Lição 10 - O Ministério de Mestre ou Doutor (COM DINÂMICAS)

O conteúdo desta página é baseado na Revista Lições Bíblicas (Publicação Trimestral da CPAD – Casa Publicadora das Assembleias de Deus) – 2º Trimestre de 2021 – Adultos – Dons Espirituais e Ministeriais: Servindo a Deus e aos homens com poder extraordinário – Comentarista Pr. Elinaldo Renovato. Este material contém trechos principais extraídos da Revista da CPAD (texto em letras maiores e cor preta), além de citações de diversos outros autores devidamente citados (textos em letras menores e cor vermelha). Todas as citações são acompanhadas dos nomes dos seus autores. Ao final deste página contém uma lista de referências bibliográficas utilizada para a composição deste, onde constam os títulos dos livros, publicações e demais obras literárias.

TEXTO ÁUREO

“De modo que, tendo diferentes dons, segundo a graça que nos é dada: [...] se é ensinar, haja dedicação ao ensino.” (Rm 12.6,7)

VERDADE PRÁTICA

Os vocacionados por Deus para o ministério do ensino são por Ele chamados para edificar a Igreja de Cristo.

Segunda - At 13.1

Doutores na igreja

Terça - 1 Co 12.29

Nem todos são doutores

Quarta - 1 Tm 1.6,7

Doutores sem entendimento

Quinta - 2 Tm 4.3

Falsos doutores

Sexta - Tg 3.1

A responsabilidade do mestre

Sábado - Mt 4.23-25

Jesus, o mestre por excelência

LIÇÃO 10 COMPLETA COM DINÂMICAS E SLIDES

OBJETIVOS

1º OBJETIVO: Apresentar que Jesus, o mestre da Galileia, é mestre por excelência;

2º OBJETIVO: Identificar a ordem de Jesus aos seus discípulos para ensinar a igreja do primeiro século;

3º OBJETIVO: Apontar a importância do dom ministerial de ensinador na igreja local.

INTRODUÇÃO

  • Tão importante é a função do mestre na igreja que as Escrituras declaram o quanto ele deve esforçar-se intelectualmente para exercer tão nobre tarefa.

o “se é ministério, seja em ministrar; se é ensinar, haja dedicação ao ensino;” Rm 12.7 (ARC)

o “Persiste em ler, exortar e ensinar, até que eu vá.” 1 Tm 4.13 (ARC)

  • É uma tarefa importante e indispensável que exige muito de quem a desempenha.

I - JESUS, O MESTRE POR EXCELÊNCIA

  1. O Mestre da Galileia

  • Doutor incomparável, “percorria Jesus toda a Galiléia, ensinando nas suas sinagogas, e pregando o evangelho do Reino [...]” (Mt 4.23).

      • “Jesus era o Mestre perfeito. Além de Pastor, pregador, missionário e evangelista, exercia com excelência a missão de ensinar. Evangelizava e discipulava de maneira eficaz. Era o Mestre perfeito; o Doutor incomparável.” (RENOVATO, 2021)

  • Seus sermões, ensinos e discursos eram inflamados pelo amor às pessoas.

  • Diferente dos escribas, Ele ensinava como quem tinha autoridade.

      • “E aconteceu que, concluindo Jesus este discurso, a multidão se admirou da sua doutrina, porquanto os ensinava com autoridade e não como os escribas.” Mt 7.28,29 (ARC)

  • “Ele [Jesus] não ensinava teorias abstratas ou acadêmicas que impressionassem pela retórica. Seu ensino era bem recebido pelas multidões, porque Ele vivia o que ensinava e ensinava o que vivia.” (RENOVATO, 2021)

  • “Uma das maiores causas do descrédito no evangelho pregado por muitas igrejas e muitos pregadores é a falta de autenticidade na vida deles. Jesus demonstrou, com sua palavra e com seus feitos que era o Mestre Divino. Ele pregava o evangelho vivo, que não consistia apenas em belos sermões, mas em vidas transformadas.” (RENOVATO, 2021)

  • “Os doutores da lei (escribas) frequentemente citavam as tradições e a autoridade destas para apoiar seus argumentos e interpretações. Mas Jesus falou com uma nova autoridade: a própria. Ele não precisou citar outra fonte, porque Ele é a Palavra, o Verbo Vivo (Jo 1.1).” (Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal, 2003)

  • “Os escribas arrogavam a si todos os direitos de ensinar ao povo. [...] Mas a pregação dos escribas era insípida e monótona, como as lições recitadas pelos meninos na escola. Cristo, ao contrário, cheio do fogo do Espírito Santo, ensinou como quem tem autoridade. Ele disse: ‘Haja luz’, e houve luz, para iluminar o entendimento e a alma.” (BOYER, 2006)

  • Os que o ouviam só tinham duas opções: amá-lo ou odiá-lo. Era impossível ouvi-lo e ficar indiferente.

