Lição 11 - Lucas-Atos: O Modelo Pentecostal para Hoje (COM DINÂMICAS)

O conteúdo desta página é baseado na Revista Lições Bíblicas (Publicação Trimestral da CPAD – Casa Publicadora das Assembleias de Deus) – 1º Trimestre de 2022 – Adultos – A Supremacia das Escrituras: A Inspirada, Inerrante e Infalível Palavra de Deus – Comentarista Pr. Douglas Baptista. Este material contém trechos principais extraídos da Revista da CPAD (texto em letras maiores e cor preta), além de citações de diversos outros autores devidamente citados (textos em letras menores e cor vermelha). Todas as citações são acompanhadas dos nomes dos seus autores. Ao final deste página contém uma lista de referências bibliográficas utilizada para a composição deste, onde constam os títulos dos livros, publicações e demais obras literárias.

TEXTO ÁUREO

"E todos foram cheios do Espírito Santo e começaram a falar em outras línguas, conforme o Espírito Santo lhes concedia que falassem." At 2.4(ARC)

COMPARE: "Todos ficaram cheios do Espírito Santo e começaram a falar em outras línguas, conforme o Espírito os habilitava." At 2.4 (NVT)

VERDADE PRÁTICA

A atividade do Espírito Santo e suas implicações na vida cristã são o padrão bíblico adotado pelo crente pentecostal.

Segunda - Lc 3.16

O poder de Cristo em batizar no Espírito Santo e com fogo;

Terça - Lc 3.21,22

O Espírito Santo em forma de pomba e uma voz do céu identificam o Messias;

Quarta - At 1.8

A virtude do Espírito capacita o crente para a obra de evangelização;

Quinta - At 2.2,3

Sinais sobrenaturais marcaram o advento do Espírito Santo;

Sexta - At 2.4; 10.46; 19.6

O "falar em línguas" é a evidência física inicial do Batismo no Espírito Santo;

Sábado - At 2.17-20

O derramamento do Espírito Santo permanecerá até o Dia do Senhor.

LIÇÃO 11 COMPLETA COM DINÂMICAS E SLIDES

OBJETIVOS

1º OBJETIVO: Enfatizar a ação do Espírito Santo na vida e ministério de Jesus em Lucas;

2º OBJETIVO: Ressaltar que a manifestação do Espírito Santo no ministério da igreja em Atos é cumprimento da promessa de Deus revelada por intermédio do profeta Joel;

3º OBJETIVO: Apontar que o Batismo no Espírito Santo é uma promessa atual e deve ser buscado por todos os crentes como capacitação para o serviço cristão.

PALAVRA-CHAVE: Espírito

INTRODUÇÃO

  • Lucas-Atos são dois volumes [escritos pelo] médico amado [Lucas];

      • “Saúda-vos Lucas, o médico amado, e Demas.” Cl 4.14 (ARC)

  • Registram que a unção do Espírito que repousava em Jesus, também foi concedida à Igreja.

      • “De sorte que, exaltado pela destra de Deus e tendo recebido do Pai a promessa do Espírito Santo, derramou isto que vós agora vedes e ouvis.” At 2.33 (ARC)

          • COMPARE: “Ele foi exaltado ao lugar de honra, à direita de Deus. E, conforme havia prometido, o Pai lhe deu o Espírito Santo, que ele derramou sobre nós, como vocês estão vendo e ouvindo hoje.” At 2.33 (NVT)

  • Desde o Pentecostes, o derramar do Espírito Santo permanece como modelo para a Igreja de Cristo.

I - O EVANGELHO DE LUCAS: O ESPÍRITO SANTO NO MINISTÉRIO DE CRISTO

  1. O Espírito Santo no Evangelho.

  • [Lucas] enfatiza o papel do Espírito no advento do Messias.

  • A ação do Espírito é percebida:

      • Na vida [de] João Batista;

          • “Mas o anjo lhe disse: Zacarias, não temas, porque a tua oração foi ouvida, e Isabel, tua mulher, dará à luz um filho, e lhe porás o nome de João. E terás prazer e alegria, e muitos se alegrarão no seu nascimento, porque será grande diante do Senhor, e não beberá vinho, nem bebida forte, e será cheio do Espírito Santo, já desde o ventre de sua mãe.” Lc 1.13-15 (ARC)

      • Na vida de Isabel e Zacarias – seus pais;

          • “Mas o anjo lhe disse: Zacarias, não temas, porque a tua oração foi ouvida, e Isabel, tua mulher, dará à luz um filho, e lhe porás o nome de João. [...] E Zacarias, seu pai, foi cheio do Espírito Santo e profetizou, dizendo:” Lc 1.13, 67 (ARC)

      • Na concepção virginal de Maria;

          • “E disse Maria ao anjo: Como se fará isso, visto que não conheço varão? E, respondendo o anjo, disse-lhe: Descerá sobre ti o Espírito Santo, e a virtude do Altíssimo te cobrirá com a sua sombra; pelo que também o Santo, que de ti há de nascer, será chamado Filho de Deus.” Lc 1.34,35 (ARC)

              • COMPARE: “Maria perguntou ao anjo: “Como isso acontecerá? Eu sou virgem!”. O anjo respondeu: “O Espírito Santo virá sobre você, e o poder do Altíssimo a cobrirá com sua sombra. Portanto, o bebê que vai nascer será santo, e será chamado Filho de Deus.” Lc 1.34,35 (NVT)

      • Na vida de Simeão.

          • “Havia em Jerusalém um homem cujo nome era Simeão; e este homem era justo e temente a Deus, esperando a consolação de Israel; e o Espírito Santo estava sobre ele. E fora-lhe revelado pelo Espírito Santo que ele não morreria antes de ter visto o Cristo do Senhor. E, pelo Espírito, foi ao templo e, quando os pais trouxeram o menino Jesus, para com ele procederem segundo o uso da lei, ele, então, o tomou em seus braços, e louvou a Deus, e disse: Agora, Senhor, podes despedir em paz o teu servo, segundo a tua palavra, pois já os meus olhos viram a tua salvação, a qual tu preparaste perante a face de todos os povos, luz para alumiar as nações e para glória de teu povo Israel.” Lc 2.25-32 (ARC)

              • COMPARE: “Naquela época, vivia em Jerusalém um homem chamado Simeão. Ele era justo e devoto, e esperava ansiosamente pela restauração de Israel. O Espírito Santo estava sobre ele e lhe havia revelado que ele não morreria enquanto não visse o Cristo enviado pelo Senhor. Nesse dia, o Espírito o conduziu ao templo. Assim, quando Maria e José chegaram para apresentar o menino Jesus ao Senhor, como a lei exigia, Simeão tomou a criança nos braços e louvou a Deus, dizendo: “Soberano Deus, agora podes levar em paz o teu servo, como prometeste. Vi a tua salvação, que preparaste para todos os povos. Ele é uma luz de revelação às nações e é a glória do teu povo, Israel!”.” Lc 2.25-32 (NVT)

  • O Evangelho ainda ressalta o poder de Cristo em batizar no Espírito Santo e com fogo.

