as minhas palavras; e eles andaram após deuses estranhos para os servir; a casa de Israel e a casa de Judá quebrantaram o meu concerto, que tinha feito com seus pais. Portanto, assim diz o Senhor: Eis que trarei mal sobre eles, de que não poderão escapar, e clamarão a mim; e eu não os ouvirei. Então, irão as cidades de Judá e os habitantes de Jerusalém e clamarão aos deuses a que eles queimaram incenso; eles, porém, de nenhuma sorte, os livrarão no tempo do seu mal.” Jr 11.9-12 (ARC)

      • “E Deus enviou contra Jeoaquim as tropas dos caldeus, e as tropas dos siros, e as tropas dos moabitas, e as tropas dos filhos de Amom; e as enviou contra Judá, para o destruir, conforme a palavra que o Senhor falara pelo ministério de seus servos, os profetas.” 2 Rs 24.2 (ARC)

      • “E o Senhor, Deus de seus pais, lhes enviou a sua palavra pelos seus mensageiros, madrugando e enviando-lhos, porque se compadeceu do seu povo e da sua habitação. Porém zombaram dos mensageiros de Deus, e desprezaram as suas palavras, e escarneceram dos seus profetas, até que o furor do Senhor subiu tanto, contra o seu povo, que mais nenhum remédio houve.” 2 Cr 36.15 (ARC)

  • Foram taxativos em dizer que [...] já estavam excedendo as medidas de Deus.


  1. Previsão dos acontecimentos que levaram Judá ao exílio.

  • O ministério de Jeremias foi o mais importante desse período.

      • “Palavras de Jeremias, filho de Hilquias, dos sacerdotes que estavam em Anatote, na terra de Benjamim. A ele veio a palavra do Senhor, nos dias de Josias, filho de Amom, rei de Judá, no décimo terceiro ano do seu reinado. E lhe veio também nos dias de Jeoaquim, filho de Josias, rei de Judá, até ao fim do ano undécimo de Zedequias, filho de Josias, rei de Judá, até que Jerusalém foi levada em cativeiro no quinto mês.” Jr 1.1-3 (ARC)

  • [Neste período] havia muita discórdia e confusão sobre [verdadeiros e falsos profetas].

      • “Assim diz o Senhor dos Exércitos: Não deis ouvidos às palavras dos profetas que entre vós profetizam; ensinam-vos vaidades e falam da visão do seu coração, não da boca do Senhor. Dizem continuamente aos que me desprezam: O Senhor disse: Paz tereis; e a qualquer que anda segundo o propósito do seu coração, dizem: Não virá mal sobre vós.” Jr 23.16,17 (ARC)

          • COMPARE: “Assim diz o Senhor dos Exércitos a seu povo: “Não deem ouvidos a esses profetas quando profetizam para vocês e os enchem de falsas esperanças. Eles inventam tudo que dizem; não falam da parte do Senhor. Vivem repetindo aos que desprezam minha palavra: ‘O Senhor diz que terão paz!’. E aos que seguem os desejos teimosos de seu coração, dizem: ‘Nada de mal lhes acontecerá!’.” Jr 23.16,17 (NVT)

      • “Coisa espantosa e horrenda se anda fazendo na terra: os profetas profetizam falsamente, e os sacerdotes dominam pelas mãos deles, e o meu povo assim o deseja; e que fareis no fim disso?” Jr 5.30,31 (ARC)

          • COMPARE: “Algo horrível e espantoso ocorre nesta terra: os profetas fazem profecias falsas, os sacerdotes governam com mão de ferro, e, pior ainda, meu povo fica feliz com isso! O que farão, porém, quando o fim chegar?”.” Jr 5.30,31 (NVT)

      • “E disse-me o Senhor: Os profetas profetizam falsamente em meu nome; nunca os enviei, nem lhes dei ordem, nem lhes falei; visão falsa, e adivinhação, e vaidade, e o engano do seu coração são o que eles vos profetizam. Portanto, assim diz o Senhor acerca dos profetas que profetizam em meu nome, sem que eu os tenha mandado, e dizem que nem espada, nem fome haverá nesta terra: À espada e à fome serão consumidos esses profetas.” Jr 14.14,15 (ARC)

      • “E os seus profetas têm feito para eles reboco de cal não adubada, vendo vaidade, e predizendo-lhes mentira e dizendo: Assim diz o Senhor Jeová; sem que o Senhor tivesse falado.” Ez 22.28 (ARC)

          • COMPARE: “E seus profetas encobrem tudo isso com visões falsas e previsões mentirosas. Dizem: ‘Recebi esta mensagem do Senhor Soberano’, quando, na verdade, o Senhor não lhes disse coisa alguma.” Ez 22.28 (NVT)

      • “Porque, desde o menor deles até ao maior, cada um se dá à avareza; e, desde o profeta até ao sacerdote, cada um usa de falsidade.” Jr 6.13 (ARC)

      • “Os falsos profetas tinham um público grande e entusiasta; eram muito populares porque faziam o povo acreditar que tudo estava bem. Em contraste, a mensagem de Deus que Jeremias pregou era impopular porque mostrava como os judeus eram maus.” (Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal, 2003)

  • Precisamos estar atentos para discernirmos a Palavra do Senhor.

