Lição 1 - O Mundo do Apóstolo Paulo (COM DINÂMICAS)

O conteúdo desta página é baseado na Revista Lições Bíblicas (Publicação Trimestral da CPAD – Casa Publicadora das Assembleias de Deus) – 4º Trimestre de 2021 – Adultos – O apóstolo Paulo: Lições da Vida e Ministério do Apóstolo dos Gentios para a Igreja de Cristo – Comentarista Pr. Elienai Cabral. Este material contém trechos principais extraídos da Revista da CPAD (texto em letras maiores e cor preta), além de citações de diversos outros autores devidamente citados (textos em letras menores e cor vermelha). Todas as citações são acompanhadas dos nomes dos seus autores. Ao final deste página contém uma lista de referências bibliográficas utilizada para a composição deste, onde constam os títulos dos livros, publicações e demais obras literárias.

TEXTO ÁUREO

"Disse-lhe, porém, o Senhor: Vai, porque este é para mim um vaso escolhido para levar o meu nome diante dos gentios, e dos reis, e dos filhos de Israel" At 9.15 (ARC)

COMPARE: O Senhor, no entanto, disse: “Vá, pois Saulo é o instrumento que escolhi para levar minha mensagem aos gentios e aos reis, bem como ao povo de Israel" At 9.15 (NVT)

VERDADE PRÁTICA

Segundo a sua soberana vontade, Deus usa as circunstâncias para fazer uma grande obra.

Segunda - Rm 1.1; 1 Co 1.1; Ef 1.1

Paulo, chamado para ser apóstolo

Terça - At 26.16-18

Enviado para os gentios

Quarta - 1 Co 8.5,6

Paulo, um defensor da fé

Quinta - At 22.3

Paulo declara sua identidade judaica

Sexta - Gl 1.14

Seu zelo pela religião judaica

Sábado - Atos 13.1-3

O chamado de Paulo para missões

LIÇÃO 1 COMPLETA COM DINÂMICAS E SLIDES

OBJETIVOS

1º OBJETIVO: Apresentar o mundo de Paulo no império romano;

2º OBJETIVO: Discorrer sobre o mundo cultural de Paulo;

3º OBJETIVO: Descrever o mundo religioso de Paulo.

O mundo de hoje é uma porta aberta para o Evangelho.Ponto Central (CPAD)

INTRODUÇÃO

  • O assunto deste trimestre é a vida do apóstolo Paulo.

  • Veremos como era o mundo que o apóstolo atuava.

  • Paulo foi vocacionado para levar o nome de Jesus diante dos gentios.

      • “Disse-lhe, porém, o Senhor: Vai, porque este é para mim um vaso escolhido para levar o meu nome diante dos gentios, e dos reis, e dos filhos de Israel.” At 9.15 (ARC)

          • COMPARE: “O Senhor, no entanto, disse: “Vá, pois Saulo é o instrumento que escolhi para levar minha mensagem aos gentios e aos reis, bem como ao povo de Israel.” At 9.15 (NVT)

I - O MUNDO DE PAULO NO IMPÉRIO ROMANO

  1. Entendendo a origem de Paulo.

  • Paulo (nome romano) era natural de Tarso, capital da Cilícia, na Ásia Menor.

      • “Mas Paulo lhe disse: Na verdade, eu sou um homem judeu, cidadão de Tarso, cidade não pouco célebre na Cilícia; rogo-te, porém, que me permitas falar ao povo.” At 21.39 (ARC)

      • “Saulo, também chamado Paulo, foi o grande missionário cristão que escreveu a maioria das epístolas do NT. Saulo é um nome hebraico; Paulo, um nome grego, que foi usado quando o apóstolo começou seu ministério voltado aos gentios.” (Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal, 2003)

      • “Como cidadão romano, ele havia adotado o nome romano “Paulo” (At 13.9), uma vez que o nome “Saulo” era um nome judaico, e era nascido em Tarso, capital da Cilícia, que ficava às margens do rio Cydnus, na Asia Menor.” (CABRAL, 2021)