      • “respondeu João a todos, dizendo: Eu, na verdade, batizo-vos com água, mas eis que vem aquele que é mais poderoso do que eu, a quem eu não sou digno de desatar a correia das sandálias; este vos batizará com o Espírito Santo e com fogo.” Lc 3.16 (ARC)


  1. O Espírito Santo e o batismo de Cristo.

  • Ao descrever o batismo de Jesus [...] Lucas informa que [...] o Espírito Santo desceu sobre Ele em forma de pomba.

      • “E aconteceu que, como todo o povo se batizava, sendo batizado também Jesus, orando ele, o céu se abriu, e o Espírito Santo desceu sobre ele em forma corpórea, como uma pomba; e ouviu-se uma voz do céu, que dizia: Tu és meu Filho amado; em ti me tenho comprazido.” Lc 3.21,22 (ARC)

      • “Jesus foi batizado em águas por João Batista com a idade de “quase trinta anos” (Lc 3.23), a mesma com que os levitas iniciavam o ministério (Nm 4.3, 35). Jesus não precisava arrepender-se de pecado algum (1 Pe 2.22), mas submeteu-se ao batismo em águas para “cumprir toda a justiça” (Mt 3.15).” (BAPTISTA, 2022)

      • “Ao descrever o batismo no Jordão, Lucas informa que, estando o Senhor em oração, ocorreram três eventos extraordinários: (a) o céu se abriu (Lc 3.21); (b) o Espírito Santo desceu sobre Ele em forma de pomba (Lc 3.22a); e (c) ouviu-se uma voz vindo do céu que estava aberto (Lc 3.22b). A abertura do céu significa que se segue uma revelação da parte de Deus. A expressão “forma corpórea, como pomba” enfatiza que a descida do Espírito Santo foi uma coisa real, não ilusão visionária. E, todos testemunharam a voz do céu que dizia a Jesus: “Tu és meu Filho amado” (Lc 3.22b).” (BAPTISTA, 2022)

  • O evento da descida do Espírito [...tinha] como propósito marcar o início do ministério público de Jesus.

      • “E Jesus, cheio do Espírito Santo, voltou do Jordão e foi levado pelo Espírito ao deserto. [...] Então, pela virtude do Espírito, voltou Jesus para a Galileia, e a sua fama correu por todas as terras em derredor. [...] E foi-lhe dado o livro do profeta Isaías; e, quando abriu o livro, achou o lugar em que estava escrito: O Espírito do Senhor é sobre mim, pois que me ungiu para evangelizar os pobres, enviou-me a curar os quebrantados do coração, a apregoar liberdade aos cativos, a dar vista aos cegos, a pôr em liberdade os oprimidos, a anunciar o ano aceitável do Senhor. E, cerrando o livro e tornando a dá-lo ao ministro, assentou-se; e os olhos de todos na sinagoga estavam fitos nele. Então, começou a dizer-lhes: Hoje se cumpriu esta Escritura em vossos ouvidos.” Lc 4.1,14,17-21 (ARC)

  • Também serviram como sinal para João Batista confirmar que Jesus era o Cristo.

      • “E João testificou, dizendo: Eu vi o Espírito descer do céu como uma pomba e repousar sobre ele. E eu não o conhecia, mas o que me mandou a batizar com água, esse me disse: Sobre aquele que vires descer o Espírito e sobre ele repousar, esse é o que batiza com o Espírito Santo.” Jo 1.31,32 (ARC)

          • COMPARE: “Então João deu o seguinte testemunho: “Vi o Espírito Santo descer do céu na forma de uma pomba e permanecer sobre ele. Eu não sabia quem ele era, mas, quando Deus me enviou para batizar com água, disse-me: ‘Aquele sobre o qual você vir o Espírito descer e permanecer, esse é o que batizará com o Espírito Santo’.” Jo 1.31,32 (NVT)


  1. O Espírito Santo e a tentação de Cristo.

  • Jesus foi impelido pelo Espírito ao deserto, e lá foi tentado pelo Diabo durante quarenta dias.

      • “E Jesus, cheio do Espírito Santo, voltou do Jordão e foi levado pelo Espírito ao deserto. E quarenta dias foi tentado pelo diabo, e, naqueles dias, não comeu coisa alguma, e, terminados eles, teve fome.” Lc 4.1,2 (ARC)

          • COMPARE: “Jesus, cheio do Espírito Santo, voltou do rio Jordão e foi conduzido pelo Espírito no deserto, onde foi tentado pelo diabo durante quarenta dias. Não comeu nada durante todo esse tempo, e teve fome.” Lc 4.1,2 (NVT)

      • “Depois de receber a unção do Espírito para o exercício público de sua messianidade, Jesus foi submetido a um severo teste de fidelidade para com o Pai. A articulação das trevas focou na frase dita por Deus a Jesus: “Tu és meu Filho amado” (Lc 3.22). Não somente uma vez, mas duas vezes o Diabo desafiou Jesus com respeito a essa declaração: “Se tu és o Filho de Deus [faz isso... faz aquilo]” (Lc 4.3,9).” (BAPTISTA, 2022)

  • Nesse período, manteve a comunhão com o Pai, e se fortaleceu por meio da oração e do jejum.

      • “E quarenta dias foi tentado pelo diabo, e, naqueles dias, não comeu coisa alguma, e, terminados eles, teve fome.” Lc 4.2 (ARC)

  • Ele [Jesus] estava capacitado para cumprir o seu ministério.

  • Cristo venceu o Diabo pelo poder do Espírito e da Palavra de Deus.

      • “E Jesus lhe respondeu, dizendo: Escrito está que nem só de pão viverá o homem, mas de toda palavra de Deus. [...] E Jesus, respondendo, disse-lhe: Vai-te, Satanás, porque está escrito: Adorarás o Senhor, teu Deus, e só a ele servirás. [...] E Jesus, respondendo, disse-lhe: Dito está: Não tentarás ao Senhor, teu Deus. E, acabando o diabo toda a tentação, ausentou-se dele por algum tempo.” Lc 4.4,8,12,13 (ARC)

          • COMPARE: “Jesus, porém, respondeu: “As Escrituras dizem: ‘Uma pessoa não vive só de pão’”. [...] Jesus respondeu: “As Escrituras dizem: ‘Adore o Senhor, seu Deus, e sirva somente a ele’”. [...] Jesus respondeu: “As Escrituras dizem: ‘Não ponha à prova o Senhor, seu Deus’”. Quando o diabo terminou de tentar Jesus, deixou-o até que surgisse outra oportunidade.” Lc 4.4,8,12,13 (NVT)


  1. O Espírito Santo e a missão de Cristo.

  • Vencida a tentação no deserto, Jesus voltou à Galileia, conduzido pelo Espírito.