      • “Há quatro características (que precisamos observar até hoje) que denunciam os falsos profetas. Pode parecer que os falsos profetas transmitem a mensagem de Deus, porém: (1) eles não vivem de acordo com a Palavra de Deus; (2) diluem o evangelho, a fim de torná-lo mais saboroso; (3) encorajam seus ouvintes, frequentemente de forma sutil, a desobedecerem a Deus; e (4) tendem a ser arrogantes e servir seus interesses, falando conforme a expectativa de seu público, em vez de serem fiéis à Palavra de Deus.” (Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal, 2003)


  1. Motivos que levaram Judá ao cativeiro.

  • O cativeiro aconteceu especialmente por causa da obstinada desobediência da liderança.

      • “Ouvi agora isto, vós, chefes da casa de Jacó, e vós, maiorais da casa de Israel, que abominais o juízo e perverteis tudo o que é direito, edificando a Sião com sangue e a Jerusalém com injustiça. Os seus chefes dão as sentenças por presentes, e os seus sacerdotes ensinam por interesse, e os seus profetas adivinham por dinheiro; e ainda se encostam ao Senhor, dizendo: Não está o Senhor no meio de nós? Nenhum mal nos sobrevirá. Portanto, por causa de vós, Sião será lavrado como um campo, e Jerusalém se tornará em montões de pedras, e o monte desta casa, em lugares altos de um bosque.” Mq 3.9-12 (ARC)

  • Além da idolatria, pecados abomináveis foram cometidos contra Deus:

      • derramaram sangue inocente;

          • “Porém, depois da morte de Joiada, vieram os príncipes de Judá e prostraram-se perante o rei; e o rei os ouviu. E deixaram a Casa do Senhor, Deus de seus pais, e serviram às imagens do bosque e aos ídolos; então, veio grande ira sobre Judá e Jerusalém por causa desta sua culpa. Porém enviou profetas entre eles, para os fazer tornar ao Senhor, os quais protestaram contra eles; mas eles não deram ouvidos. E o Espírito de Deus revestiu a Zacarias, filho do sacerdote Joiada, o qual se pôs em pé acima do povo e lhes disse: Assim diz Deus: Por que transgredis os mandamentos do Senhor? Portanto, não prosperareis; porque deixastes o Senhor, também ele vos deixará. E eles conspiraram contra ele e o apedrejaram com pedras, por mandado do rei, no pátio da Casa do Senhor. Assim, o rei Joás não se lembrou da beneficência que Joiada, pai de Zacarias, lhe fizera; porém matou-lhe o filho, o qual, morrendo, disse: O Senhor o verá e o requererá.” 2 Cr 24.17-22 (ARC)

          • “E, na verdade, conforme o mandado do Senhor, assim sucedeu a Judá, que o tirou de diante da sua face, por causa dos pecados de Manassés, conforme tudo quanto fizera, como também por causa do sangue inocente que derramou, enchendo a Jerusalém de sangue inocente; por isso, o Senhor não o quis perdoar.” 2 Rs 24.3,4 (ARC)

      • cometeram todo tipo de corrupção e injustiça social;

          • “Até quando, Senhor, clamarei eu, e tu não me escutarás? Gritarei: Violência! E não salvarás? Por que razão me fazes ver a iniquidade e ver a vexação? Porque a destruição e a violência estão diante de mim; há também quem suscite a contenda e o litígio. Por esta causa, a lei se afrouxa, e a sentença nunca sai; porque o ímpio cerca o justo, e sai o juízo pervertido.” Hc 1.2-4 (ARC)

          • “Assim diz o Senhor: Por três transgressões de Israel e por quatro, não retirarei o castigo, porque vendem o justo por dinheiro e o necessitado por um par de sapatos. Suspirando pelo pó da terra sobre a cabeça dos pobres, eles pervertem o caminho dos mansos; e um homem e seu pai entram à mesma moça, para profanarem o meu santo nome. E se deitam junto a qualquer altar sobre roupas empenhadas e na casa de seus deuses bebem o vinho dos que tinham multado.” Am 2.6-8 (ARC)

          • “Presentes se receberam no meio de ti para se derramar sangue; usura e lucros tomaste e usaste de avareza com o teu próximo, oprimindo-o; mas de mim te esqueceste, diz o Senhor Jeová.” Ez 22.12 (ARC)

      • não observaram o descanso sabático;

          • “E os que escaparam da espada levou para a Babilônia; e fizeram-se servos dele e de seus filhos, até ao tempo do reino da Pérsia, para que se cumprisse a palavra do Senhor, pela boca de Jeremias, até que a terra se agradasse dos seus sábados; todos os dias da desolação repousou, até que os setenta anos se cumpriram.” 2 Cr 36.20,21 (ARC)

          • “A passagem em Levítico 26.27-45 é surpreendente; nela, é predito com detalhes o cativeiro e como o povo de Deus seria expulso de sua terra por desobedecer-lhe. Um dos mandamentos ignorados era que, a cada sete anos, a terra cultivada deveria descansar um ano (Êx 23.10,11), Os setenta anos de cativeiro permitiram que a terra descansasse, compensando todos os anos em que os israelitas não observaram essa lei. Sabemos que Deus cumpre todas as suas promessas, não apenas as de bênçãos, também as de juízo.” (Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal, 2003)

      • mataram muitos dos seus profetas.