      • “[Tarso era] uma cidade na costa sul da atual Turquia. Nos tempos de Paulo, ela se situava na província romana da Cilícia, a 16 quilômetros da costa do Mediterrâneo, e se orgulhava de sua reputação como porto. O rio Cidno, pelo qual Cleópatra subiu para encontrar Marco Antônio, era uma via principal de transporte que passava pelos montes Taurus. Ele ajudou a fazer de Tarso uma encruzilhada cultural, um cenário ideal para o papel futuro de Paulo.” (BEERS, 2013)

  • Sobre o seu nascimento, não temos data precisa. Talvez tenha ocorrido no ano 5 a.C.

  • Quando o nosso Senhor foi crucificado, Paulo poderia ter entre 30 e 35 anos de idade.


  1. A geografia do mundo de Paulo.

  • Geograficamente, o mundo gentílico estava sob o domínio do Império Romano.

      • “Nos dias da vida de Paulo, as nações que circundavam o Mediterrâneo foram conquistadas sob o domínio do Império Romano. Era o mundo de então que abrangia a Europa, Ásia Menor, África, Turquia e a Grécia.” (CABRAL, 2021)

  • Entre o ano 33 e 35 d.C., o imperador era Tibério.

  • A dimensão geográfica do Império Romano permitia excelentes possibilidades de viagens missionárias.

  • As estradas do império, bem como as vias marítimas, foram de grande importância para a expansão da fé cristã.

      • “Segundo informes da história, “a malha viária” abrangia em torno de 300 mil km²; desse número, 90 mil km² eram de estradas construídas pelo império em boas condições para viajar-se.” (CABRAL, 2021)

  • Pelo Espírito Santo, o apóstolo percebeu as oportunidades incríveis para a disseminação do Evangelho no império.

  • Devemos pensar nas oportunidades que Deus nos dá para a eficiência da evangelização urbana e do campo.


  1. Paulo, chamado para os gentios.

  • Deus separou Paulo e o chamou a partir de uma experiência espiritual impressionante, bem diferente dos demais apóstolos, para levar o nome de Jesus ao mundo gentílico.

      • “Disse-lhe, porém, o Senhor: Vai, porque este é para mim um vaso escolhido para levar o meu nome diante dos gentios, e dos reis, e dos filhos de Israel.” At 9.15 (ARC)

  • Enquanto os apóstolos de Cristo restringiam-se a anunciar Jesus aos judeus, nosso Senhor convocava Paulo, de maneira dramática, para ser “apóstolo entre os gentios”.

      • “Mas levanta-te e põe-te sobre teus pés, porque te apareci por isto, para te pôr por ministro e testemunha tanto das coisas que tens visto como daquelas pelas quais te aparecerei ainda, livrando-te deste povo e dos gentios, a quem agora te envio, para lhes abrires os olhos e das trevas os converteres à luz e do poder de Satanás a Deus, a fim de que recebam a remissão dos pecados e sorte entre os santificados pela fé em mim.” At 26.16-18 (ARC)

      • “Paulo, servo de Jesus Cristo, chamado para apóstolo, separado para o evangelho de Deus,” Rm 1.1 (ARC)

      • “Paulo (chamado apóstolo de Jesus Cristo, pela vontade de Deus) e o irmão Sóstenes,” 1 Co 1.1 (ARC)

      • “Paulo, apóstolo de Jesus Cristo, pela vontade de Deus, aos santos que estão em Éfeso e fiéis em Cristo Jesus:” Ef 1.1 (ARC)

  • Nosso Senhor continua a chamar pessoas para um ministério. Precisamos estar sensíveis à voz do Espírito Santo a nos chamar.

      • “Paulo havia recebido um chamado especial de Deus para pregar sobre Jesus Cristo. Cada cristão tem um trabalho a fazer, um papel a desempenhar ou uma contribuição a dar. Uma tarefa pode parecer mais grandiosa do que outra. No entanto, todas são necessárias para a execução dos planos de Deus para a Igreja e o mundo (1 Co 12.12-27). Esteja disponível, colocando os dons que o Senhor lhe deu a seu serviço. Então, quando você descobrir para que Ele o chamou, esteja pronto.” (Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal, 2003)

SÍNTESE DO TÓPICO I

A “pax romana”, a geografia e os meios de transporte urbanos e do campo do império romano contribuíram para a propagação do Evangelho.