      • “Então, pela virtude do Espírito, voltou Jesus para a Galileia, e a sua fama correu por todas as terras em derredor.” Lc 4.14 (ARC)

          • COMPARE: “Então Jesus, cheio do poder do Espírito, voltou para a Galileia. Relatos a seu respeito se espalharam rapidamente por toda a região.” Lc 4.14 (NVT)

  • Na sinagoga, ao abrir o rolo de Isaías, leu a passagem que dizia:

      • “E foi-lhe dado o livro do profeta Isaías; e, quando abriu o livro, achou o lugar em que estava escrito: O Espírito do Senhor é sobre mim, pois que me ungiu para evangelizar os pobres, enviou-me a curar os quebrantados do coração, a apregoar liberdade aos cativos, a dar vista aos cegos, a pôr em liberdade os oprimidos, a anunciar o ano aceitável do Senhor.” Lc 4.17-19 (ARC)

      • “O Espírito do Senhor Jeová está sobre mim, porque o Senhor me ungiu para pregar boas-novas aos mansos; enviou-me a restaurar os contritos de coração, a proclamar liberdade aos cativos e a abertura de prisão aos presos; a apregoar o ano aceitável do Senhor e o dia da vingança do nosso Deus; a consolar todos os tristes;” Is 61.1,2 (ARC)

  • Aqui, o Senhor declara que a unção do Espírito qualifica seu ministério para evangelizar, curar, libertar e restaurar os pecadores

  • Ao terminar a leitura, o Senhor afirmou: “hoje se cumpriu esta Escritura”.

      • “Então, começou a dizer-lhes: Hoje se cumpriu esta Escritura em vossos ouvidos.” Lc 4.21 (ARC)

          • COMPARE: “Então ele começou a dizer: “Hoje se cumpriram as Escrituras que vocês acabaram de ouvir”.” Lc 4.21 (NVT)

SINÓPSE I

A unção do Espírito Santo esteve presente na vida e ministério do Senhor Jesus, capacitando-o a cumprir a missão para a qual Deus Pai o havia enviado.

DINÂMICA 1

II - ATOS DOS APÓSTOLOS: O ESPÍRITO SANTO NO MINISTÉRIO DA IGREJA

  1. O Espírito Santo em Atos.

  • Jesus instruiu os discípulos a esperarem o revestimento de poder do alto.

      • “E eis que sobre vós envio a promessa de meu Pai; ficai, porém, na cidade de Jerusalém, até que do alto sejais revestidos de poder.” Lc 24.49 (ARC)

      • “E, estando com eles, determinou-lhes que não se ausentassem de Jerusalém, mas que esperassem a promessa do Pai, que (disse ele) de mim ouvistes.” At 1.4 (ARC)

  • O derramamento do Espírito era a capacitação necessária para a evangelização dos povos.

      • “Mas recebereis a virtude do Espírito Santo, que há de vir sobre vós; e ser-me-eis testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judeia e Samaria e até aos confins da terra.” At 1.8 (ARC)

          • COMPARE: “Vocês receberão poder quando o Espírito Santo descer sobre vocês, e serão minhas testemunhas em toda parte: em Jerusalém, em toda a Judeia, em Samaria e nos lugares mais distantes da terra.” At 1.8 (NVT)

      • “A palavra “virtude” ou “poder” significa “ser capaz” ou “ter força”. A promessa não era de poder político, mas de poder que procede da parte de Deus. A atribuição de testemunhar de Jesus não poderia ser executada por esforços humanos, os seguidores de Cristo deveriam aguardar o derramamento do poder do Espírito.” (BAPTISTA, 2022)

      • “Batismo no Espírito Santo é PODER para TESTIFICAR. Enquanto houver um pecador na terra, eu preciso testificar de Cristo diante dele; para testificar, eu preciso de PODER; e poder só me virá pelo Espírito Santo. Logo, se eu quero realizar um trabalho efetivo no Reino de Deus, eu necessito de ser cheio do Espírito.” (TOGNINI, 1986)

      • “O batismo no Espírito Santo habilita os crentes a testemunharem efetivamente de Cristo, inclusive nas circunstâncias mais difíceis e perigosas.” (SOUZA, 2016)

  • Cerca de 120 discípulos voltaram a Jerusalém e, em oração, aguardaram o revestimento de poder.

      • “Então, voltaram para Jerusalém, do monte chamado das Oliveiras, o qual está perto de Jerusalém, à distância do caminho de um sábado. E, entrando, subiram ao cenáculo, onde habitavam Pedro e Tiago, João e André, Filipe e Tomé, Bartolomeu e Mateus, Tiago, filho de Alfeu, Simão, o Zelote, e Judas, filho de Tiago. Todos estes perseveravam unanimemente em oração e súplicas, com as mulheres, e Maria, mãe de Jesus, e com seus irmãos. E, naqueles dias, levantando-se Pedro no meio dos discípulos (ora a multidão junta era de quase cento e vinte pessoas), disse:” At 1.12-15 (ARC)

          • COMPARE: “Então voltaram do monte das Oliveiras para Jerusalém, cerca de um quilômetro de distância. Quando chegaram, subiram à sala no andar superior da casa onde estavam hospedados. Estavam ali Pedro, João, Tiago, André, Filipe, Tomé, Bartolomeu, Mateus, Tiago, filho de Alfeu, Simão, o zelote, e Judas, filho de Tiago. Todos eles se reuniam em oração com um só propósito, acompanhados de algumas mulheres e também de Maria, mãe de Jesus, e os irmãos dele. Por esse tempo, quando cerca de 120 discípulos estavam reunidos num só lugar, Pedro se levantou e disse:” At 1.12-15 (NVT)

  • Trata-se da continuação da obra de Jesus por meio dos discípulos capacitados pelo Espírito Santo.

      • “Na verdade, na verdade vos digo que aquele que crê em mim também fará as obras que eu faço e as fará maiores do que estas, porque eu vou para meu Pai. [...] E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolador, para que fique convosco para sempre, o Espírito da verdade, que o mundo não pode receber, porque não o vê, nem o conhece; mas vós o conheceis, porque habita convosco e estará em vós.” Jo 14.12,16,17 (ARC)


  1. A promessa cumprida no Pentecostes.

  • O batismo no Espírito Santo remonta a profecia de Joel.

      • “E há de ser que, depois, derramarei o meu Espírito sobre toda a carne, e vossos filhos e vossas filhas profetizarão, os vossos velhos terão sonhos, os vossos jovens terão visões.” Jl 2.28 (ARC)

          • COMPARE: ““E, depois disso, derramarei do meu Espírito sobre todos os povos. Os seus filhos e as suas filhas profetizarão, os velhos terão sonhos, os jovens terão visões.” Jl 2.28 (NVI)

  • Cristo a ratificou como sendo “a promessa do Pai”.