  • Jesus transtornava a consciência do acomodado e aquietava o coração do perturbado.


  1. O mestre divino.

  • Um mestre da Lei chamado Nicodemos [...] reconheceu em Jesus um personagem incomum de seu tempo.

    • Afirmou que o Nazareno não poderia fazer o que fazia se Deus não fosse com Ele.

        • "E havia entre os fariseus um homem chamado Nicodemos, príncipe dos judeus. Este foi ter de noite com Jesus e disse-lhe: Rabi, bem sabemos que és mestre vindo de Deus, porque ninguém pode fazer estes sinais que tu fazes, se Deus não for com ele.” Jo 3.1,2 (ARC)

            • COMPARE: “Havia um fariseu chamado Nicodemos, líder religioso entre os judeus. Certa noite, veio falar com Jesus e disse: “Rabi, todos nós sabemos que Deus enviou o senhor para nos ensinar. Seus sinais são prova de que Deus está com o senhor”.” Jo 3.1,2 (NVT)

  • Jesus é chamado Mestre cerca de quarenta e cinco vezes ao longo do Novo Testamento.

      • “O Mestre dos Mestres deixou-nos grandes exemplos de sua pedagogia. 1) Conhecia a matéria que ensinava (Lc 24.27); 2) Conhecia seus alunos (Mt 13; Lc 15.8-10; Jo 21); 3) Reconhecia o que havia de bom em seus alunos (Jo 1.47); 4) Ensinava as verdades bíblicas de modo simples e claro (Lc 5.17- 26; Jo 14.6); 5) Variava o método de ensino conforme a ocasião e o tipo de ouvintes (Parábolas, perguntas, discursos, preleção, leitura, demonstração, etc.).” (RENOVATO, 2021)


  1. O mestre da humildade.

  • Era inimaginável um mestre encurvar-se para lavar os pés de pessoas leigas. Jesus era um mestre e deu o exemplo aos discípulos.

      • “Jesus, sabendo que o Pai tinha depositado nas suas mãos todas as coisas, e que havia saído de Deus, e que ia para Deus, levantou-se da ceia, tirou as vestes e, tomando uma toalha, cingiu-se. Depois, pôs água numa bacia e começou a lavar os pés aos discípulos e a enxugar-lhos com a toalha com que estava cingido.” Jo 13.3-5 (ARC)

          • COMPARE: “Jesus sabia que o Pai lhe dera autoridade sobre todas as coisas e que viera de Deus e voltaria para Deus. Assim, levantou-se da mesa, tirou a capa e enrolou uma toalha na cintura. Depois, derramou água numa bacia e começou a lavar os pés de seus discípulos, enxugando-os com a toalha que estava em sua cintura.” Jo 13.3-5 (NVT)

          • “Lavar os pés dos convidados era um serviço que o criado da casa deveria realizar, quando os convidados chegassem. Mas Jesus cingiu-se com uma toalha, como os escravos mais humildes deveriam fazer, e lavou e enxugou os pés de seus discípulos. Se ele, que era o Deus encarnado, estava disposto a servir, nós, os seus seguidores, também devemos ser servos dispostos a trabalhar de maneira que o glorifique.” (Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal, 2003)

  • O ensino de Jesus não era mero discurso, mas “espírito e vida”.