DINÂMICA 1 - DEUS TEM UMA MISSÃO PRA VOCÊ

II - O MUNDO CULTURAL DE PAULO

  1. A língua mundial daqueles dias era o grego.

  • Para o povo judeu, o hebraico e o aramaico eram línguas nativas.

      • “Na Palestina, o povo judeu tinha a sua língua materna (o hebraico e o aramaico), mas todos falavam o grego koinê. Naturalmente, para o povo judeu, as línguas nativas eram o hebraico e o aramaico, mas, pelo fato de a Palestina e todos os demais países do Médio-Oriente estarem sob a autoridade do Império Romano, prevaleceu a língua do grego koinê, que vinha do Antigo Império Grego e ainda exercia influência no mundo romano.” (CABRAL, 2021)

  • Apesar de a Palestina e todos os demais países do médio-oriente estarem sob a autoridade do Império Romano, prevaleceu a língua do grego koinê.

      • “Alexandre, o Grande, a partir de 334 a.C., conquistou a região oriental do mar Mediterrâneo, da Grécia até o atual Paquistão e até o Egito, espalhando a cultura grega; todo mundo falava grego.” (SAYÃO, 2016)

      • “A infraestrutura de comunicação do Império Romano possibilitou a manutenção do grego koinê. O aramaico era a língua dos tempos da Babilônia, mas o hebraico era a língua materna na Palestina. Entretanto, todos falavam o grego koinê como uma língua popular muito difundida na época. Contudo, o latim era a língua dos romanos.” (CABRAL, 2021)

  • O koinê era uma língua popular muito difundida na época.

      • “O Império Romano, a despeito de promover sua cultura romana, era, de fato, um mundo fortemente influenciado pela cultura grega, mais conhecida como a cultura de Helena de Troia, uma cultura mais popular e menos acadêmica. Por isso, o grego que se falava na época era o grego koinê (popular).” (CABRAL, 2021)

  • O NT foi escrito no grego koinê, e o apóstolo Paulo falava e escrevia fluentemente tanto o grego como o hebraico e o aramaico.

      • “Independentemente dos dialetos e línguas existentes naqueles dias, a língua mundial era o grego koinê. Portanto, a língua básica que Paulo falava era o grego, uma vez que ele foi criado na metrópole helenística da cidade Tarso.” (CABRAL, 2021)

  • É possível refletir acerca do uso das principais línguas do mundo (inglês, francês, espanhol, mandarim) para a obra da evangelização.


  1. O mundo cultural do apóstolo Paulo.

  • O Império Romano respeitava a diversidade religiosa, desde que se respeitassem os deuses do império.

      • “O Império Romano no período do ministério do apóstolo Paulo tinha uma política politeísta e, por isso, era mais aberto para que outras religiões convivessem em paz, especialmente o mundo mediterrâneo, que, naquele tempo, havia sido helenizado (influência da cultura grega) e depois romanizado; ou seja, os imperadores não deixaram de fortalecer a cultura romana, mesmo tendo que conviver nas sombras da cultura grega.” (CABRAL, 2021)

  • [No Império Romano] havia os cultos a:

      • Entidades gregas como Eleusis, Dionísio, Atis,

      • Divindades egípcias como Osíris, Ísis, Serapis, bem como as divindades orientais Mitras e Asclépio.

      • Divindades da Ásia Menor sob o domínio do império em Éfeso, Colossos e Corinto, tais como Diana, Artemis e outras mais.

  • Essa diversidade religiosa acabou facilitando a propagação do nome de Jesus, pregado pelos apóstolos.

  • A realidade atual das diversidades culturais e religiosas pode abrir caminhos para que, de maneira inteligente, evangelizemos o mundo.