      • “E, estando com eles, determinou-lhes que não se ausentassem de Jerusalém, mas que esperassem a promessa do Pai, que (disse ele) de mim ouvistes.” At 1.4 (ARC)

          • COMPARE: “Certa ocasião, enquanto comia com eles, deu-lhes esta ordem: “Não saiam de Jerusalém, mas esperem pela promessa de meu Pai, da qual falei a vocês.” At 1.4 (NVT)

      • “o batismo no Espírito Santo é um revestimento de poder do alto, uma promessa divina aos salvos, uma experiência espiritual.” (Declaração de Fé das Assembleias de Deus, 2017)

      • “O que na linguagem de Lucas é identificado como “batizar no Espírito Santo” é descrito de diversas maneiras: “a promessa do Pai” (At 1.4) ou “do meu Pai” e o “revestimento de poder” ou “poder do alto” (Lc 24.49), e ainda “dom do Espírito Santo” (At 2.38; 10.45) e “virtude do Espírito Santo” (At 1.8).” (SOARES, 2020)

  • O cumprimento se deu no dia de Pentecostes:

      • “Cumprindo-se o dia de Pentecostes, estavam todos reunidos no mesmo lugar; e, de repente, veio do céu um som, como de um vento veemente e impetuoso, e encheu toda a casa em que estavam assentados. E foram vistas por eles línguas repartidas, como que de fogo, as quais pousaram sobre cada um deles. E todos foram cheios do Espírito Santo e começaram a falar em outras línguas, conforme o Espírito Santo lhes concedia que falassem. [...] Estes homens não estão embriagados, como vós pensais, sendo esta a terceira hora do dia. Mas isto é o que foi dito pelo profeta Joel: E nos últimos dias acontecerá, diz Deus, que do meu Espírito derramarei sobre toda a carne; e os vossos filhos e as vossas filhas profetizarão, os vossos jovens terão visões, e os vossos velhos sonharão sonhos;” At 2.1-4; 15-17 (ARC)

          • COMPARE: “Chegando o dia de Pentecoste, estavam todos reunidos num só lugar. De repente veio do céu um som, como de um vento muito forte, e encheu toda a casa na qual estavam assentados. E viram o que parecia línguas de fogo, que se separaram e pousaram sobre cada um deles. Todos ficaram cheios do Espírito Santo e começaram a falar noutras línguas, conforme o Espírito os capacitava. [...] estes homens não estão bêbados, como vocês supõem. Ainda são nove horas da manhã! Ao contrário, isto é o que foi predito pelo profeta Joel: “ ‘Nos últimos dias, diz Deus, derramarei do meu Espírito sobre todos os povos. Os seus filhos e as suas filhas profetizarão, os jovens terão visões, os velhos terão sonhos.” At 2.1-4; 15-17 (NVI)

  • Sinais sobrenaturais marcaram o advento do Espírito Santo:

      • Os discípulos [...] falaram em outras línguas;

          • “E todos foram cheios do Espírito Santo e começaram a falar em outras línguas, conforme o Espírito Santo lhes concedia que falassem.” At 2.4 (ARC)

              • COMPARE: “Todos ficaram cheios do Espírito Santo e começaram a falar em outras línguas, conforme o Espírito os habilitava.” At 2.4 (NVT)

      • o “som como de um vento”;

          • “e, de repente, veio do céu um som, como de um vento veemente e impetuoso, e encheu toda a casa em que estavam assentados.” At 2.2 (ARC)

              • COMPARE: “De repente, veio do céu um som como o de um poderoso vendaval e encheu a casa onde estavam sentados.” At 2.2 (NVT)

      • as “línguas como que de fogo”.

          • “E foram vistas por eles línguas repartidas, como que de fogo, as quais pousaram sobre cada um deles.” At 2.3 (ARC)

              • COMPARE: “Então surgiu algo semelhante a chamas ou línguas de fogo que pousaram sobre cada um deles.” At 2.3 (NVT)

  • Somente o falar em línguas se repetiria nos demais registros de Atos.

      • “E, dizendo Pedro ainda estas palavras, caiu o Espírito Santo sobre todos os que ouviam a palavra. E os fiéis que eram da circuncisão, todos quantos tinham vindo com Pedro, maravilharam-se de que o dom do Espírito Santo se derramasse também sobre os gentios. Porque os ouviam falar em línguas e magnificar a Deus.” At 10.44-46 (ARC)

      • “E, impondo-lhes Paulo as mãos, veio sobre eles o Espírito Santo; e falavam línguas e profetizavam.” At 19.6 (ARC)

      • “Os relatos posteriores de enchimento com o Espírito em Atos não sugerem que o som do vento e as línguas de fogo ocorrem de novo. Estes sinais são introdutórios, somente para aquela ocasião. O sinal constante e recorrente da plenitude do Espírito em Atos é falar em outras línguas (At 10.46; 19-6).” (ARRINGTON e STRONSTAD, 2006)

  • [...] os discípulos começaram a pregar pelo poder do Espírito. Muitas maravilhas e sinais eram operados, e as almas eram alcançadas.

      • “Em cada alma havia temor, e muitas maravilhas e sinais se faziam pelos apóstolos. [...] louvando a Deus e caindo na graça de todo o povo. E todos os dias acrescentava o Senhor à igreja aqueles que se haviam de salvar.” At 2.43,47 (ARC)


  1. A expansão da Igreja Primitiva.

  • O poder do Espírito capacitou os crentes para o serviço cristão.

      • “Essa benção (do batismo no Espírito) transformou os discípulos covardes e negadores – em fiéis testemunhas do Senhor Crucificado. Tirou-os detrás das portas fechadas e os trouxe para linha de frente do campo de batalha e, nada mais os intimidou: nem ameaças das autoridades dos judeus, nem prisões, nem açoites e nem a própria morte.” (TOGNINI, 1986)

  • Já no primeiro sermão, Pedro anunciou Cristo [...] e quase 3.000 almas se converteram.

      • “Pedro, porém, pondo-se em pé com os onze, levantou a voz e disse-lhes: Varões judeus e todos os que habitais em Jerusalém, seja-vos isto notório, e escutai as minhas palavras. [...] Saiba, pois, com certeza, toda a casa de Israel que a esse Jesus, a quem vós crucificastes, Deus o fez Senhor e Cristo. [...] E disse-lhes Pedro: Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo para perdão dos pecados, e recebereis o dom do Espírito Santo. [...] De sorte que foram batizados os que de bom grado receberam a sua palavra; e, naquele dia, agregaram-se quase três mil almas.” At 2.14,36,38,41 (ARC)

          • COMPARE: “Então Pedro deu um passo à frente com os onze apóstolos e dirigiu-se em alta voz à multidão: “Ouçam com atenção, todos vocês, povo da Judeia e habitantes de Jerusalém! Escutem o que lhes digo! [...] Portanto, saibam com certeza todos em Israel que a esse Jesus, que vocês crucificaram, Deus fez Senhor e Cristo! [...] Pedro respondeu: “Vocês devem se arrepender, para o perdão de seus pecados, e cada um deve ser batizado em nome de Jesus Cristo. Então receberão a dádiva do Espírito Santo. [...] Os que acreditaram nas palavras de Pedro foram batizados, e naquele dia houve um acréscimo de cerca de três mil pessoas.” At 2.14,36,38,41 (NVT)

  • Após a cura do coxo à porta do Templo, e a ministração da Palavra, quase 5.000 se renderam ao Senhor.