      • “O espírito é o que vivifica, a carne para nada aproveita; as palavras que eu vos disse são espírito e vida.” Jo 6.63 (ARC)

  • Ele nos convida a fazer o mesmo:

      • “Vós me chamais Mestre e Senhor e dizeis bem, porque eu o sou. Ora, se eu, Senhor e Mestre, vos lavei os pés, vós deveis também lavar os pés uns aos outros.” Jo 13.13-15 (ARC)

      • “O mestre, doutor ou ensinador precisa ter o cuidado de não se considerar superior ao pastor ou dirigente de uma congregação, pelo fato de ter mais conhecimento que a média dos obreiros. Humildade, modéstia, sabedoria e equilíbrio são qualidades indispensáveis aos que são dotados por Deus de mais capacidade para se dedicarem ao ensino.” (RENOVATO, 2021)

      • “Onde há um grupo lavando os pés uns dos outros, espiritualmente, ali há um grande avivamento. Não somos bem-aventurados só pelo compreender (Jo 13.12), mas pelo praticar. Não ensinemos que esta é uma lição para inculcar ao próximo, mas vamos praticá-la em nossas vidas.” (BOYER, 2013)

DINÂMICA 1

II - O ENSINO DAS ESCRITURAS NA IGREJA DO PRIMEIRO SÉCULO

  1. Uma ordem de Jesus

  • Antes de ascender aos céus, [...] Jesus determinou aos seus discípulos que ensinassem “todas as nações [...] a guardar todas as coisas” que Ele tinha ordenado.

      • “Portanto, ide, ensinai todas as nações, batizando-as em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; ensinando-as a guardar todas as coisas que eu vos tenho mandado; e eis que eu estou convosco todos os dias, até à consumação dos séculos. Amém!” Mt 28.19,20 (ARC)

          • COMPARE: “Portanto, vão e façam discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Ensinem esses novos discípulos a obedecerem a todas as ordens que eu lhes dei. E lembrem-se disto: estou sempre com vocês, até o fim dos tempos”.” Mt 28.19,20 (NVT)

          • “Nosso alvo deve ser não somente conhecer todos os ensinamentos das Escrituras, mas também ensiná-las a todos os convertidos.” (BOYER, 2006)

  • O livro de Atos registra a obediência dos primeiros apóstolos no cuidado de cumprir a determinação de Jesus.

  • Tendo em vista a plena edificação da Igreja na Palavra, o Senhor Jesus, através do Espírito Santo, dotou alguns de seus servos com o dom ministerial de mestre ou doutor.

  • Esse dom é uma capacitação sobrenatural do Espírito.

      • “ ‘Ensinar’ é a disposição, capacidade e poder dados por Deus para o crente examinar e estudar a Palavra de Deus, e de esclarecer, expor, defender e proclamar suas verdades, de tal maneira que outras pessoas cresçam em graça e piedade.” (STAMPS, 2006)

  • Isso não significa, porém, que devemos descuidar de nossa formação intelectual, pois o preparo para o ensino passa pela capacidade de aprender para posteriormente ensinar.


  1. A doutrina dos apóstolos.

  • O texto de Atos 2.42 informa-nos que os primeiros convertidos “perseveravam na doutrina dos apóstolos, e na comunhão, e no partir do pão, e nas orações”

      • COMPARE: “Todos se dedicavam de coração ao ensino dos apóstolos, à comunhão, ao partir do pão e à oração.” At 2.42 (NVT)

  • A “doutrina dos apóstolos” aqui referida trata-se do conjunto de ensinos de Cristo ministrados por eles de forma constante e eficaz para o crescimento integral dos novos crentes.

      • “Essa doutrina apostólica ainda está em vigor em nossos dias. Os mestres ou doutores, com humildade e amor, devem fundamentar seus estudos nos ensinos preciosos do evangelho de Cristo.” (RENOVATO, 2021)

      • “[O ensino dos apóstolos] incluía tudo que o próprio Jesus ensinara (Mt 28.20), sobretudo o evangelho, que se centrava na sua morte, sepultamento e ressurreição (At 2.23,24; 3.15; 4.10; 1 Co 15.1-4). Era ensino incomparável por vir da parte de Deus e por estar revestido da autoridade outorgada aos apóstolos (2 Co 13.10; 1 Ts 4.2). Hoje, está a nossa disposição nos Livros do NT.” (BARKER, 2003)


  1. Ensinamento persistente.

  • Os primeiros mestres das Escrituras foram os integrantes do Colégio Apostólico.

  • A Igreja começou nas casas, onde o ensino era ministrado a pequenos grupos nos lares.