          • “para que sobre vós caia todo o sangue justo, 0que foi derramado sobre a terra, desde o sangue de Abel, o justo, até ao sangue de Zacarias, filho de Baraquias, que matastes entre o santuário e o altar. [...] Jerusalém, Jerusalém, que matas os profetas e apedrejas os que te são enviados! Quantas vezes quis eu ajuntar os teus filhos, como a galinha ajunta os seus pintos debaixo das asas, e tu não quiseste!” Mt 23.35,37 (ARC)

  • Judá [...] recebeu tantas profecias, avisos e oportunidades de arrependimento, mas decidiu pela apostasia.

      • “Estendi as mãos todo o dia a um povo rebelde, que caminha por caminho que não é bom, após os seus pensamentos; [...]Também vos destinarei à espada, e todos vos encurvareis à matança, porquanto chamei, e não respondestes; falei, e não ouvistes, mas fizestes o que é mal aos meus olhos e escolhestes aquilo em que eu não tinha prazer.” Is 65.2,12 (ARC)

      • “Eles, porém, não quiseram escutar, e me deram o ombro rebelde, e ensurdeceram os seus ouvidos, para que não ouvissem. Sim, fizeram o seu coração duro como diamante, para que não ouvissem a lei, nem as palavras que o Senhor dos Exércitos enviara pelo seu Espírito, mediante os profetas precedentes; donde veio a grande ira do Senhor dos Exércitos.” Zc 7.11,12 (ARC)

      • “Assim como Israel foi atacado pelos assírios três vezes, Judá também foi invadido pelos babilônios de igual modo. Mais uma vez, Deus demonstrou sua misericórdia diante do julgamento merecido e concedeu ao povo repetidas oportunidades de arrependimento.” (Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal, 2003)

      • “E, se com isto me não ouvirdes, mas ainda andardes contrariamente comigo, também eu convosco andarei contrariamente em furor; e vos castigarei sete vezes mais por causa dos vossos pecados. Porque comereis a carne de vossos filhos e a carne de vossas filhas comereis. E destruirei os vossos altos, e desfarei as vossas imagens do sol, e lançarei o vosso cadáver sobre o cadáver dos vossos deuses; a minha alma se enfadará de vós. E porei as vossas cidades por deserto, e assolarei os vossos santuários, e não cheirarei o vosso cheiro suave. E assolarei a terra, e se espantarão disso os vossos inimigos que nela morarem. E vos espalharei entre as nações e desembainharei a espada atrás de vós; e a vossa terra será assolada, e as vossas cidades serão desertas. Então, a terra folgará nos seus sábados, todos os dias da sua assolação, e vós estareis na terra dos vossos inimigos; então, a terra descansará e folgará nos seus sábados. Todos os dias da assolação descansará, porque não descansou nos vossos sábados, quando habitáveis nela. E, quanto aos que de vós ficarem, eu meterei tal pavor no seu coração, nas terras dos seus inimigos, que o sonido duma folha movida os perseguirá; e fugirão como quem foge da espada; e cairão sem ninguém os perseguir. E cairão uns sobre os outros como diante da espada, sem ninguém os perseguir; e não podereis parar diante dos vossos inimigos. E perecereis entre as gentes, e a terra dos vossos inimigos vos consumirá. E aqueles que entre vós ficarem se derreterão pela sua iniquidade nas terras dos vossos inimigos e pela iniquidade de seus pais com eles se derreterão. Então, confessarão a sua iniquidade e a iniquidade de seus pais, com as suas transgressões, com que transgrediram contra mim; como também confessarão que, por terem andado contrariamente para comigo, eu também andei com eles contrariamente e os fiz entrar na terra dos seus inimigos; se, então, o seu coração incircunciso se humilhar, e tomarem por bem o castigo da sua iniquidade, também eu me lembrarei do meu concerto com Jacó, e também do meu concerto com Isaque, e também do meu concerto com Abraão me lembrarei, e da terra me lembrarei. E a terra será desamparada por eles e folgará nos seus sábados, sendo assolada por causa deles; e tomarão por bem o castigo da sua iniquidade, em razão mesmo de que rejeitaram os meus juízos e a sua alma se enfastiou dos meus estatutos. E, demais disto também, estando eles na terra dos seus inimigos, não os rejeitarei, nem me enfadarei deles, para consumi-los e invalidar o meu concerto com eles, porque eu sou o Senhor, seu Deus. Antes, por amor deles, me lembrarei do concerto com os seus antepassados, que tirei da terra do Egito perante os olhos das nações, para lhes ser por Deus. Eu sou o Senhor.” Lv 26.27-45 (ARC)