      • “E, saltando ele, pôs-se em pé, e andou, e entrou com eles no templo, andando, e saltando, e louvando a Deus. [...] E, quando Pedro viu isto, disse ao povo: Varões israelitas, por que vos maravilhais disto? Ou, por que olhais tanto para nós, como se por nossa própria virtude ou santidade fizéssemos andar este homem? [...] Arrependei-vos, pois, e convertei-vos, para que sejam apagados os vossos pecados, e venham, assim, os tempos do refrigério pela presença do Senhor. [...] Muitos, porém, dos que ouviram a palavra creram, e chegou o número desses homens a quase cinco mil.” At 3.8,12,19; 4.4 (ARC)

          • COMPARE: “De um salto, ele se levantou e começou a andar. Em seguida, caminhando, saltando e louvando a Deus, entrou no templo com eles. [...] Pedro, percebendo o que ocorria, dirigiu-se à multidão. “Povo de Israel, por que ficam surpresos com isso?”, disse ele. “Por que olham para nós como se tivéssemos feito este homem andar por nosso próprio poder ou devoção? [...] Agora, arrependam-se e voltem-se para Deus, para que seus pecados sejam apagados. [...] Muitos que tinham ouvido a mensagem creram, totalizando, agora, cerca de cinco mil homens.” At 3.8,12,19; 4.4 (NVT)

  • Felipe, na virtude do Espírito, pregou em Samaria, e vidas foram salvas.

      • “E, descendo Filipe à cidade de Samaria, lhes pregava a Cristo. E as multidões unanimemente prestavam atenção ao que Filipe dizia, porque ouviam e viam os sinais que ele fazia, pois que os espíritos imundos saíam de muitos que os tinham, clamando em alta voz; e muitos paralíticos e coxos eram curados. E havia grande alegria naquela cidade. E estava ali um certo homem chamado Simão, que anteriormente exercera naquela cidade a arte mágica e tinha iludido a gente de Samaria, dizendo que era uma grande personagem; ao qual todos atendiam, desde o mais pequeno até ao maior, dizendo: Este é a grande virtude de Deus. E atendiam-no a ele, porque já desde muito tempo os havia iludido com artes mágicas. Mas, como cressem em Filipe, que lhes pregava acerca do Reino de Deus e do nome de Jesus Cristo, se batizavam, tanto homens como mulheres. E creu até o próprio Simão; e, sendo batizado, ficou, de contínuo, com Filipe e, vendo os sinais e as grandes maravilhas que se faziam, estava atônito.” At 8.5-13 (ARC)

          • COMPARE: “Filipe foi para a cidade de Samaria e ali falou ao povo sobre o Cristo. Quando as multidões ouviram sua mensagem e viram os sinais que ele realizava, deram total atenção às suas palavras. Muitos espíritos impuros eram expulsos e, aos gritos, deixavam suas vítimas, e muitos paralíticos e aleijados eram curados. Por isso, houve grande alegria naquela cidade. Um homem chamado Simão praticava feitiçaria ali havia anos. Ele deixava o povo de Samaria admirado, e afirmava ser alguém importante. Todos, dos mais simples aos mais importantes, se referiam a ele como “o Grande Poder de Deus”. Ouviam-no com atenção, pois, durante muito tempo, ele os tinha deixado admirados com sua magia. No entanto, quando Filipe lhes levou a mensagem sobre as boas-novas do reino de Deus e sobre o nome de Jesus Cristo, eles creram e, como resultado, muitos homens e mulheres foram batizados. O próprio Simão creu e foi batizado. Começou a seguir Filipe por toda parte, admirando-se dos sinais e milagres que ele realizava.” At 8.5-13 (ARC)

  • Paulo, cheio do Espírito, alvoroçou o mundo, e milhares de almas foram salvas e curadas pela pregação do Evangelho.

      • “Disse-lhe, porém, o Senhor: Vai, porque este é para mim um vaso escolhido para levar o meu nome diante dos gentios, e dos reis, e dos filhos de Israel. [...] E Ananias foi, e entrou na casa, e, impondo-lhe as mãos, disse: Irmão Saulo, o Senhor Jesus, que te apareceu no caminho por onde vinhas, me enviou, para que tornes a ver e sejas cheio do Espírito Santo. [...] Porém, não os achando [Paulo e Silas], trouxeram Jasom e alguns irmãos à presença dos magistrados da cidade, clamando: Estes que têm alvoroçado o mundo chegaram também aqui, [...] E durou isto por espaço de dois anos, de tal maneira que todos os que habitavam na Ásia ouviram a palavra do Senhor Jesus, tanto judeus como gregos. [...] Temos achado que este homem [Paulo] é uma peste e promotor de sedições entre todos os judeus, por todo o mundo, e o principal defensor da seita dos nazarenos;” At 9.15,17; 17.6; 19.10; 24.5 (ARC)

          • COMPARE: “O Senhor, no entanto, disse: “Vá, pois Saulo é o instrumento que escolhi para levar minha mensagem aos gentios e aos reis, bem como ao povo de Israel. [...] Ananias foi e encontrou Saulo. Ao impor as mãos sobre ele, disse: “Irmão Saulo, o Senhor Jesus, que lhe apareceu no caminho para cá, me enviou para que você volte a enxergar e fique cheio do Espírito Santo”. [...] como não os encontraram [Paulo e Silas], arrastaram para fora Jasom e alguns outros irmãos e os levaram diante do conselho. Gritavam: “Aqueles que têm causado transtornos no mundo todo agora estão aqui, perturbando nossa cidade, [...] Isso continuou durante os dois anos seguintes, e gente de toda a província da Ásia, tanto judeus como gregos, ouviu a palavra do Senhor. [...] Constatamos que este homem [Paulo] é um perturbador, que vive causando tumultos entre os judeus de todo o mundo. É o principal líder da seita conhecida como os Nazarenos.” At 9.15,17; 17.6; 19.10; 24.5 (NVT)

  • Esses relatos demonstram a ação do Espírito Santo na propagação do Reino de Deus.

SINÓPSE II

A manifestação do Espírito Santo em Atos dos Apóstolos revela a inauguração da história da Igreja como agência de Cristo.

DINÂMICA 2

III - UM MODELO PENTECOSTAL PARA A IGREJA DE NOSSOS DIAS

  1. O revestimento de poder do alto.

  • Essa promessa está em vigor para todos os salvos, em todas as épocas.