      • “E concordaram com ele. E, chamando os apóstolos e tendo-os açoitado, mandaram que não falassem no nome de Jesus e os deixaram ir. Retiraram-se, pois, da presença do conselho, regozijando-se de terem sido julgados dignos de padecer afronta pelo nome de Jesus. E todos os dias, no templo e nas casas, não cessavam de ensinar e de anunciar a Jesus Cristo.” At 5.40-42 (ARC)

  • Falando aos anciãos de Éfeso, o apóstolo Paulo mostrou-se como um verdadeiro mestre.

      • “servindo ao Senhor com toda a humildade e com muitas lágrimas e tentações que, pelas ciladas dos judeus, me sobrevieram; como nada, que útil seja, deixei de vos anunciar e ensinar publicamente e pelas casas, testificando, tanto aos judeus como aos gregos, a conversão a Deus e a fé em nosso Senhor Jesus Cristo.” At 20.19-21 (ARC)

          • COMPARE: “fiz o trabalho do Senhor humildemente e com muitas lágrimas. Suportei as provações decorrentes das intrigas dos judeus e jamais deixei de dizer a vocês o que precisavam ouvir, seja publicamente, seja em seus lares. Anunciei uma única mensagem tanto para judeus como para gregos: é necessário que se arrependam, se voltem para Deus e tenham fé em nosso Senhor Jesus.” At 20.19-21 (NVT)

  • Deus havia preparado homens para ensinar e levantado “doutores” na igreja em Antioquia.

      • “Na igreja que estava em Antioquia havia alguns profetas e doutores, a saber: Barnabé, e Simeão, chamado Níger, e Lúcio, cireneu, e Manaém, que fora criado com Herodes, o tetrarca, e Saulo.” At 13.1 (ARC)

          • COMPARE: “Entre os profetas e mestres da igreja de Antioquia da Síria estavam Barnabé e Simeão, chamado Negro, Lúcio de Cirene, Manaém, que tinha sido criado com o rei Herodes Antipas, e Saulo.” At 13.1 (NVT)

DINÂMICA 2

III - A IMPORTÂNCIA DO DOM MINISTERIAL DE MESTRE

  1. Uma necessidade urgente da igreja

  • Para o ministério de ensino ser eficaz na igreja local é preciso haver pessoas vocacionadas.

      • Não são todas que reúnem informações exegéticas, históricas e literárias da Bíblia, aplicando-as como é necessário.

      • “A necessidade do ensino da Palavra de Deus requer pessoas preparadas para ministrá-la com sabedoria, graça e unção da parte de Deus. [...] [Elas] não se consideram superiores aos demais obreiros, pelo fato de terem recebido o dom de ensinar. Mas, pela dedicação constante ao estudo e à pesquisa bíblica, reúnem informações e subsídios, extraídos das Escrituras, para compartilhar com toda a igreja.” (RENOVATO, 2021)

  • Deus concedeu à sua igreja mestres, e é preciso que ela invista neles também.

  • Muitas vezes, por absoluta falta de preparo dos obreiros, predominam:

      • A superficialidade bíblica;

          • “Não são poucos os crentes que, por não conhecerem a Palavra de Deus, estão sendo destruídos pelos costumes mundanos.” (STAMPS, 2006)

      • A infantilidade “espiritual”;

          • “Ser espiritualmente maduro, significa não ser “meninos” (Tg 2.14), os quais são instáveis, facilmente enganados pelas falsas doutrinas dos homens e suscetíveis ao artificialismo enganoso. O crente permanece infantil quanto tem uma compreensão inadequada das verdades bíblicas e pouca dedicação a elas.” (STAMPS, 2006)

      • Aumento do engano promovido pelas astúcias dos falsos mestres.

          • “E também houve entre o povo falsos profetas, como entre vós haverá também falsos doutores, que introduzirão encobertamente heresias de perdição e negarão o Senhor que os resgatou, trazendo sobre si mesmos repentina perdição.” 2 Pe 2.1 (ARC)

              • COMPARE: “Contudo, assim como surgiram falsos profetas entre o povo de Israel, também surgirão falsos mestres entre vocês. Eles ensinarão astutamente heresias destrutivas e até negarão o Mestre que os resgatou, trazendo sobre si mesmos destruição repentina.” 2 Pe 2.1 (NVT)

  • Esse dom do Senhor é para a igreja amadurecer em todas as dimensões da vida cristã, ao mesmo tempo em que desmascara os falsos ensinos.