      • “A derrocada de Judá foi o castigo divino contra um povo obstinado e impenitente, que continuou nos pecados terríveis de Manassés. (1) A apostasia chegara ao seu extremo. Os sacerdotes e profetas falavam mentiras (Jr 5.31; 6.13). Ganância e trapaça (Jr 6.13), imoralidade e prostituição (Jr 5.8,9), injustiça e violência (Jr 6.7), repúdio à Palavra de Deus (Jr 8.9,10) e infidelidade (Jr 9.2,3) caracterizavam o modo de vida do povo.” (STAMPS, 2006)

SÍNTESE DO TÓPICO I

Os motivos da ruína de Judá foram: a idolatria, a rebeldia, a injustiça e a desobediência por parte da liderança.

DINÂMICA 1 - É MELHOR PARAR

II - A OBSTINAÇÃO DE ZEDEQUIAS E SUA QUEDA

  1. A teimosia de Zedequias.

  • Zedequias, o último rei de Judá, [...] resolveu não dar ouvidos à voz do profeta.

      • “Então, enviou o rei Zedequias e fez vir à sua presença Jeremias, o profeta, à terceira entrada, que estava na Casa do Senhor; e disse o rei a Jeremias: Pergunto-te uma coisa; não me encubras nada. Disse Jeremias a Zedequias: Se eu ta declarar, com certeza, não me matarás? E, aconselhando-te eu, ouvir-me-ás? Então, jurou o rei Zedequias a Jeremias, em segredo, dizendo: Vive o Senhor, que nos fez esta alma, que não te matarei, nem te entregarei nas mãos destes homens que procuram a tua morte. Então, Jeremias disse a Zedequias: Assim diz o Senhor, Deus dos Exércitos, Deus de Israel: Se, voluntariamente, saíres, aos príncipes do rei da Babilônia, então, viverá a tua alma, e esta cidade não será queimada, e viverás tu e a tua casa. Mas, se não saíres aos príncipes do rei da Babilônia, então, será entregue esta cidade nas mãos dos caldeus, e eles a queimarão, e tu não escaparás das mãos deles. Então, disse o rei Zedequias a Jeremias: Receio-me dos judeus que se passaram para os caldeus; que me entreguem nas suas mãos e escarneçam de mim. Disse Jeremias: Não te entregarão; ouve, te peço, a voz do Senhor, conforme a qual eu te falo; e bem te irá, e viverá a tua alma. Mas, se tu não quiseres sair, esta é a palavra que me mostrou o Senhor. Eis que todas as mulheres que ficaram na casa do rei de Judá serão levadas aos príncipes do rei da Babilônia, e elas mesmas dirão: Os teus pacificadores te incitaram e prevaleceram contra ti; e, agora, que se atolaram os teus pés na lama, eles voltaram atrás. Assim, a todas as tuas mulheres e a teus filhos levarão aos caldeus, e tu não escaparás das suas mãos; antes, pela mão do rei da Babilônia, serás preso, e esta cidade ele queimará.” Jr 38.14-23 (ARC)

      • “E sucedeu que, vendo-os Zedequias, rei de Judá, e todos os homens de guerra, fugiram, então e saíram de noite da cidade, pelo caminho do jardim do rei, pela porta dentre os dois muros; e saiu pelo caminho da campina. Mas o exército dos caldeus os perseguiu; e alcançaram Zedequias nas campinas de Jericó, e o prenderam, e o fizeram ir a Nabucodonosor, rei da Babilônia, a Ribla, na terra de Hamate, e ali o rei da Babilônia o sentenciou. E o rei da Babilônia matou os filhos de Zedequias em Ribla, à sua vista; também matou o rei da Babilônia todos os nobres de Judá. E arrancou os olhos a Zedequias e o atou com duas cadeias de bronze, para levá-lo à Babilônia. E os caldeus queimaram a casa do rei e as casas do povo e derribaram os muros de Jerusalém.” Jr 39.4-8 (ARC)

  • Zedequias fez constantes ameaças a Jeremias e até tentou mantê-lo submisso aos seus caprichos.

      • “E disseram os príncipes ao rei: Morra este homem, visto que ele, assim, enfraquece as mãos dos homens de guerra que restam nesta cidade e as mãos de todo o povo, dizendo-lhes tais palavras; porque este homem não busca a paz para este povo, senão o mal. E disse o rei Zedequias: Eis que ele está na vossa mão, porque o rei nada pode contra vós. Então, tomaram Jeremias e o lançaram no calabouço de Malquias, filho do rei, que estava no átrio da guarda; e desceram Jeremias com cordas; mas, no calabouço, não havia água, senão lama; e atolou-se Jeremias na lama.” Jr 38.4-6 (ARC)

      • “(Cercava, porém, então, o exército do rei da Babilônia a Jerusalém; e Jeremias, o profeta, estava encerrado no pátio da guarda que estava na casa do rei de Judá; porque Zedequias, rei de Judá, o tinha encerrado, dizendo: Por que profetizas tu, dizendo: Assim diz o Senhor: Eis que entrego esta cidade nas mãos do rei da Babilônia, e ele a tomará;” Jr 32.2,3 (ARC)

          • COMPARE: “Nessa ocasião, o exército babilônio cercava Jerusalém, e Jeremias estava preso no pátio da guarda, no palácio real. Zedequias, rei de Judá, o havia colocado ali e perguntado por que ele continuava a anunciar esta profecia: “Assim diz o Senhor: ‘Estou prestes a entregar esta cidade ao rei da Babilônia, e ele a conquistará.” Jr 32.2,3 (NVT)

  • Jeremias, como homem de Deus, não se deixou corromper, antes, proferiu toda a palavra do Senhor.