      • “E disse-lhes Pedro: Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo para perdão dos pecados, e recebereis o dom do Espírito Santo. Porque a promessa vos diz respeito a vós, a vossos filhos e a todos os que estão longe: a tantos quantos Deus, nosso Senhor, chamar.” At 2.38,39 (ARC)

          • COMPARE: “Pedro respondeu: “Vocês devem se arrepender, e cada um deve ser batizado em nome de Jesus Cristo, para o perdão de seus pecados. Então receberão a dádiva do Espírito Santo. Essa promessa é para vocês, para seus filhos e para os que estão longe, isto é, para todos que forem chamados pelo Senhor, nosso Deus”.” At 2.38,39 (NVT)

      • “O batismo com o Espírito Santo é para quem já é salvo. Os discípulos, ao serem batizados no dia de Pentecostes, já tinham os seus nomes escritos no céu (Lc 10.20); já eram limpos diante de Deus (Jo 15.3); já tinham em si vida espiritual, assim como o galho da videira está unido ao seu tronco (Jo 15.4,5,16); já tinham sido por Cristo enviados para o seu trabalho, dotados de poder divino (M t 10.1; Lc 9.1,2; 10.19).” (GILBERTO, ANDRADE, et al., 2008)

      • “A luz da Palavra de Deus, o batismo com o Espírito Santo é para pessoas de qualquer nação ou “toda carne” (At 2.17); de ambos os sexos ou “filhos e filhas” (At 2.17); de qualquer idade ou “vossos mancebos e vossos velhos” (At 2.17); de qualquer camada social ou “os meus servos e as minhas servas” (At 2.18).” (GILBERTO, ANDRADE, et al., 2008)

      • “A promessa do Espírito Santo não pertence somente aos apóstolos, à igreja primitiva ou a uns poucos escolhidos nos séculos subseqüentes. Pelo contrário, constitui o dom comum a todos os crentes em Jesus, grandes e pequenos, até o fim dos séculos... Não há dom que ele mais deseje outorgar aos seus que este divino batismo... O batismo é a mais nobre bênção cristã, e é de fato insubstituível.” (RIGGS, 1981)

      • “A promessa do Pai, feita a Jesus, cobriria o tempo e o espaço. Ela "diz respeito a vós, a vossos filhos e a todos os que estão longe: a tantos quantos Deus, nosso Senhor, chamar". Estas palavras, proferidas pelo apóstolo Pedro no dia de Pentecoste, mostram a abrangência da promessa:

O batismo com o Espírito Santo seria para a geração dos primórdios da Igreja ("... a vós").

O batismo com o Espírito Santo seria também para a geração de crentes e pregadores que viria depois ("... a vossos filhos").

O batismo com o Espírito Santo seria também outorgado aos que estavam distantes, geográfica e cronologicamente ("... a todos os que estão longe").


O batismo com o Espírito Santo poderia ser desfrutado por todos os que cressem e obuscassem ("... a tantos quantos Deus, nosso Senhor, chamar").” (SILVA, 1996)

  • A experiência pode ocorrer junto ou após à regeneração.

      • “os quais, tendo descido, oraram por eles para que recebessem o Espírito Santo. (Porque sobre nenhum deles tinha ainda descido, mas somente eram batizados em nome do Senhor Jesus. Então, lhes impuseram as mãos, e receberam o Espírito Santo.” At 8.15-17 (ARC)

          • COMPARE: “Assim que os dois chegaram, oraram para que aqueles convertidos recebessem o Espírito Santo, pois, apesar de terem sido batizados em nome do Senhor Jesus, o Espírito Santo ainda não havia descido sobre nenhum deles. Então Pedro e João impuseram as mãos sobre eles, e receberam o Espírito Santo.” At 8.15-17 (NVT)

      • “E, dizendo Pedro ainda estas palavras, caiu o Espírito Santo sobre todos os que ouviam a palavra. E os fiéis que eram da circuncisão, todos quantos tinham vindo com Pedro, maravilharam-se de que o dom do Espírito Santo se derramasse também sobre os gentios. Porque os ouviam falar em línguas e magnificar a Deus.” At 10.44-46 (ARC)

          • COMPARE: “Enquanto Pedro ainda falava, o Espírito Santo desceu sobre todos que ouviam a mensagem. Os discípulos judeus que acompanhavam Pedro ficaram admirados de que o dom do Espírito Santo também fosse derramado sobre os gentios, pois os ouviram falar em outras línguas e louvar a Deus.” At 10.44-46 (NVT)

  • No Pentecostes, os discípulos já tinham o Espírito Santo.

      • “E, havendo dito isso, assoprou sobre eles e disse-lhes: Recebei o Espírito Santo.” Jo 20.22 (ARC)

  • Todo salvo em Jesus recebe o Espírito Santo na conversão.

      • “Só quisera saber isto de vós: recebestes o Espírito pelas obras da lei ou pela pregação da fé?” Gl 3.2 (ARC)

          • COMPARE: “Deixem-me perguntar apenas uma coisa: vocês receberam o Espírito porque obedeceram à lei ou porque creram na mensagem que ouviram?” Gl 3.2 (NVT)

      • “Não há crente que não tenha o Espírito Santo. E se não tem o Espírito Santo, não é crente.” (TOGNINI, 1986)

  • O batismo no Espírito Santo é algo distinto do Novo Nascimento.

      • “O batismo com o Espírito não salva ou faz da pessoa um membro da família de Deus; antes, é uma unção subsequente, um enchimento que equipa com poder para servir.” (ARRINGTON e STRONSTAD, 2006)

      • “o Espírito passa a habitar em todos os crentes no momento de seu arrependimento e da fé em Cristo. Assim, o batismo no Espírito é uma obra adicional do já presente Espírito Santo.” (PALMA, 2002)

      • “[o batismo no Espírito Santo] trata-se de uma experiência espiritual do crente com o Espírito de Deus separada da conversão, na qual ele “entra em uma nova fase em relação ao Espírito”;” (SOARES, 2020)

      • “Uma coisa é o crente ter o Espírito Santo, e a outra bem diferente é o crentes estar CHEIO do Espírito Santo.” (TOGNINI, 1986)

      • “São duas etapas da mesma vida cristã: na primeira, o pecador recebe a habitação do Espírito no seu coração e passa, portanto, a ‘possuir’ o Espírito. Na segunda, porém, é o inverso: é o Espírito que deve possuir o crente. Na primeira é conversão, na segunda batismo no Espírito Santo.” (TOGNINI, 1986)

  • [O batismo no Espírito santo] significa o recebimento de poder espiritual:

      • para realizar a obra da expansão do Evangelho;

          • “Mas recebereis a virtude do Espírito Santo, que há de vir sobre vós; e ser-me-eis testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judeia e Samaria e até aos confins da terra.” At 1.8 (ARC)

              • COMPARE: “Vocês receberão poder quando o Espírito Santo descer sobre vocês, e serão minhas testemunhas em toda parte: em Jerusalém, em toda a Judeia, em Samaria e nos lugares mais distantes da terra”.” At 1.8 (NVT)