      • “E, estando Paulo no meio do Areópago, disse: Varões atenienses, em tudo vos vejo um tanto supersticiosos; porque, passando eu e vendo os vossos santuários, achei também um altar em que estava escrito: Ao Deus Desconhecido. Esse, pois, que vós honrais não o conhecendo é o que eu vos anuncio. O Deus que fez o mundo e tudo que nele há, sendo Senhor do céu e da terra, não habita em templos feitos por mãos de homens. Nem tampouco é servido por mãos de homens, como que necessitando de alguma coisa; pois ele mesmo é quem dá a todos a vida, a respiração e todas as coisas; e de um só fez toda a geração dos homens para habitar sobre toda a face da terra, determinando os tempos já dantes ordenados e os limites da sua habitação, para que buscassem ao Senhor, se, porventura, tateando, o pudessem achar, ainda que não está longe de cada um de nós; porque nele vivemos, e nos movemos, e existimos, como também alguns dos vossos poetas disseram: Pois somos também sua geração. Sendo nós, pois, geração de Deus, não havemos de cuidar que a divindade seja semelhante ao ouro, ou à prata, ou à pedra esculpida por artifício e imaginação dos homens. Mas Deus, não tendo em conta os tempos da ignorância, anuncia agora a todos os homens, em todo lugar, que se arrependam, porquanto tem determinado um dia em que com justiça há de julgar o mundo, por meio do varão que destinou; e disso deu certeza a todos, ressuscitando-o dos mortos. E, como ouviram falar da ressurreição dos mortos, uns escarneciam, e outros diziam: Acerca disso te ouviremos outra vez. E assim Paulo saiu do meio deles. Todavia, chegando alguns varões a ele, creram: entre os quais estava Dionísio, o areopagita, e uma mulher por nome Dâmaris, e, com eles, outros.” At 17.22-34 (ARC)


  1. A influência da filosofia grega.

  • Nesse mundo religioso havia a influência filosófica grega [especialmente do gnosticismo].

      • “A palavra ‘gnosticismo’ vem do grego ‘gignoskein’, ‘saber’, referindo-se a um movimento dedicado à obtenção de um ‘conhecimento’ genuíno maior, por meio do qual, segundo seus adeptos criam, poderia ser obtida a salvação. O gnosticismo, tal como as religiões misteriosas dos gregos, reivindicavam possuir uma sabedoria esotérica, que se tornaria propriedade dos iniciados, em contraste com os de fora, que não seriam assim privilegiados. [...] Conhecimento místico, ritos e práticas mágicas eram promovidos pelo sistema gnóstico. Esse sistema fez competição com o cristianismo bíblico durante cerca de cento e cinquenta anos. [...] Houve grande variedade de sistemas gnósticos. [...] Paulo escreveu [a epístola aos colossenses] justamente para refutar a heresia gnóstica que havia em Colossos. Os pais da igreja primitiva chamavam o gnosticismo de ‘sabedoria grega’. [...] O gnosticismo combinava elementos da filosofia grega, das religiões pagãs misteriosas, do judaísmo e do cristianismo; [...] No tocante ao cristianismo, o gnosticismo consistia, essencialmente, na tentativa de fundir as revelações dadas por meio de Cristo e seus apóstolos com os padrões de pensamento já existentes. (CHAMPLIN, 2013)

  • Essencialmente, o Império Romano era politeísta.

      • “Porque, ainda que haja também alguns que se chamem deuses, quer no céu quer na terra (como há muitos deuses e muitos senhores),” 1 Co 8.5 (ARC)

          • COMPARE: “Sim, é fato que existem os que são chamados de deuses, por assim dizer, nos céus e na terra, e há pessoas que adoram muitos deuses e muitos senhores.” 1 Co 8.5 (NVT)

  • Os líderes da Igreja da época tiveram de refutar com veemência as teorias do gnosticismo, cujos adeptos queriam misturá-las com a doutrina pura de Cristo.

      • “Ninguém vos domine a seu bel-prazer, com pretexto de humildade e culto dos anjos, metendo-se em coisas que não viu; estando debalde inchado na sua carnal compreensão,” Cl 2.18 (ARC)

  • O apóstolo, indiscutivelmente, se tornou o grande defensor do Evangelho de Cristo.