      • “Então, Jeremias disse a Zedequias: Assim diz o Senhor, Deus dos Exércitos, Deus de Israel: Se, voluntariamente, saíres, aos príncipes do rei da Babilônia, então, viverá a tua alma, e esta cidade não será queimada, e viverás tu e a tua casa. Mas, se não saíres aos príncipes do rei da Babilônia, então, será entregue esta cidade nas mãos dos caldeus, e eles a queimarão, e tu não escaparás das mãos deles.” Jr 38.17,18 (ARC)

      • “Os líderes de Judá perseguiram Jeremias repetidamente por ele proclamar fielmente as mensagens de Deus. Durante 40 anos de um ministério fiel, Jeremias não recebeu uma aclamação popular, uma atitude de amor nem teve seu exemplo seguido pelo povo. Foi espancado, aprisionado, ameaçado e até forçado a deixar sua pátria. Somente os caldeus mostraram algum respeito por ele. Deus não garante que seus servos escaparão da perseguição mesmo que lhe sejam fiéis. Mas promete que estará com cada um e lhes dará forças para suportar (2 Co 1.3-7). Quando ministrarmos a outros, devemos oferecer nosso trabalho a Deus, e não buscar a aprovação humana. Deus recompensa a nossa fidelidade, porém nem sempre o faz durante a nossa vida neste mundo.” (Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal, 2003)


  1. Surdos aos avisos dos profetas.

  • Jeremias advertiu ao rei Zedequias dizendo que, caso se rendesse à Babilônia, sua integridade seria preservada.

  • Todavia, o rei não deu ouvidos ao profeta.

      • “Zedequias, o filho mais jovem de Josias, reinou durante onze anos. Afastou-se da fé do seu pai justo e, frequentemente, perseguia o profeta Jeremias. Zedequias poderia ter evitado as tragédias que lhe sobrevieram, se tivesse dado ouvidos a Jeremias (Jr 38.14-28). Semelhantemente, se uma igreja com os seus membros não der ouvidos a um pastor piedoso, ela corre o risco de se ver destruída, e seus membros escravizados pela iniquidade do mundo.” (STAMPS, 2006)

  • O poderoso exército babilônico invadiu e destruiu Jerusalém.

      • “No ano nono de Zedequias, rei de Judá, no mês décimo, veio Nabucodonosor, rei da Babilônia, e todo o seu exército contra Jerusalém e a cercaram. [...] Mas o exército dos caldeus os perseguiu; e alcançaram Zedequias nas campinas de Jericó, e o prenderam, e o fizeram ir a Nabucodonosor, rei da Babilônia, a Ribla, na terra de Hamate, e ali o rei da Babilônia o sentenciou. E o rei da Babilônia matou os filhos de Zedequias em Ribla, à sua vista; também matou o rei da Babilônia todos os nobres de Judá. E arrancou os olhos a Zedequias e o atou com duas cadeias de bronze, para levá-lo à Babilônia. E os caldeus queimaram a casa do rei e as casas do povo e derribaram os muros de Jerusalém.” Jr 39.1,5-8 (ARC)

  • Zedequias e o povo de Judá estavam confiantes [em palavras falsas de paz] e religiosidade.

      • “Não vos fieis em palavras falsas, dizendo: Templo do Senhor, templo do Senhor, templo do Senhor é este. [...] Eis que vós confiais em palavras falsas, que para nada são proveitosas.” Jr 7.4 (ARC)

          • COMPARE: “Não se deixem enganar por aqueles que lhes fazem falsas promessas e repetem: ‘O templo do Senhor está aqui! O templo do Senhor está aqui!’.[...] ‘Não se deixem enganar por falsas promessas e conversas inúteis.” Jr 7.4 (NVT)

      • “A arrogância, as injustiças e o falso sentimento de retidão invalidavam os rituais de um povo que havia invertido os grandes valores da religião. Além disso, o pecado acariciado no coração impede que Deus responda às orações. O Senhor sempre ouve um clamor de um pecador arrependido com o coração quebrantado, mas os incrédulos não encontrarão em Deus remédio para seus sofrimentos.” (SAYÃO, 2016)

SÍNTESE DO TÓPICO II

O erro de Zedequias e do povo de Judá estava em fechar os ouvidos aos profetas e não buscar o arrependimento de seus pecados diante do Senhor.