          • “o batismo no Espírito é dado ao crente como fonte de poder para o testemunho eficaz acerca da Palavra de Deus — as Boas-Novas da salvação.” (BAPTISTA, 2022)

      • para uma vida cristã vitoriosa;

          • “E Estêvão, cheio de fé e de poder, fazia prodígios e grandes sinais entre o povo. E levantaram-se alguns que eram da sinagoga chamada dos Libertos, e dos cireneus, e dos alexandrinos, e dos que eram da Cilícia e da Ásia, e disputavam com Estêvão. E não podiam resistir à sabedoria e ao Espírito com que falava.” At 6.8-10 (ARC)

              • COMPARE: “Estêvão, homem cheio de graça e poder, realizava milagres e sinais entre o povo. Um dia, porém, alguns homens da chamada Sinagoga dos Escravos Libertos começaram a discutir com ele. Eram judeus de Cirene, de Alexandria, da Cilícia e da província da Ásia. Nenhum deles era capaz de resistir à sabedoria e ao Espírito pelo qual Estêvão falava.” At 6.8-10 (NVT)

      • e adoração mais profunda.

          • “Que fareis, pois, irmãos? Quando vos ajuntais, cada um de vós tem salmo, tem doutrina, tem revelação, tem língua, tem interpretação. Faça-se tudo para edificação.” 1 Co 14.26 (ARC)

              • COMPARE: “Pois bem, irmãos, o que fazer, então? Quando vocês se reunirem, um cantará, o outro ensinará, o outro revelará, um falará em línguas e outro interpretará o que for dito. Tudo que for feito, porém, deverá fortalecer a todos.” 1 Co 14.26 (NVT)

      • “O que é o batismo com o Espírito. É um revestimento e derramamento de poder do Alto, com a evidência física inicial de línguas estranhas, conforme o Espírito Santo concede, pela instrumentalidade do Senhor Jesus, para o ingresso do crente numa vida de mais profunda adoração e eficiente serviço para Deus (Lc 24.49; At 1.8; 10.46.1 Co 14.15,26).” (GILBERTO, ANDRADE, et al., 2008)

  • A igreja [...] deve buscar o revestimento de poder.

      • “Pois, se vós, sendo maus, sabeis dar boas dádivas aos vossos filhos, quanto mais dará o Pai celestial o Espírito Santo àqueles que lho pedirem?” Lc 11.13 (ARC)

          • COMPARE: “Portanto, se vocês que são pecadores sabem como dar bons presentes a seus filhos, quanto mais seu Pai no céu dará o Espírito Santo aos que lhe pedirem!”.” Lc 11.13 (NVT)

      • “Quando Jesus ensinou sobre o recebimento dessa bênção usou de uma parábola. Disse que, assim como um pai dá pão para o seu filho, assim também dará "o Pai celestial o Espírito Santo àqueles que lho pedirem" (Lc 11.13). Essa bênção é tão necessária como o pão! Não pode haver dúvidas sobre a vontade de Deus de nos dar o batismo com o Espírito Santo.” (BERGSTÉN, 1993)

      • “Todos, indistintamente, necessitam ser batizados no Espírito Santo. A necessidade é real e comum a todos os crentes em Cristo. Triste daquele que não a sente. É um pobre e débil, cuja condição o torna carente das preciosas bênçãos do grande amor de Deus!” (SOUZA, 2016)


  1. As línguas como evidência inicial.

  • No Pentecostes, os discípulos falaram “línguas”.

      • “E todos foram cheios do Espírito Santo e começaram a falar em outras línguas, conforme o Espírito Santo lhes concedia que falassem.” At 2.4 (ARC)

      • “Os intérpretes disputam se as línguas faladas em Jerusalém foram glossalalia (desconhecidas) ou xenolalia (conhecidas). Robert Menzies anota que, no Pentecostes, o fenômeno foi duplo, isto é, os discípulos falaram um idioma desconhecido e a multidão representada pelas diversas nações milagrosamente entenderam a glossolalia dos discípulos cada um em suas próprias línguas maternas.” (BAPTISTA, 2022)

      • “O falar em línguas deu aos discípulos a certeza de que haviam recebido aquilo que o Pai prometera. Todas as outras evidências que acompanharam o batismo com o Espírito Santo — alegria, zelo pelas almas, conhecimento da Palavra etc. — não lhes podiam ter dado tal certeza, porque várias vezes antes do batismo já as haviam experimentado. A mesma evidência continuou a acompanhar todos os que recebiam o batismo com o Espírito Santo.” (BERGSTÉN, 1993)

  • Em Cesareia, o centurião e a família falaram “línguas”.

      • “Porque os ouviam falar em línguas e magnificar a Deus.” At 10.46 (ARC)

          • COMPARE: “pois os ouviram falar em outras línguas e louvar a Deus.” At 10.46 (NVT)

  • Os irmãos em Éfeso falaram “línguas”.

      • “E, impondo-lhes Paulo as mãos, veio sobre eles o Espírito Santo; e falavam línguas e profetizavam.” At 19.6 (ARC)

  • Em Samaria, e na vida de Paulo, as “línguas” estão implícitas.

      • “Então, lhes impuseram as mãos, e receberam o Espírito Santo. E Simão, vendo que pela imposição das mãos dos apóstolos era dado o Espírito Santo, lhes ofereceu dinheiro,” At 8.17,18 (ARC)

          • COMPARE: “Então Pedro e João impuseram as mãos sobre eles, e receberam o Espírito Santo. Simão viu que as pessoas recebiam o Espírito quando os apóstolos impunham as mãos sobre elas. Então ofereceu-lhes dinheiro,” At 8.17,18 (NVT)

      • “E Ananias foi, e entrou na casa, e, impondo-lhe as mãos, disse: Irmão Saulo, o Senhor Jesus, que te apareceu no caminho por onde vinhas, me enviou, para que tornes a ver e sejas cheio do Espírito Santo.” At 9.17 (ARC)

      • “Nenhum estudante sério das Escrituras questionará que algo visível aconteceu quando Pedro e João impuseram as mãos sobre os samaritanos; era algo tão incomum que mesmo Simão estava muito impressionado. A única coisa que poderia ter atraído sua atenção era o fenômeno único de falar em línguas.” (PALMA, 2002)

  • O “falar em línguas” é a evidência inicial do Batismo no Espírito Santo.