  • Devemos pensar em estratégias a fim de que [possamos expressar a razão da [nossa] fé com mansidão e temor diante dos não crentes.

      • “antes, santificai a Cristo, como Senhor, em vosso coração; e estai sempre preparados para responder com mansidão e temor a qualquer que vos pedir a razão da esperança que há em vós,” 1 Pe 3.15 (ARC)

          • COMPARE: “Em vez disso, consagrem a Cristo como o Senhor de sua vida. E, se alguém lhes perguntar a respeito de sua esperança, estejam sempre preparados para explicá-la.” 1 Pe 3.15 (NVT)

      • “Todos os cristãos devem estar preparados e ser capazes de fornecer uma defesa razoável da sua fé. Eles não precisam ser apologistas nem teólogos, mas todo cristão precisa ser capaz de explicar claramente as suas próprias razões para ser um cristão.” (Comentário do Novo Testamento Aplicação Pessoal, 2010)

SÍNTESE DO TÓPICO II

O grego koinê era a principal língua do tempo do apóstolo e, como mola propulsora da cultura grega, ela contribuiu para a propagação da mensagem escrita do Evangelho.

DINÂMICA 2 - SÓ JESUS SALVA

III - O MUNDO RELIGIOSO DE PAULO

  1. Paulo se identifica como judeu.

  • Paulo declara [...] diante dos judeus que [o tratavam] como traidor da fé judaica: “Eu sou judeu, nascido em Tarso da Cilícia”.

      • “Quanto a mim, sou varão judeu, nascido em Tarso da Cilícia, mas criado nesta cidade aos pés de Gamaliel, instruído conforme a verdade da lei de nossos pais, zeloso para com Deus, como todos vós hoje sois.” At 22.3 (ARC)

  • Ele falava em hebraico para aquela plateia, quando todos esperavam que falasse apenas em grego.

      • “Varões irmãos e pais, ouvi agora a minha defesa perante vós. (E, quando ouviram falar-lhes em língua hebraica, maior silêncio guardaram.) E disse:” At 22.1,2 (ARC)

      • “Quando Paulo começou a falar com a multidão reunida, falou-lhes na sua própria língua, o aramaico, a língua comumente falada entre os judeus da Palestina. Ele falou em aramaico não apenas para se comunicar na língua dos seus ouvintes, mas também para mostrar que ele era um judeu devoto e tinha respeito pelas leis e pelos costumes judaicos.” (Comentário do Novo Testamento Aplicação Pessoal, 2010)

      • “[Neste texto ‘língua hebraica’ é o mesmo que] εβραις Hebrais 1) hebreu, a língua dos hebreus, contudo não aquela na qual o AT foi escrito, mas o aramaico, que no tempo de Jesus e dos apóstolos havia, há muito tempo, substituído o hebraico na Palestina.” (Dicionário Bíblico Strong, 2020)

      • “Chamou a atenção do povo ao falar em aramaico, a língua deles; pois muitos judeus da Dispersão (isto é, hebreus que tinham nascido ou que tinham sido criados fora da Palestina) não falavam grego nem hebraico. A multidão teria imaginado que Paulo, um forasteiro, falasse somente grego. O fato de Paulo saber falar aramaico deu às suas credenciais judaicas ainda mais peso, e ajudou-o a conseguir ser ouvido.” (Comentário do Novo Testamento Aplicação Pessoal, 2010)

  • Seu pai [...] o criou para ser um fariseu, tanto quanto ele mesmo.