DINÂMICA 2 - OUÇA, VIRE E ACERTE

III - JERUSALÉM É CERCADA E LEVADA CATIVA

  1. A destruição da Cidade Santa e do Templo.

  • Após as investidas dos assírios, dos egípcios, e de três ofensivas dos babilônios, a forte e imponente cidade de Davi se encontrava completamente arrasada.

  • Durante o cerco de Jerusalém, que durou dezoito meses, ninguém podia entrar nem sair. Os víveres estocados foram sendo rapidamente consumidos.

      • “O cerco contra Jerusalém começou em 588 a.C. e durou dezoito meses. Suas calamidades estãos descritas em Lm 2.20,21; 4.3-10; 5.2-15; Ez 5.10. Um terço do povo morreu de fome e de peste, ao passo que outro terço foi morto pela espada (Ez 5.12; ver também 24.1,2; Jr 38.17-19; 39.1; 52.4).” (STAMPS, 2006)

      • “O cerco a Jerusalém começou em 15 da janeiro de 588 a.C., e se estendeu até 18 de julho de 586 a.C., quando a fome era tão grande que povo começou a coziinhar e a comer os próprios filhos (Lm 4.9,10).” (WIERSBE, 2008)

  • A cidade santa estava em extrema pobreza e miséria.

      • “Como se escureceu o ouro! Como se mudou o ouro fino e bom! Como estão espalhadas as pedras do santuário ao canto de todas as ruas! Os preciosos filhos de Sião, comparáveis a puro ouro, como são, agora, reputados por vasos de barro, obra das mãos do oleiro! Até os chacais abaixam o peito, dão de mamar aos seus filhos; mas a filha do meu povo tornou-se cruel como os avestruzes no deserto. A língua do que mama fica pegada pela sede ao seu paladar; os meninos pedem pão, e ninguém lho dá. Os que comiam iguarias delicadas desfalecem nas ruas; os que se criaram em carmesim abraçam o esterco. Porque maior é a maldade da filha do meu povo do que o pecado de Sodoma, a qual se subverteu como em um momento, sem que trabalhassem nela mãos algumas. Os seus nazireus eram mais alvos do que a neve, eram mais brancos do que o leite, eram mais roxos de corpo do que os rubins, mais polidos do que a safira. Mas, agora, escureceu-se o seu parecer mais do que o negrume, não se conhecem nas ruas; a sua pele se lhes pegou aos ossos, secou-se, tornou-se como um pedaço de pau. Os mortos à espada mais ditosos são do que os mortos à fome; porque estes se esgotam como traspassados, por falta dos frutos dos campos. As mãos das mulheres piedosas cozeram seus próprios filhos; serviram-lhes de alimento na destruição da filha do meu povo.” Lm 4.3-10 (ARC)

      • “Já se consumiram os meus olhos com lágrimas, turbada está a minha alma, o meu coração se derramou pela terra, por causa do quebrantamento da filha do meu povo; pois desfalecem os meninos e as crianças de peito pelas ruas da cidade. Dizem a suas mães: Onde há trigo e vinho? Quando desfalecem como o ferido pelas ruas da cidade, derramando-se a sua alma no regaço de suas mães.” Lm 2.11,12 (ARC)

      • “E aconteceu, no ano nono do seu reinado, no mês décimo, no décimo dia do mês, que veio Nabucodonosor, rei da Babilônia, contra Jerusalém, ele e todo o seu exército, e se acamparam contra ela e levantaram contra ela tranqueiras ao redor. Assim esteve cercada a cidade, até ao ano undécimo do rei Zedequias. No mês quarto, aos nove do mês, quando a fome prevalecia na cidade, e o povo da terra não tinha pão,” Jr 52.4-6 (ARC)

  • O poderoso exército da Babilônia [...] invadiu a cidade.

  • O Templo Sagrado, erigido há 380 anos, foi saqueado, destruído e queimado.

      • “Porque fez subir contra eles o rei dos caldeus, o qual matou os seus jovens à espada, na casa do seu santuário; e não teve piedade nem dos jovens, nem das moças, nem dos velhos, nem dos decrépitos; a todos os deu nas suas mãos. E todos os utensílios da Casa de Deus, grandes e pequenos, e os tesouros da Casa do Senhor, e os tesouros do rei e dos seus príncipes, tudo levou para a Babilônia. E queimaram a Casa de Deus, e derribaram os muros de Jerusalém, e todos os seus palácios queimaram, destruindo também todos os seus preciosos objetos.” 2 Cr 36.17-19 (ARC)