      • “para que não sejamos mais meninos inconstantes, levados em roda por todo vento de doutrina, pelo engano dos homens que, com astúcia, enganam fraudulosamente.” Ef 4.14 (ARC)

          • COMPARE: “Então não seremos mais imaturos como crianças, nem levados de um lado para outro, empurrados por qualquer vento de novos ensinamentos, e também não seremos influenciados quando nos tentarem enganar com mentiras astutas.” Ef 4.14 (NVT)

      • “O meu povo foi destruído, porque lhe faltou o conhecimento; porque tu rejeitaste o conhecimento, também eu te rejeitarei, para que não sejas sacerdote diante de mim; visto que te esqueceste da lei do teu Deus, também eu me esquecerei de teus filhos.” Os 4.6 (ARC)

          • COMPARE: “Meu povo está sendo destruído porque não me conhece. Porque vocês, sacerdotes, não querem me conhecer, eu não os reconhecerei como meus sacerdotes. Porque se esqueceram da lei de seu Deus, eu me esquecerei de seus filhos.” Os 4.6 (NVT)

          • “Nos tempos pós-modernos, mais do que nunca, existe a necessidade de bons ensinadores. Há questionamentos e problemas que não havia há alguns anos. E muitos pastores não estão preparados para dar respostas adequadas ao rebanho.” (RENOVATO, 2021)

          • “E através do ensino sadio e racional, inspirado pelo Espírito Santo, que a igreja se justifica contra as falsas doutrinas e que se fortifica contra os ataques espirituais de Satanás.” (CABRAL, 1987)

          • “A igreja que acata os mestres e teólogos piedosos e aprovados terá seus ensinos, trabalhos e práticas regidos pelos princípios originais e fundamentais do evangelho. Princípios e práticas falsos serão desmascarados, e a pureza da mensagem original de Cristo será conhecida de seus membros.” (STAMPS, 2006)


  1. A responsabilidade de um discipulado contínuo.

  • O Senhor Jesus chamou-nos para ser os seus discípulos por toda a vida.

      • “[...] o discipulado não deve ser visto como apenas algumas lições da Escola Dominical. O discipulado cristão é para toda a vida. Ninguém deixa de ser discípulo pela idade ou “por tempo de serviço”.” (RENOVATO, 2021)

  • Quem ensina instrui os crentes para a maturidade da fé.

      • “Um bom ensinador, mestre ou doutor é pessoa que, usada por Deus, na unção do Espírito Santo, pode muito contribuir para a edificação espiritual e moral dos crentes.” (RENOVATO, 2021)

      • “Ensinar era uma profissão altamente estimada e respeitada na cultura judaica, e muitos judeus que abraçavam o cristianismo queriam se tornar professores. Tiago os advertiu dizendo que embora seja bom ter a aspiração de ensinar, a responsabilidade dos mestres é grande porque suas palavras e seu exemplo afetam a vida espiritual das outras pessoas.(Tg 3.1)” (Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal, 2003)

      • “O professor precisa compreender que ninguém na igreja tem uma responsabilidade maior do que aqueles que ensinam as Sagradas Escrituras. No juízo, os mestres cristãos serão julgados com mais rigor e mais exigência do que os demais crentes.” (STAMPS, 2006)

      • “O propósito da maturidade espiritual é que os cristãos não sejam facilmente enganados por falsos líderes espirituais. Um dos sinais da maturidade espiritual é a capacidade de discernir entre a verdade e a mentira, e de perceber a manipulação de líderes mal-intencionados.” (SAYÃO, 2016)

  • É um aprendizado diário, permanente e contínuo, tanto para quem é discipulado quanto para quem está discipulando!

      • “Note-se que o autêntico ensino bíblico enfatiza um viver santo (isto é, conhecer a santidade, ser santo e proceder santamente), e não apenas ter uma mera compreensão das verdades ou fatos bíblicos. As grandes verdades reveladas nas Escrituras são verdades redentoras e não acadêmicas; são questões que envolvem a vida ou a morte, exigem uma resposta e decisão pessoal, tanto do mestre quanto do discípulo.” (STAMPS, 2006)


  1. Requisitos necessários ao mestre.

  • A) Um salvo em Cristo.