      • “circuncidado ao oitavo dia, da linhagem de Israel, da tribo de Benjamim, hebreu de hebreus; segundo a lei, fui fariseu,” Fp 3.5 (ARC)

      • “Paulo também foi um ‘fariseu’, a seita judaica mais devota e ortodoxa. Os fariseus exigiam a mais restrita obediência à lei judaica – as leis do AT, como também a uma infinidade de ordenanças e tradições próprias, que eram consideradas como a lei oral revelada por Deus (veja At 5.34; 22.3; 23.6; 26.5).” (Comentário do Novo Testamento Aplicação Pessoal, 2010)

      • “Posteriormente, ele, ainda na infância, foi levado por seu pai a Jerusalém, que era judeu e pertencia ao grupo dos fariseus em Tarso. Levou-o para aprender e conhecer em profundidade a Torá na escola do rabino Gamaliel. Paulo tornou-se um fariseu zeloso (Gl 1.14; At 22.3).” (CABRAL, 2021)


  1. Paulo foi criado dentro da fé judaica.

  • A circuncisão foi uma lei obedecida pelos pais de Paulo, que o circuncidaram aos oito dias de nascido.

      • “circuncidado ao oitavo dia, da linhagem de Israel, da tribo de Benjamim, hebreu de hebreus; segundo a lei, fui fariseu,” Fp 3.5 (ARC)

          • COMPARE: “Fui circuncidado com oito dias de vida. Sou israelita de nascimento, da tribo de Benjamim, um verdadeiro hebreu. Era membro dos fariseus, extremamente obediente à lei judaica.” Fp 3.5 (NVT)

  • Uma vez que os judeus valorizavam muito as genealogias, o apóstolo se declarou da tribo de Benjamim.

      • “Paulo pertencia à tribo de Benjamim, uma herança extremamente considerada pelos judeus. De sua tribo, havia nascido o primeiro rei de Israel, Saul (1 Sm 10.20-24). As tribos de Benjamim e Judá foram as duas únicas tribos a retornar a Israel depois do Exílio (Ed 4.1). Paulo também era um fariseu, isto é, membro de uma devota seita judaica que escrupulosamente guardava suas próprias e inúmeras regras, além das leis de Moisés. Ouvintes judeus certamente teriam ficado impressionados com essas suas duas credenciais.” (Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal, 2003)

  • Ele era um religioso extremamente zeloso, no sentido de cumprir piamente a lei de Moisés.

      • “E, na minha nação, excedia em judaísmo a muitos da minha idade, sendo extremamente zeloso das tradições de meus pais.” Gl 1.14 (ARC)

      • “Saulo [...] era tão zeloso por sua crença religiosa e pelas tradições judaicas, que começou uma campanha de perseguição contra qualquer pessoa que cresse em Cristo (os seguidores ‘do Caminho’)” (Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal, 2003)

  • O apóstolo deu testemunho de que havia sido instruído [...] desde sua meninice aos pés do rabino Gamaliel, pois conhecia tudo de ritos, leis e regras que regiam o Santuário e Israel.

      • “Quanto a mim, sou varão judeu, nascido em Tarso da Cilícia, mas criado nesta cidade aos pés de Gamaliel, instruído conforme a verdade da lei de nossos pais, zeloso para com Deus, como todos vós hoje sois.” At 22.3 (ARC)

      • “Embora nascido em Tarso, Paulo tinha sido criado em Jerusalém. E não apenas isto, mas aos pés de Gamaliel, o mais venerado rabino daquela época. Gamaliel era muito conhecido e respeitado como um especialista em lei religiosa e com o um a voz de moderação (At 5.34).” (Comentário do Novo Testamento Aplicação Pessoal, 2010)

      • “Aos pés de Gamaliel, Paulo tinha sido ‘instruído conforme a verdade da lei de nossos pais’, aprendendo a seguir as leis e os costumes judeus com muita atenção. Os fariseus eram famosos pela sua rigorosa observância dos detalhes mais minuciosos da lei (veja M t 23). Com esta declaração, Paulo pretendia refutar a alegação de At 21.28 de que ele tinha dito a todos que desobedecessem as leis judaicas.” (Comentário do Novo Testamento Aplicação Pessoal, 2010)

      • “Gamaliel foi o mestre mais honrado do primeiro século. Ele era muito conhecido e respeitado como um perito da lei religiosa e como a voz da moderação (At 5.34). Ao mencioná-lo, Paulo mostrava suas credenciais como um homem culto, treinado pelo mais respeitado mestre judeu.” (Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal, 2003)


  1. O mundo: palco da mensagem de Paulo ao povo gentílico.

  • O mundo missionário dos apóstolos de Jesus restringia-se, numa visão inicialmente limitada, apenas ao povo judeu.