      • “E, no quinto mês, no sétimo dia do mês (este era o ano décimo nono de Nabucodonosor, rei de Babilônia), veio Nebuzaradã, capitão da guarda, servo do rei de Babilônia, a Jerusalém. E queimou a Casa do Senhor e a casa do rei, como também todas as casas de Jerusalém; todas as casas dos grandes igualmente queimou. E todo o exército dos caldeus, que estava com o capitão da guarda derribou os muros em redor de Jerusalém. [...] Quebraram mais os caldeus as colunas de cobre que estavam na Casa do Senhor, como também as bases e o mar de cobre que estavam na Casa do Senhor; e levaram o seu bronze para Babilônia. Também tomaram as caldeiras, e as pás, e os apagadores, e os perfumadores, e todos os utensílios de cobre, com que se ministrava. Também o capitão da guarda tomou os braseiros e as bacias e tudo mais que era de puro ouro ou de prata. As duas colunas, o mar e as bases que Salomão fizera para a Casa do Senhor, o peso do cobre de todos esses utensílios era incalculável. A altura de uma coluna era de dezoito côvados, e sobre ela havia um capitel de cobre, e de altura tinha o capitel três côvados; e a rede, e as romãs em roda do capitel, tudo era de cobre; e semelhante a esta era a outra coluna com a rede.” 2 Rs 25.8-10,13-17 (ARC)

      • “A iniquidade saturara o Reino do Sul, e a ira de Deus inflamou-se contra os judeus. A Babilônia conquistou a Assíria e tornou-se a nova potência mundial. O exército caldeu marchou contra Jerusalém, queimou o templo, derrubou os grandes muros da cidade e levou o povo cativo.” (Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal, 2003)


  1. A matança, o cativeiro, a peste e a pobreza.

  • No livro de Lamentações de Jeremias, o profeta descreve as deploráveis cenas que assistiu.

      • A fome chegou a tal ponto que as mães cozinhavam e serviam os próprios filhos como comida;

          • “Na época em que Jerusalém estava sob o cerco inimigo, seus muros, construídos para proteção, enclausuraram o povo dentro da cidade. As pessoas não podiam sair para os campos para buscar comida e água, porque os caldeus estavam acampados em volta da cidade. A comida ia acabando em Jerusalém, e o povo via os seus inimigos colherem e comerem os alimentos dos campos. O cerco foi um teste de determinação para ver que exército poderia sobreviver. Jerusalém permaneceu sitiada por dois anos. A vida tornou-se tão difícil que alguns comeram seus próprios filhos. Os corpos mortos eram deixados nas ruas, e ali apodreciam.” (Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal, 2003)

      • As crianças morriam de sede e fome; ninguém podia saciá-las.

          • “Como se escureceu o ouro! Como se mudou o ouro fino e bom! Como estão espalhadas as pedras do santuário ao canto de todas as ruas! Os preciosos filhos de Sião, comparáveis a puro ouro, como são, agora, reputados por vasos de barro, obra das mãos do oleiro! Até os chacais abaixam o peito, dão de mamar aos seus filhos; mas a filha do meu povo tornou-se cruel como os avestruzes no deserto. A língua do que mama fica pegada pela sede ao seu paladar; os meninos pedem pão, e ninguém lho dá. Os que comiam iguarias delicadas desfalecem nas ruas; os que se criaram em carmesim abraçam o esterco. Porque maior é a maldade da filha do meu povo do que o pecado de Sodoma, a qual se subverteu como em um momento, sem que trabalhassem nela mãos algumas. Os seus nazireus eram mais alvos do que a neve, eram mais brancos do que o leite, eram mais roxos de corpo do que os rubins, mais polidos do que a safira. Mas, agora, escureceu-se o seu parecer mais do que o negrume, não se conhecem nas ruas; a sua pele se lhes pegou aos ossos, secou-se, tornou-se como um pedaço de pau. Os mortos à espada mais ditosos são do que os mortos à fome; porque estes se esgotam como traspassados, por falta dos frutos dos campos. As mãos das mulheres piedosas cozeram seus próprios filhos; serviram-lhes de alimento na destruição da filha do meu povo.” Lm 4.3-10 (ARC)

          • “Já se consumiram os meus olhos com lágrimas, turbada está a minha alma, o meu coração se derramou pela terra, por causa do quebrantamento da filha do meu povo; pois desfalecem os meninos e as crianças de peito pelas ruas da cidade. Dizem a suas mães: Onde há trigo e vinho? Quando desfalecem como o ferido pelas ruas da cidade, derramando-se a sua alma no regaço de suas mães.” Lm 2.11,12 (ARC)


  1. A esperança profetizada.

  • Em Lamentações, o profeta desvela toda a sua tristeza.

      • “Não vos comove isso, a todos vós que passais pelo caminho? Atendei e vede se há dor como a minha dor, que veio sobre mim, com que me entristeceu o Senhor, no dia do furor da sua ira.” Lm 1.12 (ARC)

  • Mas, mesmo assim, não deixou de se lembrar e registrar o quanto Deus é misericordioso e o tamanho da sua fidelidade.