      • “Dos quatro casos no livro de Atos em que Lucas descreve a vinda inicial do Espírito, três citam explicitamente a glossolalia como resultado imediato (At 2.4; 10.46; 19.6) e outro (8.14-19) a deixa implícita. [...] Lucas considerava as línguas como sinal do recebimento do dom pentecostal. Lucas apresenta as línguas como evidência da vinda do Espírito. No dia de Pentecostes, Pedro declara que as línguas dos discípulos serviram de sinal.” (MENZIES, 2017)

      • “o batismo dos crentes no Espírito Santo é testemunhado pelo sinal físico inicial de falar em línguas conforme o Espírito de Deus lhes concede que falem (At 2.4).” (HORTON, 2006)

      • “O falar línguas é a evidência física inicial que indica que o irmão ou a irmã foi batizado no Espírito Santo, “mas somente a evidência inicial, pois há evidência contínua da presença especial do Espírito como o “fruto do Espírito” (Gl 5.22) e a manifestação dos dons (1 Co 14.1)”.” (SOARES, 2020)

      • “Falar em línguas (ou glossolalia)— um sinal externo, visível e audível — marca a dotação dos discípulos com poder sobrenatural, isto é, o fato de eles serem cheios com o Espírito.” (ARRINGTON e STRONSTAD, 2006)

  • As línguas só cessarão quando Cristo voltar.

      • “O amor nunca falha; mas, havendo profecias, serão aniquiladas; havendo línguas, cessarão; havendo ciência, desaparecerá; porque, em parte, conhecemos e, em parte, profetizamos. Mas, quando vier o que é perfeito, então, o que o é em parte será aniquilado.” 1 Co 13.8-10 (ARC)

          • COMPARE: “Um dia, profecia, línguas e conhecimento desaparecerão e cessarão, mas o amor durará para sempre. Agora nosso conhecimento é parcial e incompleto, e até mesmo o dom da profecia revela apenas uma parte do todo. Mas, quando vier o que é perfeito, essas coisas imperfeitas desaparecerão.” 1 Co 13.8-10 (NVT)

  • “Portanto, irmãos, procurai, com zelo, profetizar e não proibais falar línguas.” 1 Co 14.39 (ARC)


  1. A plenitude do Espírito Santo.

  • A plenitude [do Espírito] abrange o “fruto do Espírito” e as manifestações espirituais, tais como: as profecias, sonhos, visões, prodígios e sinais.

      • “Mas o fruto do Espírito é: amor, gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão, temperança.” Gl 5.22 (ARC)

          • COMPARE: “Mas o Espírito produz este fruto: amor, alegria, paz, paciência, amabilidade, bondade, fidelidade, mansidão e domínio próprio.” Gl 5.22 (NVT)

      • “E nos últimos dias acontecerá, diz Deus, que do meu Espírito derramarei sobre toda a carne; e os vossos filhos e as vossas filhas profetizarão, os vossos jovens terão visões, e os vossos velhos sonharão sonhos; e também do meu Espírito derramarei sobre os meus servos e minhas servas, naqueles dias, e profetizarão; e farei aparecer prodígios em cima no céu e sinais em baixo na terra: sangue, fogo e vapor de fumaça.” At 2.17-19 (ARC)

  • O Espírito permanece em ação na vida da Igreja. Ele é que capacita e conduz o povo de Deus.

      • “Mas, quando vier aquele Espírito da verdade, ele vos guiará em toda a verdade, porque não falará de si mesmo, mas dirá tudo o que tiver ouvido e vos anunciará o que há de vir. Ele me glorificará, porque há de receber do que é meu e vo-lo há de anunciar.” Jo 16.13,14 (ARC)

          • COMPARE: “Quando vier o Espírito da verdade, ele os conduzirá a toda a verdade. Não falará por si mesmo, mas lhes dirá o que ouviu e lhes anunciará o que ainda está para acontecer. Ele me glorificará porque lhes contará tudo que receber de mim.” Jo 16.13,14 (NVT)

  • “E não vos embriagueis com vinho, em que há contenda, mas enchei-vos do Espírito,” Ef 5.18 (ARC)

      • COMPARE: “Não se embriaguem com vinho, pois ele os levará ao descontrole. Em vez disso, sejam cheios do Espírito,” Ef 5.18 (NVT)

SINÓPSE III

A experiência pentecostal permanece atual na igreja, mostrando-se evidente na manifestação dos dons espirituais.

DINÂMICA 3

CONCLUSÃO

  • Lucas descreve a capacitação do Espírito Santo no ministério de Jesus, e no ministério da Igreja.

  • Esse revestimento de poder na vida do crente [...é apresentado] como a unção dos salvos para o testemunho e o serviço cristão.

  • Esse é o padrão bíblico adotado pelo pentecostal submisso ao ensino das Escrituras Sagradas.

      • “Agora, pois, ó Senhor, olha para as suas ameaças e concede aos teus servos que falem com toda a ousadia a tua palavra, enquanto estendes a mão para curar, e para que se façam sinais e prodígios pelo nome do teu santo Filho Jesus. E, tendo eles orado, moveu-se o lugar em que estavam reunidos; e todos foram cheios do Espírito Santo e anunciavam com ousadia a palavra de Deus.” At 4.29-31 (ARC)

      • “Jesus continua batizando com o Espírito Santo em todas as partes do mundo onde sua vontade é aceita. Ele "é o mesmo ontem, e hoje, e eternamente" (Hb 13.8); e, de igual modo, "o Espírito é o mesmo" (1 Co 12.4,8,9,11).” (SILVA, 1996)

Referências Bibliográficas

ARRINGTON, F. L.; STRONSTAD, R. (Eds.). Comentário Bíblico Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 2006.

BAPTISTA, D. A Supremacia das Escrituras: a Inspirada, Inerrante e Infalível Palavra de Deus. Rio de Janeiro: CPAD, 1º Trimestre de 2022.

BAPTISTA, D. A Supremacia das Escrituras: a Inspirada, Inerrante e Infalível Palavra de Deus. Rio de Janeiro: CPAD, 2022.

BERGSTÉN, E. Introdução à Teologia Sistemática. 1ª. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 1993.

DECLARAÇÃO de Fé das Assembleias de Deus. Rio de Janeiro: CPAD, 2017.

GILBERTO, A. et al. Teologia Sistemática Pentecostal. 2ª. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2008.

HORTON, S. (Ed.). Teologia Sistemática: Uma Perspectiva Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 2006.

MENZIES, R. P. Pentecostes: Essa História é a Nossa História. Rio de Janeiro: CPAD, 2017.

PALMA, A. D. O Batismo no Espírito Santo e com fogo. Rio de Janeiro: CPAD, 2002.

RIGGS, R. M. O Espírito Santo. São Paulo: Vida, 1981.

SILVA, S. P. D. A Existência e a Pessoa do Espírito Santo. Rio de Janeiro: CPAD, 1996.

SOARES, E. O Verdadeiro Pentecostalismo: A Atualidade da Doutrina Bíblica sobre a Atuação do Espírito Santo. 1ª. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2020.

SOUZA, E. Â. D. Pneumatologia: A Pessoa e a Obra do Espírito Santo. Campinas: Escola de Educação Teológica das Assembleias de Deus, 2016.

TOGNINI, E. Batismo no Espírito Santo. São Paulo: [s.n.], 1986.

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