      • “E os que foram dispersos pela perseguição que sucedeu por causa de Estêvão caminharam até à Fenícia, Chipre e Antioquia, não anunciando a ninguém a palavra senão somente aos judeus.” At 11.19 (ARC)

      • “As sementes do trabalho missionário tinham sido semeadas depois da morte de Estêvão, pois muitos crentes judeus foram perseguidos e se dispersaram, estabelecendo-se em cidades distantes e transmitindo o Evangelho. A palavra estava sendo pregada, mas somente aos judeus.” (Comentário do Novo Testamento Aplicação Pessoal, 2010)

  • Quando o Senhor convocou Paulo, o chamou pelas características de que precisava para disseminar o Evangelho no mundo gentílico.

      • “Paulo era um judeu da tribo de Benjamim. Ele foi criado rigorosamente como um fariseu (Fp 3.5), cresceu em Tarso, e foi educado por um professor bem conhecido, Gamaliel (At 22.3). Entretanto, ele era também um cidadão romano, um fato que ele usou grandemente a seu favor em algumas ocasiões (At 22.27-29). A partir dessa base diversa, Deus formou e recrutou um valioso servo, utilizando cada um dos aspectos da sua educação para promover o Evangelho.” (Comentário do Novo Testamento Aplicação Pessoal, 2010)

  • As culturas romana e grega que Paulo adquiriu, davam-lhe condições de peregrinar pelo mundo gentílico.

  • Ele plantou igrejas na Galácia, Acaia e Ásia Menor.

      • “Paulo, um judeu de nascimento e formação, espalhou o evangelho de Cristo no mundo gentio, da Síria até a Itália e talvez até a Espanha, durante os mais ou menos trinta anos que seguiram sua conversão ao cristianismo, por volta do ano 33 d.C.” (BRUCE, 2003)

  • O mundo dos gentios foi o palco que o Espírito Santo montou para que Paulo pregasse o nome de Jesus e estabelecesse novas igrejas por onde passasse.

SÍNTESE DO TÓPICO III

O apóstolo Paulo se identifica como judeu, pois ele foi criado dentro da fé judaica.

DINÂMICA 3 - CHAMADOS DIFERENTES

CONCLUSÃO

  • Diante de reis, governadores, tribunos e autoridades religiosas, o apóstolo era excelente orador e arguto no conhecimento de várias ciências.

  • O mundo do apóstolo foi o que Deus lhe abriu para que comunicasse o Evangelho de Cristo.

Referências Bibliográficas

BEERS, G. V. Viaje através da Bíblia. 1ª. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2013.

BÍBLIA de Estudo Aplicação Pessoal. Rio de Janeiro: CPAD, 2003.

BRUCE, F. F. Paulo: o apóstolo da graça, sua vida, cartas e teologia. São Paulo: Shedd Publicações, 2003.

CABRAL, E. O Apóstolo Paulo: Lições da Vida e Ministério do Apóstolo dos Gentios para a Igreja de Cristo. 1ª. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2021.

CABRAL, E. Lições Bíblicas - O Apóstolo Paulo: Lições da Vida e Ministério do Apóstolo dos Gentios para a Igreja de Cristo. Rio de Janeiro: CPAD, 4º Trimestre de 2021.

CHAMPLIN, R. N. Enciclopédia de Bíblia, Teologia & Filosofia. 11ª. ed. São Paulo: Hagnos, 2013.

COMENTÁRIO do Novo Testamento Aplicação Pessoal. Rio de Janeiro: CPAD, 2010.

DICIONÁRIO Bíblico Strong. São Paulo: Sociedade Bíblica do Brasil, 2020.

SAYÃO, L. A. (Ed.). Bíblia Brasileira de Estudo. São Paulo: Hagnos, 2016.

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