      • “As misericórdias do Senhor são a causa de não sermos consumidos; porque as suas misericórdias não têm fim. Novas são cada manhã; grande é a tua fidelidade. A minha porção é o Senhor, diz a minha alma; portanto, esperarei nele. Bom é o Senhor para os que se atêm a ele, para a alma que o busca. Bom é ter esperança e aguardar em silêncio a salvação do Senhor.” Lm 3.22-25 (ARC)

      • “Assim diz o Senhor, o Deus de Israel: Como a estes bons figos, assim conhecerei aos de Judá levados em cativeiro e que eu enviei deste lugar para a terra dos caldeus, para seu bem. Porei os olhos sobre eles, para seu bem, e os farei voltar a esta terra; e edificá-los-ei, e não os destruirei, e plantá-los-ei, e não os arrancarei. E dar-lhes-ei coração para que me conheçam, porque eu sou o Senhor; e ser-me-ão por povo, e eu lhes serei por Deus, porque se converterão a mim de todo o seu coração.” Jr 24.5-7 (ARC)

      • “Jeremias conhecia a fidelidade de Deus, por experiência pessoal. Deus prometeu que o juízo viria se Judá lhe desobedecesse, e foi o que aconteceu. Mas o Eterno também prometeu uma restauração futura e bênçãos, e Jeremias sabia que Deus cumpriria suas promessas. Confiar na fidelidade de Deus dia após dia nos faz crer em sua grande promessa para o futuro.” (Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal, 2003)

  • Assim como Jeremias mudou sua desolação para um estado de esperança, também o cristão deve desenvolver uma atitude de fé diante de suas dificuldades.

      • “aos quais Deus quis fazer conhecer quais são as riquezas da glória deste mistério entre os gentios, que é Cristo em vós, esperança da glória;” Cl 1.27 (ARC)

      • “Tenho-vos dito isso, para que em mim tenhais paz; no mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo; eu venci o mundo.” Jo 16.33 (ARC)

      • “Por isso, não desfalecemos; mas, ainda que o nosso homem exterior se corrompa, o interior, contudo, se renova de dia em dia. Porque a nossa leve e momentânea tribulação produz para nós um peso eterno de glória mui excelente, não atentando nós nas coisas que se veem, mas nas que se não veem; porque as que se veem são temporais, e as que se não veem são eternas.” 2 Co 4.16-18 (ARC)

      • “Porque para mim tenho por certo que as aflições deste tempo presente não são para comparar com a glória que em nós há de ser revelada.” Rm 8.18 (ARC)

      • “Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, que, segundo a sua grande misericórdia, nos gerou de novo para uma viva esperança, pela ressurreição de Jesus Cristo dentre os mortos, para uma herança incorruptível, incontaminável e que se não pode murchar, guardada nos céus para vós que, mediante a fé, estais guardados na virtude de Deus, para a salvação já prestes para se revelar no último tempo, em que vós grandemente vos alegrais, ainda que agora importa, sendo necessário, que estejais por um pouco contristados com várias tentações, para que a prova da vossa fé, muito mais preciosa do que o ouro que perece e é provado pelo fogo, se ache em louvor, e honra, e glória na revelação de Jesus Cristo; ao qual, não o havendo visto, amais; no qual, não o vendo agora, mas crendo, vos alegrais com gozo inefável e glorioso, alcançando o fim da vossa fé, a salvação da alma.” 1 Pe 1.3-9 (ARC)

SÍNTESE DO TÓPICO III

A invasão da Cidade Santa e do Templo trouxe pobreza, fome e matança, deixando Judá arrasada.

DINÂMICA 3 - VERDADES PRÁTICAS (ENCERRAMENTO DE TRIMESTRE)

CONCLUSÃO

  • A experiência do reino de Judá no cativeiro é uma triste lição para todos os crentes.

      • “O severo castigo que Deus impôs ao seu povo do AT, serve de advertência aos crentes de hoje. Se Deus não poupou os ramos naturais, também não poupará aqueles que foram enxertados no seu lugar, caso se conformem com o mundo e com um viver pecaminoso (ver Rm 11.18-25).” (STAMPS, 2006)

  • Quando os “falsos deuses” ocupam o coração de uma pessoa, ela se torna cativa [das consequências] de suas escolhas erradas.

  • Pela misericórdia de Deus, Judá retornou à sua Terra Prometida.

  • Deus ainda usa suas misericórdias para com seu povo.

      • “As misericórdias do Senhor são a causa de não sermos consumidos; porque as suas misericórdias não têm fim. Novas são cada manhã; grande é a tua fidelidade.” Lm 3.22,23 (ARC)

Referências Bibliográficas

BÍBLIA de Estudo Aplicação Pessoal. Rio de Janeiro: CPAD, 2003.

GIBBS, C. B. Os Livros Históricos: da conquista de Canaã ao retorno do exílio. Campinas: Escola de Educação Teológica das Assembleias de Deus, 2014.

POMMERENING, C. I. O Plano de Deus para Israel em meio à Infidelidade da Nação: As Correções e o Ensinamentos Divinos no Período dos Reis de Israel. Rio de Janeiro: CPAD, 3º Trimestre de 2021.

SAYÃO, L. A. (Ed.). Bíblia Brasileira de Estudo. São Paulo: Hagnos, 2016.

STAMPS, D. C. (Ed.). Bíblia de Estudo Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 2006.

WIERSBE, W. W. Comentário Bíblico Wiersbe: Antigo Testamento - A Bíblia Explicada de Maneira Clara e Concisa. Santo André: Geográfica, 2008 .

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