      • Não pode haver dúvidas quanto à própria experiência salvífica por parte do vocacionado para o ministério do ensino.

          • “Portanto, tudo sofro por amor dos escolhidos, para que também eles alcancem a salvação que está em Cristo Jesus com glória eterna. Palavra fiel é esta: que, se morrermos com ele, também com ele viveremos; se sofrermos, também com ele reinaremos; se o negarmos, também ele nos negará; se formos infiéis, ele permanece fiel; não pode negar-se a si mesmo.” 2 Tm 2.10-13 (ARC)

          • “Um bom mestre deve ser um obreiro aprovado por Deus, e não apenas nas faculdades de teologia ou seculares. O que ensina deve ser aprovado: a) No testemunho pessoal (1 Tm 4.16; 2T m 4.5); b) Na vida familiar (SI 128.1); c) Na vida social (Mt 5.16); d) Na igreja (Ec 5.1,2).” (RENOVATO, 2021)

  • B) O hábito de ler.

      • Como ensinaremos se não lermos?

      • O hábito da leitura era levado a sério no ministério do apóstolo Paulo.

  • C) Preparo intelectual.

      • A Bíblia é o instrumento de trabalho do ensinador cristão.

      • O mestre deve compreender o mundo da Bíblia (suas questões culturais, linguísticas, exegéticas etc.)

      • “Falar em nome de Deus (ensinar, pregar, aconselhar etc.) é coisa séria. Não pode ser feito por qualquer um, nem de qualquer maneira. São necessários preparo e seriedade.” (SAYÃO, 2016)

      • “A capacidade intelectual do educador cristão depende da sua diligência em estudar a Bíblia de forma sistemática e metódica, com oração, reflexão e reverência. A Bíblia é o manual do professor cristão, porém é de grande proveito que estude outros livros afins que o auxiliem no conhecimento da Bíblia.” (CABRAL e BRAITHWAITH, 2013)

  • D) Um coração em chamas.

      • Precisamos alcançar as mentes e os corações dos nossos dias, e isto apenas será possível quando tivermos obreiros com uma mente bem preparada e conectada a um “coração em chamas” e apaixonado por Jesus.

DINÂMICA 3

CONCLUSÃO

  • É disso que as nossas igrejas precisam: homens cheios do Espírito, mas do mesmo modo, com a mente iluminada para responder, com mansidão e temor, a razão da nossa esperança.

      • “antes, santificai a Cristo, como Senhor, em vosso coração; e estai sempre preparados para responder com mansidão e temor a qualquer que vos pedir a razão da esperança que há em vós,” 1 Pe 3.15 (ARC)

          • COMPARE: “Em vez disso, consagrem a Cristo como o Senhor de sua vida. E, se alguém lhes perguntar a respeito de sua esperança, estejam sempre preparados para explicá-la.” 1 Pe 3.15 (NVT)

      • “A igreja tem a responsabilidade de salvaguardar a verdadeira e original doutrina bíblica que se acha nas Escrituras, e transmiti-la aos fiéis sem transigência nem corrupção. Fica subentendida, assim, a necessidade do ensino bíblico na igreja.” (STAMPS, 2006)

Referências Bibliográficas

BARKER, K. (Ed.). Bíblia de Estudo NVI. São Paulo: Editora Vida, 2003.

BÍBLIA de Estudo Aplicação Pessoal. Rio de Janeiro: CPAD, 2003.

BOYER, O. S. Espada Cortante: Daniel, Apocalipse, Mateus e Marcos. Rio de Janeiro: CPAD, v. 1, 2006.

BOYER, O. S. Espada Cortante 2: Lucas, João e Atos. Rio de Janeiro: CPAD, 2013.

CABRAL, A. L.; BRAITHWAITH, B. E. K. Didática Geral I: princípios e práticas pedagógicas para a educação cristã. Campinas: EETAD, 2013.

CABRAL, E. Carta aos Efésios. Rio de Janeiro: CPAD, 1987.

RENOVATO, E. Dons Espirituais e Ministeriais. 2ª. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2021.

SAYÃO, L. A. (Ed.). Bíblia Brasileira de Estudo. São Paulo: Hagnos, 2016.

STAMPS, D. C. (Ed.). Bíblia de Estudo Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 2006.